Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde
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Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde
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Item Características psicossociais e de personalidade de adolescentes infratores em cumprimento de medida socioeducativa(Universidade Metodista de São Paulo, 2016-03-07) MACEDO, Valéria Gouveia de; VIZZOTTO, Marília MartinsPara atingir os objetivos propostos, ou seja, levantar e descrever indicadores socioculturais de uma amostra de adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa, e descrever características psicológicas e de personalidade dos adolescentes infratores, num estudo que pesquisou adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa. O trabalho foi realizado em duas as etapas: na primeira, os 47 adolescentes participaram de uma entrevista semidirigida; na segunda, dez desses adolescentes foram selecionados e submetidos a um instrumento projetivo para investigação de aspectos da personalidade: o “desenho da Figura Humana” de Machower, adaptado por Van Kolck (1956; 1984). A discussão teórica dos resultados baseou-se numa abordagem psicanalítica pós-freudiana para a compreensão da adolescência tanto como fase do desenvolvimento humano como dos comportamentos antissociais. Os resultados do estudo corroboraram a teoria advinda da literatura psicológica que aborda padrões comuns no período da adolescência, fase em que ocorre um complexo de fatores individuais da maturidade biológica associados ao meio social/cultural e que, por sua vez, estabelecem relações com as instâncias psicológicas ou psíquicas do sujeito junto com as características específicas de cada indivíduo. Na busca da compreensão desses padrões comuns da amostra dos adolescentes infratores utilizados no presente estudo, foram levantados dados do perfil psicossocial, cultural e demográfico; dos aspectos psicossociais e aspectos psicodinâmicos e de características de personalidade. A título de conclusão, o estudo destacou a problemática do adolescente em conflito com a lei, associada às questões sociais, de saúde mental, além do desenvolvimento psíquico, sinalizando a necessidade de ações psicoprofiláticas voltadas para população infantil, jovem, agrupamentos familiares e para a comunidade que representa seu entorno.Item Dinâmica psicológica de cuidadores familiares de pacientes psiquiátricos(Universidade Metodista de São Paulo, 2016-09-19) LATANZA, Samanta Pugliesi; VIZZOTTO, Marília MartinsO adoecimento de um dos membros da família produz alterações em todo o sistema familiar e requer a necessidade de adaptação, pois modifica a rotina, hábitos e costumes, principalmente do familiar que assume o papel de cuidador. Neste sentido, este estudo teve por objetivos descrever dados socioculturais de pessoas que exercem a função de cuidadores familiares de pacientes psiquiátricos, investigar a dinâmica psicológica, a eficácia adaptativa, a qualidade dos setores da adaptação humana e a percepção destes cuidadores em relação à rotina de cuidados. Método: tratou-se de um estudo qualitativo, exploratório e descritivo, onde foram investigados 25 participantes, cuidadores familiares de paciente psiquiátrico. Foram empregados como instrumentos a Escala Diagnóstica Adaptativa Operacionalizada de Autorrelato (EDAO-AR) e o Roteiro de Entrevista. Os resultados identificaram que o perfil do cuidador tem como características principais o grau de parentesco em predomínio de mãe ou cônjuge, e por serem mulheres. Com relação à eficácia adaptativa, identificou-se que todos os cuidadores apresentaram “adaptação Ineficaz” que variou entre leve, moderada e severa e, nas percepções do cuidador foram identificadas necessidades e dificuldades relacionadas à sobrecarga física, psíquica e social e a uma gama de sentimentos e expectativas despertados na relação do cuidar. Por fim, identificou-se que o ato de ser cuidador familiar de paciente psiquiátrico acarreta em muitas mudanças de vida e ante tal contexto, entendeu-se que é de suma importância identificar as necessidades dos cuidadores para amenizar as sobrecargas que os acometem e que denunciam a adaptação ineficaz.Item Identificação de distorções cognitivas em casais e intervenção cognitivo-comportamental(Universidade Metodista de São Paulo, 2016-11-16) DURÃES, Ricardo Silva dos Santos; SERAFIM, Antonio de PáduaOs pensamentos automáticos, as emoções, os comportamentos e as respostas fisiológicas têm relações entre si e estão diretamente ligados às atribuição das causas, crenças, valores, atitudes e expectativas na relação dos casais e estão associados à satisfação conjugal e sofrimento psíquico. O objetivo desse estudo foi identificar distorções cognitivas em casais e intervir a partir da terapia cognitivo-comportamental e aumentar os níveis de satisfação conjugal. A amostra foi composta por 16 casais heteroafetivos, brasileiros, maiores de 18 anos, alfabetizados e com no mínimo um ano de união. Assim, a idade média da amostra foi de 30,4 (DP=4,13) anos e a maioria (37,5%) relatou ter ensino médio completo. Foram utilizados os seguintes instrumentos: Escala de Satisfação Conjugal (ESC); Escala de Ajustamento Diádico (DAS); Inventário de Crença Sobre Relacionamento (RBI); Inventário de Habilidades Sociais Conjugais (IHSC); Questionário de Pensamentos Automáticos (ATQ); Escala de Atitudes Disfuncionais (EAD); Inventário Back de Depressão – (BDI) e Inventário Beck de Ansiedade (BAI) aplicados antes e depois da intervenção cognitivo comportamental, além de um Questionário Sociodemográfico. Quanto ao procedimento, os casais passaram por 12 sessões de terapia de 50 minutos com base cognitivo-comportamental. Somente a segunda sessão foi individual. No entanto, a primeira e as demais sessões foram conjuntas. Os resultados mostraram que as distorções cognitivas mais frenquentes foram a Leitura de pensamento 34,4% (n=11) e de hipergeneralização 31,3% (n=10). Foi possível observar que a intervenção cognitivo comportamental se mostou eficaz, corroborando melhora nas satisfação conjugal da maioria dos casais. As correlações de amostras emparelhadas apresentaram significância estatística (p=0,00) na melhora dos níveis de satisfação conjugal, depressão, ansiedade, habilidades sociais conjugais e pensamentos automáticos comparado com o antes e depois da intervenção.Item Qualidade da construção dos vínculos entre filhas cuidadoras e mães idosas dependentes(Universidade Metodista de São Paulo, 2016-03-04) RUGENE, Olinda Tereza; VIZZOTTO, Marília MartinsEste estudo teve por objetivos: - descrever as dificuldades nas relações entre as filhas-cuidadoras e suas mães idosas dependentes de cuidados, a partir de relatos das filhas; - investigar, a partir dos relatos da história familiar dessas filhas, a existência de conflitos prévios a necessidade de cuidar, relacionados à construção dos vínculos; identificar os principais desafios associados assistência ao cuidador familiar de idosos no que tange a resolução de conflitos com o idoso dependente. Método – tratou-se de um estudo qualitativo em que foram apresentados três casos clínicos de cuidadoras que haviam sido encaminhados para atendimento psicológico pela equipe multiprofissional de um Instituto de Geriatria e Gerontologia, unidade de atenção secundária da Secretaria de Estado da Saúde de S.P. Os resultados indicaram dificuldades relacionais entre ambas: cuidadoras filhas e mães idosas. As cuidadoras revelaram sobrecarga física e emocional e grande sofrimento. Todavia, a existência desses conflitos remontava às relações anteriores à atual situação de dependência; ficando bastante evidenciado, tanto pelas histórias de vida das cuidadoras, quanto pelo conteúdo trazido durante o processo terapêutico, a repetição das relações primeiras estabelecidas entre mãe-filha. O processo psicoterapêutico pôde permitir a essas cuidadoras a compreensão da necessidade em ter suas falhas ambientais supridas, na medida em que foi propiciado um ambiente favorável ao relacionamento humano. Assim, ao observarmos que ao longo do processo as pacientes apresentavam mudanças significativas, entendemos que a psicoterapia pode figurar como meio preventivo e preservação de equilíbrio psíquico.Item O efeito do controle respiratório em variáveis eletrofisiológicas da atenção(Universidade Metodista de São Paulo, 2016-03-07) LOZANO, Mirna Delposo; BASILE , Luis Fernando HindiA prática do ioga tem se tornado cada vez mais popular, não apenas pelos benefícios físicos, mas principalmente pelo bem-estar psicológico trazido pela sua prática. Um dos componentes do ioga é o Prãnãyama, ou controle da respiração. A atenção e a respiração são dois mecanismos fisiológicos e involuntários requeridos para a execução do Prãnãyama. O principal objetivo desse estudo foi verificar se variáveis contínuas do EEG (potência de diferentes faixas que o compõem) seriam moduladas pelo controle respiratório, comparando-se separadamente as duas fases do ciclo respiratório (inspiração e expiração), na situação de respiração espontânea e controlada. Fizeram parte do estudo 19 sujeitos (7 homens/12 mulheres, idade média de 36,89 e DP = ± 14,46) que foram convidados a participar da pesquisa nas dependências da Faculdade de Saúde da Universidade Metodista de São Paulo. Para o registro do eletroencefalograma foi utilizado um sistema de posicionamento de cinco eletrodos Ag AgCl (FPz, Fz, Cz, Pz e Oz) fixados a uma touca de posicionamento rápido (Quick-Cap, Neuromedical Supplies®), em sistema 10-20. Foram obtidos valores de máxima amplitude de potência (espectro de potência no domínio da frequência) nas frequências teta, alfa e beta e delta e calculada a razão teta/beta nas diferentes fases do ciclo respiratório (inspiração e expiração), separadamente, nas condições de respiração espontânea e de controle respiratório. Para o registro do ciclo respiratório, foi utilizada uma cinta de esforço respiratório M01 (Pletismógrafo). Os resultados mostram diferenças significativas entre as condições de respiração espontânea e de controle com valores das médias da razão teta/beta menores na respiração controlada do que na respiração espontânea e valores de média da potência alfa sempre maiores no controle respiratório. Diferenças significativas foram encontradas na comparação entre inspiração e expiração da respiração controlada com diminuição dos valores das médias da razão teta/beta na inspiração e aumento nos valores das médias da potência alfa, sobretudo na expiração. Os achados deste estudo trazem evidências de que o controle respiratório modula variáveis eletrofisiológicas relativas à atenção refletindo um estado de alerta, porém mais relaxado do que na situação de respiração espontânea.Item O método psicanalítico como meio de investigação e intervenção na área da psicologia da saúde(Universidade Metodista de São Paulo, 2016-07-25) MARINOTTI, Maria Aparecida Gomes; HELENO, Maria Geralda VianaA presente dissertação de mestrado teve como objetivo fazer uma reflexão sobre a possibilidade da contribuição do Método Psicanalítico ao campo da Psicologia e mais especificamente ao campo da Psicologia da Saúde. O método interpretativo freudiano diferencia-se de outros métodos, pois tem o sentido de esclarecimento, de revelar os significados esquecidos, gerar novos objetos ocultos e assim sucessivamente. Posto em ação, o método não para de gerar novos conhecimentos. Partimos da ideia freudiana que a psicanálise e seu método não operam por conceitos fixos, mas cambiantes. Assim, é um método de interesse às psicologias que se abstêm de suas próprias convicções sobre saúde e que podem cuidar do Eros doente e da promoção da saúde. Observa-se que é possível transformar as técnicas antes aplicadas ao indivíduo em técnicas de amplo uso em áreas de pesquisa e intervenção na psicologia da saúde. Portanto, consideramos viável e útil a utilização do método psicanalítico interpretativo na psicologia da saúde.Item Clima organizacional e burnout: um estudo com servidores públicos federais(Universidade Metodista de São Paulo, 2016-04-11) INFANTE, Lucyene Pereira Pinto; MARTINS, Maria do Carmo FernandesAs condições inadequadas vivenciadas nas organizações afligem não só os trabalhadores da iniciativa privada, pois são igualmente encontradas no segmento estatal, contrariando a expectativa de que o aparato governamental eliminaria as condições insalubres e criaria outras melhores nas quais prevalecesse à promoção de saúde. Diante desse panorama questionou-se porque, uma vez que, pelo menos do ponto de vista da sociedade leiga, esses servidores estão submetidos a condições privilegiadas de trabalho. O presente estudo objetivou identificar e descrever possíveis relações entre o clima organizacional e o burnout em servidores públicos de uma instituição federal de ensino. Objetivou-se ainda descrever o clima organizacional predominante. A pesquisa realizada teve cunho quantitativo, tipo estudo de caso e exploratória. A coleta de dados deu-se por meio das escalas ECO (escala de clima organizacional), ECB (escala de caracterização do burnout) e um questionário sociodemográfico, todos os instrumentos autoaplicáveis eletronicamente disponíveis à instituição. Participaram do estudo 201 servidores públicos federais, com idade média de 37 anos, majoritariamente de nível superior e casados. Os resultados revelaram que cerca de um quarto dos participantes raramente experimentaram burnout, no entanto outra quarta parte deles frequentemente experimentaram altos níveis de burnout, resultado bastante expressivo. Os servidores perceberam clima organizacional mediano, destacando-se a boa coesão entre os colegas de trabalho e a percepção de baixa recompensa. Merece destaque a grande dispersão entre as percepções de clima, o que permite inferir haver subclimas não identificados nesta investigação, possivelmente ocasionados por uma força de clima fraca e pela participação dos servidores de unidades de ensino geograficamente distintas, geridas por gestores locais com relativa autonomia. Os resultados dos cálculos de correlação revelaram que, quanto menos os participantes percebem apoio da chefia e da organização, coesão entre colegas, e mais controle/pressão, mais exaustos se sentem, mais desumanizam as pessoas com quem tratam e mais se decepcionam no trabalho e vice-versa. Conforto físico menor está associado a maior desumanização e a mais decepção no trabalho e vice-versa; e que controle/pressão, relaciona-se positiva e fracamente com desumanização e vice-versa. Desta forma, a hipótese de que existe associação entre burnout e clima organizacional foi confirmada. Os resultados também revelaram que os servidores com burnout, perceberam pior clima organizacional que os seus pares sem burnout, confirmando a segunda hipótese. Esses servidores também se mostraram neutros quanto à percepção de apoio da chefia e conforto físico; não percebem controle pressão, nem recompensa; todavia percebem coesão entre os colegas. Esses resultados sugerem que os participantes têm se apoiado nessas relações para suportar a indiferença e ausência de estímulos experimentados no trabalho. Os resultados obtidos nesse estudo permitiram concluir que o clima organizacional é fraco, provavelmente influenciado por uma cultura organizacional fraca, explicando a heterogeneidade da percepção do clima organizacional pelos servidores. Além disso, embora haja burnout entre poucos participantes, há que se atentar que cerca de um quarto deles, encontra-se acometido desta síndrome e isto poderá contagiar os demais.Item Convicções de saúde e câncer infantil: um estudo de familiares em casas de apoio(Universidade Metodista de São Paulo, 2016-03-18) DIAS, Ana Luiza; HELENO, Maria Geralda VianaO câncer é a principal patologia responsável por óbitos entre crianças e adolescentes do Brasil e a estimativa mostra que haverá uma crescente incidência de novos casos ano após ano. O tratamento para esta doença crônica é longo, doloroso e angustiante e a possibilidade de morte segue o paciente e a família o tempo todo neste processo. Além disso, a rede de assistência à saúde de muitas regiões do nosso país não está preparada para prestar os serviços necessários para esta população, sendo assim, crianças e acompanhantes são transferidos para centros oncológicos de referência que muitas vezes ficam deveras distantes de seus lares. Portanto, os objetivos deste estudo visam à descrição das convicções de saúde das cuidadoras de crianças com câncer acolhidas por casas de apoio da cidade de São Paulo, bem como à compreensão da influência que estas convicções de saúde exercem no papel de cuidador. Foram entrevistadas 10 mulheres, em sua grande maioria mães, de infantes com idade entre 04 e 13 anos que estavam sob o tratamento contra o câncer ou em período de remissão e controle. Os dados levantados foram analisados de acordo com o modelo de pesquisa em “convicções de saúde” que avalia o impacto do diagnóstico, a suscetibilidade, a severidade, os benefícios, as barreiras, a eficácia própria e as expectativas para futuro segundo a percepção de cada cuidador. Os resultados apontam que desde o diagnóstico até a última consulta do período de controle a angústia, a ansiedade, a insegurança e o medo estão presentes na rotina destas mulheres. Também, o distanciamento de seus lares, dos familiares e de suas atividades corriqueiras é um fator que agrava significantemente o sofrimento intenso que esta experiência causa. Diante destes resultados recomenda-se mais atenção psicossocial das equipes multidisciplinares das casas de apoio e da rede de assistência à saúde com o propósito de diminuir a carga emocional e reduzir os danos psíquicos causados pelo câncer e seu respectivo tratamento. Espera-se que mudanças neste âmbito possibilitem às famílias um melhor convívio com a doença e a inevitável transferência para outros centros de atendimento, bem como restabeleça aspectos fundamentais da qualidade de vida de cuidadores de pacientes oncológicos infantis.Item A resiliência no ambiente organizacional: comportamentos resilientes entre funcionários com o cargo de especialista(Universidade Metodista de São Paulo, 2017-01-27) FERRAZ, Sueli de Fátima da Silva; CUSTÓDIO, Eda MarconiO mundo das organizações está cada vez mais competitivo e exigente. As entregas precisam ser realizadas em tempo menor. A qualidade dos resultados é medida através da observação da relação entre metas e indicadores; estes indicam uma tendência que definirá o atingimento das metas estabelecidas pela empresa. A alta competitividade entre empresas e seus indivíduos levam os recursos humanos à uma situação constante e permanente de pressão, elevando os níveis de estresse no ambiente organizacional, aumentando com isso, a probabilidade desses indivíduos adoecerem. Esta pesquisa pretende identificar quais comportamentos resilientes trabalhadores especialistas de uma empresa possuem. O individuo que possui comportamentos resilientes tem maior resistência às pressões sofridas no dia a dia de trabalho, favorecendo um melhor equilíbrio entre sua saúde física e psicológica e desenvolvimento profissional. Por outro lado, encontramos indivíduos menos resistentes que adoecem frequentemente, provocando altos índices de afastamento do trabalho, gerando demora ou impossibilidade de desenvolvimento profissional. De acordo com alguns autores, a resiliência pode ser desenvolvida; sendo assim, surge a questão: como podemos desenvolver nestes indivíduos um perfil resiliente que permita melhores níveis de saúde e bem estar. Tem este trabalho o objetivo de observar a resiliência em 17 funcionários com cargo de especialista, em diversas áreas de uma empresa multinacional de grande porte, através da aplicação do QuestResiliencia, (Barbosa, 2006). A metodologia utilizada é de cunho exploratório e descritivo. O instrumento utilizado permitiu realizar o mapeamento das crenças que organizam o comportamento resiliente e apresentou como o(a) respondente estrutura os Padrões de crenças face ao estresse. Os resultados revelaram que são eles: autoconfiança, empatia, autocontrole, otimismo para com a vida, sentido da vida, leitura corporal, conquistar e manter pessoas.Item A percepção de delírio e formas de intervenção de profissionais de saúde(Universidade Metodista de São Paulo, 2017-03-29) BASTOS, Isaac Soares; REZENDE, Manuel MorgadoInfluenciados por movimentos que surgiram principalmente na França, Inglaterra e Itália, os serviços de atenção a pessoas que padeciam de algum tipo de sofrimento psíquico grave passaram por significativas mudanças que favoreceram a construção de novos paradigmas de saúde, como também novos dispositivos de atendimento. Tais acontecimentos trouxeram exigências politicas, administrativas, técnicas – como também teóricas – bastantes novas que propiciou a construção de um campo de saber diverso e heterogêneo (o da saúde mental) onde trabalhador e usuário reavaliaram suas concepções e práticas a respeito das psicopatologias e de suas formas de tratar. Diante desse contexto, o presente estudo teve como objetivo verificar como o trabalhador do CAPS percebe e intervém frente ao usuário que apresenta ou apresentou um quadro de delírio. Para coleta de dados foi utilizado questionário sócio demográfico, a técnica de entrevista semiestruturada. Para análise e tratamento dos dados foi empregada a técnica de Análise de Conteúdo tendo por base as propostas elaboradas por Bardin. Os dados revelaram que a percepção do profissional se faz a partir de eixos conceituais que dividimos em: dualismo de realidade, nosográfico, neurológico, contextual e psicanalítico. E é a partir deles que a sua intervenção se configura. No entanto, elas não se fazem demarcadas ou delimitadas em seu arcabouço teórico ou epistemológico. Eles se entrecortam e se atravessam e produz uma intervenção mesclada, eclética e que, por vezes também, se faz ou se baseia apenas na experiência e empenho do profissional.Item Desospitalização psiquiátrica e promoção da saúde em residência terapêutica(Universidade Metodista de São Paulo, 2017-03-15) PORTO, Flávia Figueira de Andrade; REZENDE, Manuel MorgadoA desospitalização de pessoas com história de longa permanência em hospitais psiquiátricos é prioridade dentre as políticas públicas de saúde mental no Brasil, que consideram a ruptura do convívio familiar e social, agravantes no processo de adoecimento psíquico. Para dar conta do atendimento a essas pessoas fora dos hospitais, foram criados equipamentos de saúde como as residências terapêuticas, moradias localizadas na comunidade com assistência de agentes de cuidados diários. Este trabalho foi fruto da experiência profissional do psicólogo acompanhando a desospitalização de trinta pacientes para três novas residências terapêuticas na cidade de São José dos Campos/SP. A partir da psicanálise winnicottiana, esta pesquisa descreveu e analisou a experiência de desospitalização e de promoção da saúde neste contexto, com ênfase nas interações grupais e vivências dos moradores no espaço hospitalar e residencial, nas relações de cuidado e comunitárias. Os instrumentos utilizados foram: observação participante e entrevista com base em um roteiro previamente elaborado, com os moradores. Os resultados apontaram: as interações e vivências na residência terapêutica, em sua maioria, mantiveram-se enrijecidas por regras e restrições na ocupação do espaço da casa, manuseio de pertences pessoais e circulação na comunidade; as relações de cuidado demandaram uma presença ativa dos agentes de cuidado, especialmente, na atenção ao corpo, no manejo de sintomas psicopatológicos e na mediação de conflitos junto à vizinhança e demais pessoas da comunidade. Concluiu-se que as relações de cuidado, mesmo em circunstâncias da desospitalização, podem aprisionar os sujeitos e inibir processos criativos, como também repercutirem na prevenção de crises psicóticas agudas e da reinternação. O desafio na promoção da saúde em residência terapêutica, configurou-se na superação de situações que impossibilitem a seus moradores estarem na vida com todos os seus excessos, particularidades e necessidades de atenção e cuidado adaptado.Item Sintomas de stress, ansiedade e depressão em universitários de cursos de saúde(Universidade Metodista de São Paulo, 2017-11-13) LUZ, Fabiola Moratti; VIZZOTTO, Marília MartinsTranstornos mentais como depressão e ansiedade, assim como o stress, estão presentes em grande parte da população mundial, entre indivíduos de várias idades e acarretam importantes danos sociais e econômicos a saúde pública, além de sofrimento humano. Estudantes universitários têm se mostrado suscetíveis e vulneráveis, dado a diversos fatores que influenciam na saúde e no bem estar desses jovens. Assim, o presente estudo teve por objetivos: a. Identificar a presença de stress e sintomas de ansiedade e depressão em estudantes universitários de áreas de saúde de uma universidade privada; b. Levantar e descrever dados sociodemográficos dessa amostra de universitários; c. Relacionar dados sociodemográficos, sexo e opções do curso escolhido com as variáveis stress, ansiedade e depressão. Participaram do estudo 157 estudantes universitários de cursos da área da saúde de uma universidade da região metropolitana de São Paulo, com média de idade de 23,7. Para a coleta de dados foram utilizados: questionário de dados sociodemográficos e EADS- 21 - Escala de Ansiedade, Depressão e Stress, aplicados em salas de aulas. Os dados foram analisados por estatística descritiva [média e desvio padrão], ANOVA, teste Post Hoc (Tukey) e teste t de Student. Os resultados indicaram uma amostra composta pela maioria de mulheres (84,1%), solteiros (91%). O variável stress esteve presente em todos os estudantes, 61,1% apresentam algum nível de stress. A variável depressão alcançou 42,6% e a ansiedade 46,5 % entre os estudantes. Os alunos do curso de farmácia apresentaram os maiores níveis para as três variáveis estudadas e os alunos do curso psicologia apresentaram os menores níveis. Apesar de estarem presentes em diferentes níveis, verificou-se a associação entre depressão, ansiedade e stress. Concluiu-se pela importância de apoio à implementação de ações em saúde que auxiliem a prevenção, o diagnóstico precoce, bem como o tratamento psicológico de estudantes universitários.Item Mal-estar docente: estudo com professores readaptados de escolas públicas(Universidade Metodista de São Paulo, 2017-07-26) PENA, Davi Barbosa; REZENDE, Manuel MorgadoA escola sempre teve seu lugar de importância na sociedade e os professores, ou mestres, como eram chamados tinham o respeito e a admiração de todos, era uma profissão reconhecida. Os professores eram referências para seus alunos, valorizados não só pelo seu conhecimento, mas também pela figura de admiração que despertava em seus alunos. Entretanto, com o passar dos anos, esta profissão começou a ser desvalorizada e o glamour que existia parece que se perdeu no tempo e a sociedade que tanto admirava seus professores, hoje em dia, parece não reconhecê-los. Com esta desvalorização, toda a sociedade perde. O objetivo desta pesquisa foi descrever e analisar a percepção de saúde na trajetória profissional de professores readaptados. A amostra pesquisada foi composta por professores readaptados de ambos os sexos que estavam readaptados há mais de 01 (um) ano, em escolas públicas de São Paulo-SP. Os instrumentos utilizados foram: entrevista com perguntas norteadoras e um questionário de identificação dos participantes. Os resultados apontaram que o trabalho em sala de aula pode desencadear sintomas mentais em professores, no entanto, nem todos profissionais enxergam dessa forma, e, muitas vezes justificam sua patologia ligada somente a questões pessoais. Além disso, os resultados mostram também o isolamento do profissional que está readaptado, a desvalorização deste profissional, a falta de empatia de seus colegas de profissão, evidenciando também a desesperança na readaptação e a falta de perspectiva de futuro de um readaptado. Espera-se que este trabalho possa ter contribuído para aprofundar sobre o tema mal esta docente e o universo dos professores readaptados e que, a partir disso, possamos pensar em estratégias de promoção da saúde na educação.Item Traços de personalidade e acidentes com motociclistas no contexto urbano(Universidade Metodista de São Paulo, 2017-03-02) ROMERO, Daniel Luiz; SERAFIM, Antonio de PáduaA morbimortalidade, ocasionada por acidentes de transito envolvendo motociclistas vem ganhando destaque no cenário mundial. Atribui-se isso a diversos aspectos, como por exemplo, a adoção de comportamentos de risco, a falta de atenção, exacerbada confiança, além da atração dos motociclistas pelo risco, bem como, no que tange os aspectos relacionados à personalidade. O presente estudo teve como objetivo avaliar a associação entre características da personalidade (fatores de temperamento e caráter) e risco de acidentes de motocicletas. Participaram deste estudo 153 motociclistas de 18 a 60 anos de idade, ambos os gêneros, vários níveis de escolaridade e que utilizam a motocicleta em suas atividades. Foi verificada a frequência quanto ao gênero, a média de idade, nível de escolaridade, estado civil, conhecimento do curso de direção defensiva, bem como se fez o curso, qual o uso da motocicleta (profissional, deslocamento diário e lazer) tempo de habilitação, tempo de prática quilometragem rodada por dia, número de acidentes, motivos dos acidentes sofridos e consequências dos acidentes para a saúde, além dos fatores de da personalidade por meio do Inventário de Temperamento e Caráter de Cloniger (ITC). Os resultados mostram maior prevalência de homens (75,8%) e que os principais motivos dos acidentes tem relação com atitudes como transitar em alta velocidade, desrespeitar as leis de trânsito, imprudência, além de condições ruins das vias que proporcionaram 43,8% dos acidentes. Quanto às consequências dos acidentes para a saúde dos motociclistas, 43,1% sofreram algum tipo de fratura, 78,4% tiveram escoriações leves, 75,8% utilizam a motocicleta para deslocamentos diários e apenas 37,3% da amostra fez cursos de direção defensiva. Quanto às características da personalidade, pode-se apontar para a adoção de um comportamento de risco associado à elevada pontuação no fator Busca de Novidade (BN), bem como baixa pontuação no fator Esquiva ao Dano (ED) quando comparados com a média esperada para a população (BN = 20,29; P = 0,001 e ED = 14,96; P = 0,006). Essas características de personalidade denotam traços de impulsividade, excesso de confiança em situações de perigo, além de um otimismo pouco realista diante de consequências potencialmente severas. Observou-se neste estudo que quanto maior é a quilometragem rodada por dia, maior é o número de acidentes entre os motociclistas desta amostra, bem como que há significativa diferença entre as médias de quilometragem rodada por quem faz uso profissional da motocicleta e quem não faz, ou seja, motoboys e não motoboys. Este grupo também apresenta reduzida pontuação no fator de temperamento Esquiva ao Dano, bem como forte tendência ao aumento da pontuação no fator Busca de Novidade. Sendo assim, as características temperamentais somadas ao tempo de exposição corroboram para que os motoboys tenham maior probabilidade de sofrer acidentes.Item A violência contra a mulher como fator de risco para o desenvolvimento do transtorno de estresse pós-traumático(Universidade Metodista de São Paulo, 2017-05-17) SOUZA, Célia Mendes de; VIZZOTTO, Marília Martins; NOGUEIRA, Paulo Augusto de SouzaEste estudo teve como objetivo investigar a violência contra a mulher como fator de risco para o desenvolvimento do Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) e suas associações com a psicodinâmica destes sujeitos. Os participantes foram cinco mulheres, com idade acima de 18 anos, vítimas de violência e atendidas em um Centro de Referência e Apoio à Mulher da região metropolitana de São Paulo. Num primeiro momento foi aplicado um questionário para coleta de dados sociodemográficos, história passada do sujeito e o crime (violência sofrida). Os demais instrumentos utilizados foram: o Childhood Trauma Questionnaire (Questionário Sobre Traumas na Infância (QUESI) – tradução para o português), o Instrumento de Rastreio para Sintomas de Estresse Pós-Traumático (versão em português do Screen for Posttraumatic Stress Symptoms – SPTSS) e o Teste de Apercepção Temática. Para o desenvolvimento do presente estudo adotou-se como método de pesquisa o descritivo-qualitativo combinado a uma análise quantitativa, realizada a partir dos dados obtidos no questionário e na escala. Os resultados apontam que quatro das cinco participantes apresentam sintomas compatíveis com o transtorno, confirmando a hipótese de que a violência cometida contra a mulher contribui para o desenvolvimento de sintomas relativos ao Transtorno de Estresse Pós-Traumático, evidenciando-se como um dos fatores de risco para a ocorrência do transtorno. A vivência da situação de violência de forma crônica e/ou prolongada aparece como agravante no surgimento e manutenção dos sintomas; por outro lado, o apoio social, histórico familiar favorável e percepção das agressões enquanto violência e crime são tidos como fatores protetivos nesta condição.Item Avaliação da resiliência e fatores de vulnerabilidade em mães de crianças surdas(Universidade Metodista de São Paulo, 2017-02-08) JANUÁRIO, Bruna Setin; GOMES, Miria BenincasaÉ amplamente conhecido que a maternidade implica para a mulher uma série de mudanças, desde aspectos corporais até seu papel social. Tantas alterações podem gerar várias dificuldades e ocasionar situações bem adversas. Compreende-se, assim, que é de extrema importância que essa mãe tenha uma boa capacidade de resiliência para que possa gerir da melhor maneira cada um dos eventos adversos que a maternidade pode lhe trazer. Neste sentido, esta dissertação tem o objetivo avaliar a resiliência e os fatores de vulnerabilidade em mães de crianças surdas. A metodologia de pesquisa deste estudo foi descritiva quantitativa, utilizando-se da Connor-Dacdson Resilience Scale (CD-RISC-10) e de um questionário sociodemográfico. Participaram do estudo 30 mães de crianças surdas, escolhidas por conveniência. Como critérios de inclusão, definiu-se que a idade mínima das crianças deveria ser mínima de 3 anos e máxima de 10 anos. Como resultado principal deste estudo, tem-se que a ausência do sentimento de tristeza apresentou maior variância nos resultados de resiliência, tendo como amplitude pontuações que vão de 4 – ou seja, a pontuação máxima para o teste – até 0,8. Por outro lado, na presença deste sentimento, perceberam-se níveis mais homogêneos de resiliência, tendo o valor mínimo muito próximo ao valor máximo – 3,3 e 3,4 respectivamente. Em relação à vulnerabilidade, o presente estudo pode identificar três possíveis negligências que evidenciam estes aspectos da maternidade de uma criança com deficiência: a renda familiar não proporcional ao nível de escolaridade das mães, a ausência de atendimento emocional, principalmente no momento do diagnóstico e a restrição no acesso às informações importantes sobre a deficiência dos filhos por parte dos profissionais de saúde. Por fim, ressalta-se tanto o afastamento do poder público – com a consequente ausência de programas de proteção social a essas famílias – a quanto a ausência de estudos sobre essa maternidade. Vê-se, assim, a necessidade de realização de outros estudos tanto de caráter quantitativo, com amostras maiores, quanto de caráter qualitativo, que possam fortalecer as hipóteses levantadas nesta dissertação, bem como fomentar novas ações de cuidado para com essa população.Item Influência da via de parto no desenvolvimento infantil: comparação por meio da Escala Bayley III(Universidade Metodista de São Paulo, 2017-06-05) CAVAGGIONI, Ana Paula Magosso; BENINCASA, MiriaA realidade obstétrica no país vem sofrendo alterações significativas nos últimos dois anos. Desde 1970 tem sido crescente o número de cesarianas no país e no mundo. Em 2014, o número de partos cirúrgicos no Brasil chegou a 52%, apesar de índices superiores a 15% de partos cirúrgicos não indicarem proteção à mãe e ao bebê, segundo a Organização Mundial de Saúde. A literatura aponta que crianças nascidas por cesárea eletiva sem trabalho de parto enfrentam maior risco de problemas em seu desenvolvimento orgânico, mas poucos estudos abordam as consequências nos aspectos psicológicos. O objetivo deste estudo foi comparar o desenvolvimento psicológico entre bebês nascidos de cesárea eletiva e de parto normal, uma vez que há poucos dados disponíveis na literatura. Considerando os critérios de exclusão, foi utilizada amostra composta por 263 crianças com idades entre 6 e 42 meses. Os instrumentos utilizados foram: questionário sociodemográfico respondido pela mãe da criança e a Bayley Scales of Infant Development – 3rd Edition. Foi realizada a padronização da escala e a normatização dos dados amostrais através do cálculo de percentil, para uso neste estudo. Estes dados foram coletados individualmente e analisados estatisticamente através do SPSS - Statistical Package for the Social Sciences Version 21. Os resultados apontaram a via de parto e a idade gestacional ao nascer como fatores de risco ao desenvolvimento psicológico da criança. Nas correlações realizadas entre os nascidos por parto vaginal ou cesárea eletiva, foi verificada diferença estatisticamente significativa (p<0,05). Dentre estes últimos, 12% apresentaram desempenho inferior em relação ao processamento sensorial, e 10 a 19% nas habilidades do comportamento adaptativo. Nas correlações com a idade gestacional ao nascer, também se observou diferença estatisticamente significativa (p<0,05): 12% dos nascidos a termo precoce apresentaram resultados inferiores no desenvolvimento da linguagem expressiva e 9% na motricidade fina. Estes resultados indicam que, além dos prejuízos no desenvolvimento físico, amplamente descrito pela literatura nacional e internacional, há indícios de comprometimento psicológico. Observaram-se indícios de compatibilidade e divergências entre as amostras norte-americana e local.Item O perfil profissional de egressos do curso de psicologia da Universidade Metodista de São Paulo (2013-2015): avanços e fragilidades na formação de psicólogos(Universidade Metodista de São Paulo, 2018-07-24) OLIVEIRA, William Machado de; PRAUN, Lucieneida Dováo; MACAMBIRA, Magno OliveiraO dia a dia do mercado de trabalho apresenta ao profissional Psicólogo, e principalmente ao recém-formado, situações complexas que o levam a confrontar os conhecimentos, as competências e habilidades desenvolvidas durante o curso de graduação com as requeridas no exercício profissional. Além disso, a qualidade da formação tem por objetivo, conforme legislação vigente, contribuir para o desenvolvimento estrutural, social e econômico do país. Com base neste contexto o objetivo deste estudo verificou por meio de pesquisa de campo de tipo exploratória, o perfil profissional de egressos do curso de Psicologia da Universidade Metodista de São Paulo. Diante da percepção dos egressos do período entre 2013 a 2015, verificou-se a correlação entre formação profissional oferecida, ao longo da graduação com base no Programa Pedagógico do Curso de Psicologia (PPC/2008) e a repercussão deste na inserção do profissional no mercado de trabalho. A coleta dos dados foi realizada por meio de convite via e-mail à 311 egressos e operacionalizado via plataforma virtual (Google Forms), dos quais, obteve-se 31 respostas válidas. A escolha dos entrevistados, considerando a amostra estabelecida, obedeceu ao critério de amostragem por acessibilidade e os dados foram analisados a partir de estratégias de análise de natureza quantitativa. O instrumento de pesquisa foi construído para este estudo e formado por questões que visavam caracterizar os participantes, investigar sua percepção sobre sua formação acadêmica e sua inserção profissional e levantar suas percepções quanto à importância e ao domínio de competências profissionais. As respostas foram analisadas por estatísticas descritivas e de tendência central. Os resultados sinalizaram um domínio positivo de competências e habilidades profissionais de viés clinico, porém competências e habilidades relativas aos processos psicológicos grupais e organizacionais apresentam fragilidades e necessidade de serem potencializadas. Apesar de o curso oferecer ao egresso a possibilidade de atuar em outras áreas da Psicologia, conclui-se que em sua totalidade, os egressos participantes do estudo são predominantemente jovens de 20 a 30 anos, de gênero feminino, que andam na contramão da valorização monetária por gênero ganhando mais que os homens na maioria das faixas de remuneração e atuam direta e indiretamente na área clínica. Apesar de a pesquisa apresentar pontos que merecem reflexão na estruturação da formação do curso, cerca de 87,1% dos egressos apontam que o curso atendeu suas expectativas.Item Habilidades sociais e consumo de substâncias psicoativas: estudo com pacientes em tratamento ambulatorial(Universidade Metodista de São Paulo, 2018-06-19) BARBOSA, Vivian Miucha Moura; REZENDE, Manuel MorgadoA presente temática insere-se no campo da saúde mental e qualidade de vida, considerando habilidades sociais como um conjunto de comportamentos de uma pessoa em uma situação interpessoal, através dos quais essa pessoa manifesta seus desejos, atitudes, sentimentos, opiniões ou direitos de modo apropriado. O comportamento socialmente habilidoso refere-se à expressão de atitudes, sentimentos, opiniões, desejos, respeitando a si próprio e aos outros, existindo, em geral, resolução dos problemas imediatos da situação e diminuição da probabilidade de problemas futuros. É importante que os indivíduos aprendam a manejar suas características de caráter psicológico que os exponham a uma situação de risco, potencializando aquelas que possam protegê-los frente ao consumo de substâncias psicoativas. Prejuízos nas habilidades sociais podem contribuir com o uso de drogas, na medida em que os usuários utilizam a droga como uma maneira desadaptativa para lidar com as pressões externas e com as situações interpessoais. Ser inábil socialmente ocasiona piores respostas frente ao uso de drogas, dificultando a recusa de drogas principalmente nas relações próximas. O presente estudo teve como objetivo avaliar as habilidades sociais de pacientes em tratamento ambulatorial e a correlação com o uso de substâncias psicoativas. Trata-se de um estudo descritivo correlacional com corte transversal, de caráter documental (N=60). Os instrumentos utilizados foram: Questionário Sociodemográfico, Inventário de Habilidades Sociais (IHS), Questionário sobre o uso de drogas para adultos Assist (Alcohol, Smoking and Substance Involvement Screening Test). Os resultados indicaram que os pacientes apresentaram boa média de repertório de habilidades sociais, o que pode estar relacionado ao fato de já estarem em tratamento e terem certa autonomia no gerenciamento da sua rotina. Os dados apontaram correlação entre o uso de maconha e o Fator Enfrentamento e Altoafirmação com Risco, o que indica maior inabilidade para lidar com sentimentos e reações gerados nas situações sociais e pode contribuir para a busca da substância como comportamento não assertivo de enfrentamento destas situações.Item A psicodinâmica do trabalho e a dialética prazer e sofrimento: um estudo junto a advogados especializados em direito do trabalho(Universidade Metodista de São Paulo, 2018-03-13) SOMERA, Valéria de Carvalho Oliveira; PRAUN, Lucieneida DováoEssa pesquisa buscou investigar os processos de prazer e sofrimento imbricados nas relações de trabalho e suas repercussões na saúde humana. A abordagem teórica que subsidiou o desenvolvimento da pesquisa foi a da vertente dejouriana que, desde a década de 70, inicialmente por meio da psicopatologia do trabalho e, a partir dos anos 1990, em base à Psicodinâmica do Trabalho (PDT), vem se debruçando sobre o adoecimento com nexo laboral, fenômeno presente entre trabalhadores, independentemente da categoria profissional. Nesta pesquisa privilegiou-se esse segundo momento das elaborações propostas por Christophe Dejours, a PDT. Os participantes da pesquisa proposta são advogados que trabalharam em uma banca sediada no Centro da cidade de São Paulo, cujos contratos de trabalho se solidificaram no vínculo de associados. A pesquisa, exploratória, teve por objetivo principal investigar como os advogados que compuseram a amostra perceberam e se confrontaram com a racionalidade do trabalho estabelecida pelo escritório de advocacia com o qual mantiveram vínculo no período estudado, dezembro de 2010 a janeiro de 2015. Deste objetivo amplo desdobraram-se outros, voltados a identificar e analisar as vivências profissionais desses indivíduos, tais como a capacidade que cada um pôde desenvolver ou não de transformar sofrimento em prazer. A pesquisa buscou compreender se estas vivências favoreceram ou não processos de sofrimento acompanhados de adoecimento, assim como as estratégias defensivas acionadas por cada advogado entrevistado. Por último, buscou-se também identificar as possíveis aproximações entre as experiências relatadas pelos advogados entrevistados e as alterações mais amplas na gestão do trabalho disseminadas na transição dos anos 1980 para os de 1990 nos diferentes espaços de trabalho. O critério adotado para escolha dos advogados que participaram da investigação considerou aqueles que em um determinado momento de suas carreiras, entre dezembro de 2010 e janeiro de 2015, trabalharam na mesma banca, mas que já não possuem vínculo com o referido escritório. Considerou-se ainda como critério de escolha aqueles que, a partir da análise realizada pela pesquisadora responsável, apresentaram: características relacionadas a transtornos mentais; declararam-se adoecidos “psiquicamente”; indicaram fazer uso de substâncias químicas, como antidepressivos e ansiolíticos; relataram sobre falta de desejo de seguirem na profissão por sentirem-se violados de seus direitos, ou ainda por manifestarem sentimento de desamparo frente às leis que defendem. Os resultados de pesquisa, obtidos a partir da realização de entrevistas semiestruturadas, apontaram para discursos, de forma recorrente, marcados por sentimentos ambivalentes no que tange à especificidade da escolha acadêmica realizada. Alguns demonstraram em suas falas sentimento de desamparo no que diz respeito aos direitos trabalhistas, embora possa parecer incongruente admitir-se que profissionais preparados para defender as leis vigentes na sociedade em que vivem se vejam destituídos dos próprios direitos. Observou-se ainda, entre esses profissionais, a presença de um hiato entre o que formalmente se prevê na relação de trabalho resultante do vínculo de associado e o que de fato se efetiva no exercício cotidiano da profissão.