Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde
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Item A atuação do psicólogo com homens autores de violência: alcances e desafios(Universidade Metodista de São Paulo, 2020-03-02) AULER, Raquel Gagliotti Coppola; SILVA, Rosa Maria FrugoliNesta pesquisa, buscou-se compreender e identificar as intervenção dos psicólogos nos grupos com homens autores de violência contra as mulheres. A proposta foi de ampliar o olhar sobre o universo da violência contra as mulheres e inserir os homens autores de violência como parte de um processo que demanda por serviços especializados. Tal intervenção veio ao encontro da Lei Maria da Penha que criou mecanismos específicos de responsabilização e educação com a possibilidade de juízes decretarem o comparecimento obrigatório à frequência em grupos reflexivos. O trabalho destes grupos, de forma gradativa, vem adquirindo relevância no cenário brasileiro, tanto no que se refere ao enfrentamento da violência contra as mulheres quanto como um trabalho que envolve a rede de profissionais da esfera jurídica e psicossocial. Neste contexto, apresenta-se então a figura do profissional psicólogo enquanto facilitador dos grupos, uma atuação que sai do tradicional modelo clínico, viabilizando o exercício de discussões em grupo e proporcionando a criação de um espaço psíquico na vida desses homens para que possam repensar suas ações, seus valores e crenças. Esta pesquisa foi qualitativa, sendo realizada com quatro profissionais psicólogos que atuam com grupos na região do ABC paulista. Realizou-se entrevistas semiestruturadas as quais foram analisadas por meio das perspectivas fenomenológicas. No que se refere aos alcances dos profissionais entrevistados na pesquisa têm-se: a) a percepção na efetividade deste trabalho quando observam transformações nas atitudes e discursos masculinos, b) repensar a ampliação e novas possibilidades de atuação do psicógologo frente ao fenômeno social da violência doméstica, c) um trabalho conjugado com o judiciário. No que tange aos desafios encontrados destaca-se a não remuneração dos profissionais psicólogos neste tipo de trabalho, atuando de forma voluntária. Desta forma, ressalta-se a relevância do serviço de psicologia que atende questões relacionadas à violência contra as mulheres, uma vez que os trabalhos com grupos destes homens alcança transformações de atitudes masculinas que intereferem nas assimetrias de gênero. Entretanto torna-se necessário investimentos nos seviços a fim de que se ampliem e mantenham em funcionamento.Item A construção da identidade adolescente e o uso de redes sociais(Universidade Metodista de São Paulo, 2021-03-25) DAMINI, Eduardo Marchese; AVOGLIA, Hilda Rosa CapelãoA adolescência é decisiva para o desenvolvimento, sendo caracterizada por uma transição para a vida adulta. As mudanças físicas que marcam a puberdade também implicam em transformações na maneira como esse indivíduo percebe a si mesmo e seu papel na sociedade, desencadeando a necessidade de uma reorganização interna, atribuindo novos significados ao processo de desenvolvimento psicológico e ao próprio corpo, envolvendo diretamente a vida afetiva emocional e a convivência social. A pesquisa teve como objetivo analisar as implicações do uso de redes sociais na Internet na construção da identidade do adolescente. Trata-se de uma pesquisa descritiva qualitativa com uso do método clínico. Participaram cinco adolescentes com idades entre 12 e 17 anos, residentes na Região do ABC/SP. A coleta de dados foi feita individualmente nas modalidades presencial e online. Cada participante respondeu a uma entrevista semi diretiva, ao procedimento clínico do Desenho Estória com Tema (DE-T) e produziu ou escolheu livremente uma fotografia que o representasse, criando uma história sobre essa fotografia. Tais materiais coletados foram analisados qualitativamente em uma perspectiva psicanalítica, de modo a elaborar uma síntese para cada participante, integrando a análise da entrevista e do DE-T, articulados com a imagem e a história produzida na fotografia. A seguir, elaborou-se uma análise conclusiva articulando-se a totalidade dos casos. Os resultados indicaram que o uso de redes sociais pelos adolescentes foi representado como uma possibilidade de se desenvolverem cognitivamente e ampliarem seu círculo social. Além disso, pela postagem de fotos e textos buscam, sem sucesso, escapar da angústia e sofrimento inerentes a essa etapa da vida, incrementando tais sentimentos com frustrações, em relação ao pouco impacto de suas publicações e a relevância de seus perfis, ao mostrarem o que é supostamente o melhor de si, ou seja, como desejam ser vistos e aceitos pelo outro. Desse modo, a construção da identidade dos adolescentes participantes parece atravessada pelas facilidades e ilusões da tecnologia, que dilatam o limiar do que é possível entre o virtual e o real, da mesma forma que se diluem as barreiras entre o concreto e as fantasias em suas vidas.Item A criança agressiva na escola e o papel dos vínculos afetivos familiares a partir de intervenções na perspectiva sistêmica(Universidade Metodista de São Paulo, 2021-03-29) SANTELI, Patrícia da Silva Dias; AVOGLIA, Hilda Rosa CapelãoO objetivo dessa pesquisa foi analisar o papel dos vínculos afetivos familiares na intervenção do comportamento agressivo da criança refletido na escola a partir da perspectiva sistêmica. Trata-se de uma pesquisa com método qualitativo, descritivo e longitudinal, realizada com duas crianças com idades de 6 e 9 anos e suas respectivas famílias caracterizadas com comportamento agressivo em uma escola da rede particular de ensino na região do Grande ABC-SP. As crianças participantes foram selecionadas aleatoriamente a partir de dados documentais de ocorrências dos alunos e relato da Orientação Educacional da escola, sendo caracterizadas como comportamento agressivo na escola. Foram realizados 12 atendimentos com as crianças com comportamento agressivo e seus familiares (pais ou responsáveis). Os atendimentos ocorreram em consultório da própria pesquisadora, sendo registrados e analisados sob a perspectiva da abordagem sistêmica. Os resultados indicaram que foi possível verificar a melhora no comportamento das crianças na escola, por meio dos registros de ocorrências dos alunos na escola, bem como pelo relato dos pais após a intervenção realizada com terapia familiar sistêmica. A análise corrobora que os vínculos afetivos familiares com mais qualidade atenuam o comportamento agressivo da criança na escola. Espera-se colaborar com o desenvolvimento da criança com queixa de comportamento agressivo na escola, oferecendo um tipo de intervenção sistêmica, contribuindo para a ampliação da visão de como intervir com a criança e familiares, buscando favorecer sua adaptação escolar.Item A influência dos valores organizacionais e a resiliência nos vínculos do trabalhador(Universidade Metodista de São Paulo, 2018-12-04) NAZARIO, Ana Cristina Pinto; CAPPELLOZZA, AlexandreO trabalhador inserido no mercado de trabalho atual, altamente competitivo e marcado pela escassez de ofertas de emprego, deve estar preparado para enfrentar as constantes pressões para a produtividade nas empresas. Estratégias de motivação laboral, expressas nos valores organizacionais, podem ser eficientes quando correspondem diretamente às metas e valores do trabalhador. Este estudo investigou a influência dos valores organizacionais sobre os vínculos de comprometimento afetivo e de entrincheiramento, bem como a moderação da resiliência sobre estas relações. Com esta finalidade, o trabalho foi conduzido por meio de uma pesquisa quantitativa de corte transversal único, por meio de um questionário impresso. Os dados foram colhidos in loco, em uma única empresa situada na região metropolitana de São Paulo. Foram analisados 151 questionários respondidos por funcionários que atuam na área administrativa desta empresa. Para os testes de hipóteses do estudo, foi realizada a análise de equações estruturais. Foi encontrada uma relação positiva do variável valor organizacional com as variáveis comprometimento organizacional e entrincheiramento organizacional. Não foi encontrada a moderação da variável resiliência nas variáveis valores organizacionais e vínculos do trabalhador.Item A interdisciplinaridade na experiência de profissionais de saúde em Centro de Atenção Psicossocial(Universidade Metodista de São Paulo, 2019-02-27) MOREIRA, Glauber Mendonça; REZENDE, Manuel MorgadoHistoricamente, os desafios propostos pela reforma psiquiátrica para a criação de um modelo não asilar e psicossocial de atenção em saúde mental e a adequação deste às premissas do SUS, impacta diretamente o cotidiano de trabalho dos profissionais de saúde mental. Ainda, os aspectos interdisciplinares da equipe de saúde emergem como uma preocupação a ser enfrentada. Nesse contexto, o objetivo desse estudo foi analisar a concepção dos profissionais de saúde mental no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) sobre a interdisciplinaridade em seus modelos de atuação, por meio da análise que fazem desse conceito em suas práticas no exercício profissional. Trata-se de um estudo com uso de método qualitativo, e para tanto, utilizou-se de observações não participantes em reuniões técnicas, em três diferentes unidades do CAPS na cidade de Guarulhos, região metropolitana de São Paulo. A partir disso, foram selecionados, por conveniência, três profissionais integrantes das reuniões técnicas, sendo um de cada uma das unidades CAPS participantes da pesquisa. Tais profissionais responderam a entrevistas semiestruturadas acerca de suas percepções sobre a interdisciplinaridade em sua atuação no CAPS. Os resultados apontam, que a interdisciplinaridade tem sido compreendida como um conceito teórico, sendo assim, pouco articulado com a prática dos profissionais envolvidos. Ainda foi possível perceber, certo desconhecimento dos profissionais da saúde acerca das possibilidades de atuação interdisciplinar, por vezes, se proximando de outras práticas, como o da multidisciplinaridade, ou ainda confundidas com estratégias mais simples de formação grupal, como o de equipe. Dessa forma, as diferenças apresentadas nos discursos entre o pensar e o fazer interdisciplinar resultam das dificuldades de ações concretas desses profissionais que, certamente, possibilitariam um trabalho mais efetivo aos usuários dos serviços de saúde mental.Item A percepção de delírio e formas de intervenção de profissionais de saúde(Universidade Metodista de São Paulo, 2017-03-29) BASTOS, Isaac Soares; REZENDE, Manuel MorgadoInfluenciados por movimentos que surgiram principalmente na França, Inglaterra e Itália, os serviços de atenção a pessoas que padeciam de algum tipo de sofrimento psíquico grave passaram por significativas mudanças que favoreceram a construção de novos paradigmas de saúde, como também novos dispositivos de atendimento. Tais acontecimentos trouxeram exigências politicas, administrativas, técnicas – como também teóricas – bastantes novas que propiciou a construção de um campo de saber diverso e heterogêneo (o da saúde mental) onde trabalhador e usuário reavaliaram suas concepções e práticas a respeito das psicopatologias e de suas formas de tratar. Diante desse contexto, o presente estudo teve como objetivo verificar como o trabalhador do CAPS percebe e intervém frente ao usuário que apresenta ou apresentou um quadro de delírio. Para coleta de dados foi utilizado questionário sócio demográfico, a técnica de entrevista semiestruturada. Para análise e tratamento dos dados foi empregada a técnica de Análise de Conteúdo tendo por base as propostas elaboradas por Bardin. Os dados revelaram que a percepção do profissional se faz a partir de eixos conceituais que dividimos em: dualismo de realidade, nosográfico, neurológico, contextual e psicanalítico. E é a partir deles que a sua intervenção se configura. No entanto, elas não se fazem demarcadas ou delimitadas em seu arcabouço teórico ou epistemológico. Eles se entrecortam e se atravessam e produz uma intervenção mesclada, eclética e que, por vezes também, se faz ou se baseia apenas na experiência e empenho do profissional.Item A promoção de saúde em sala de aula na perspectiva de estudantes universitários(Universidade Metodista de São Paulo, 2013-02-19) SILVA, Eduardo Alberto da; REZENDE, Manuel MorgadoEssa dissertação de mestrado aborda as temáticas de saúde, promoção de saúde e o lúdico na sala de aula do estudante universitário durante a aprendizagem. O objetivo geral foi verificar a partir do ponto de vista dos universitários a existência da promoção de saúde na sala de aula. Optou-se por um método descritivo e exploratório com emprego de análise de conteúdo. O autor utilizou as entrevistas de 15 alunos dos cursos de pedagogia, direito e administração de empresas de vários semestres dos cursos. Os resultados permitem afirmar que os entrevistados possuem uma percepção acerca dos conceitos de promoção de saúde, sobretudo no que diz respeito à saúde como a conjugação de bem estar e a boa manutenção dos aspectos que configuram a saúde física e mental. Alguns entrevistados afirmaram que o lúdico seria passível de utilização apenas em cursos que visam à formação para a prática docente. A sala de aula pode ser entendida como um espaço de promoção de saúde e disparador dos processos criativos na aprendizagem. Apontou-se também a possibilidade de se manter abertos os canais que possibilitam a melhora da saúde por meio da realização de atividades lúdicas sabendo que essas trazem benefícios não somente no processo de socialização necessário ao enfrentamento das situações cotidianas que permeiam o universo escolar, mas, acima de tudo, na manutenção de um ambiente relacional que pode trazer benefícios em todas as dimensões do convívio escolar.Item A psicodinâmica do trabalho e a dialética prazer e sofrimento: um estudo junto a advogados especializados em direito do trabalho(Universidade Metodista de São Paulo, 2018-03-13) SOMERA, Valéria de Carvalho Oliveira; PRAUN, Lucieneida DováoEssa pesquisa buscou investigar os processos de prazer e sofrimento imbricados nas relações de trabalho e suas repercussões na saúde humana. A abordagem teórica que subsidiou o desenvolvimento da pesquisa foi a da vertente dejouriana que, desde a década de 70, inicialmente por meio da psicopatologia do trabalho e, a partir dos anos 1990, em base à Psicodinâmica do Trabalho (PDT), vem se debruçando sobre o adoecimento com nexo laboral, fenômeno presente entre trabalhadores, independentemente da categoria profissional. Nesta pesquisa privilegiou-se esse segundo momento das elaborações propostas por Christophe Dejours, a PDT. Os participantes da pesquisa proposta são advogados que trabalharam em uma banca sediada no Centro da cidade de São Paulo, cujos contratos de trabalho se solidificaram no vínculo de associados. A pesquisa, exploratória, teve por objetivo principal investigar como os advogados que compuseram a amostra perceberam e se confrontaram com a racionalidade do trabalho estabelecida pelo escritório de advocacia com o qual mantiveram vínculo no período estudado, dezembro de 2010 a janeiro de 2015. Deste objetivo amplo desdobraram-se outros, voltados a identificar e analisar as vivências profissionais desses indivíduos, tais como a capacidade que cada um pôde desenvolver ou não de transformar sofrimento em prazer. A pesquisa buscou compreender se estas vivências favoreceram ou não processos de sofrimento acompanhados de adoecimento, assim como as estratégias defensivas acionadas por cada advogado entrevistado. Por último, buscou-se também identificar as possíveis aproximações entre as experiências relatadas pelos advogados entrevistados e as alterações mais amplas na gestão do trabalho disseminadas na transição dos anos 1980 para os de 1990 nos diferentes espaços de trabalho. O critério adotado para escolha dos advogados que participaram da investigação considerou aqueles que em um determinado momento de suas carreiras, entre dezembro de 2010 e janeiro de 2015, trabalharam na mesma banca, mas que já não possuem vínculo com o referido escritório. Considerou-se ainda como critério de escolha aqueles que, a partir da análise realizada pela pesquisadora responsável, apresentaram: características relacionadas a transtornos mentais; declararam-se adoecidos “psiquicamente”; indicaram fazer uso de substâncias químicas, como antidepressivos e ansiolíticos; relataram sobre falta de desejo de seguirem na profissão por sentirem-se violados de seus direitos, ou ainda por manifestarem sentimento de desamparo frente às leis que defendem. Os resultados de pesquisa, obtidos a partir da realização de entrevistas semiestruturadas, apontaram para discursos, de forma recorrente, marcados por sentimentos ambivalentes no que tange à especificidade da escolha acadêmica realizada. Alguns demonstraram em suas falas sentimento de desamparo no que diz respeito aos direitos trabalhistas, embora possa parecer incongruente admitir-se que profissionais preparados para defender as leis vigentes na sociedade em que vivem se vejam destituídos dos próprios direitos. Observou-se ainda, entre esses profissionais, a presença de um hiato entre o que formalmente se prevê na relação de trabalho resultante do vínculo de associado e o que de fato se efetiva no exercício cotidiano da profissão.Item A psicoterapia breve operacionalizada de mulheres em situação de violência doméstica(Universidade Metodista de São Paulo, 2011-03-12) NUKUI, Sonia Maria Machado de Oliveira; HELENO, Maria Geralda VianaA presente pesquisa foi realizada com duas mulheres em situação de violência doméstica e fundamentou-se nos pressupostos teóricos, técnicos e metodológicos da intervenção psicológica intitulada PBO- Psicoterapia Breve Operacionalizada. O objetivo foi analisar o processo da PBO de mulheres em situação de violência doméstica. Para a realização do diagnóstico adaptativo operacionalizado utilizou-se como instrumento a EDAO - Escala Diagnóstica Adaptativa Operacionalizada. O método utilizado foi o estudo clínico de abordagem psicanalítica que tem como base o estudo descritivo do tipo estudo de caso. As participantes realizaram cinco entrevistas diagnósticas e foram classificadas igualmente com adaptação ineficaz severa apresentando sintomas neuróticos mais limitadores, inibições restritivas e rigidez de traços caracterológicos. Elas foram encaminhadas para um atendimento em PBO. Após o final do processo realizou-se as entrevistas de Follow up que foram novamente avaliadas por meio da EDAO. Os dados obtidos nas entrevistas de follow up mostraram que houve mudança na eficácia adaptativa. As participantes foram classificadas igualmente com Adaptação Ineficaz Moderada. Elas apresentavam alguns sintomas neuróticos, inibição moderada, alguns traços caracterológicos. Conclui-se que nos casos estudados, na análise por setores, pôde-se perceber que o setor afetivo relacional constituiu-se como uma fonte de conflitos e insatisfações gerando soluções em sua maioria pouquíssimas adequadas, obviamente, influenciando decisivamente os demais setores da adaptação. Também, observou-se o fenômeno da reprodução de modelos do passado nas relações estabelecidas no presente. Nos dois casos estudados houve uma situação de violência física e de abuso sexual, que se configurava como uma herança provinda de uma dinâmica relacional da família de origem e se perpetuava livremente em suas famílias nucleares. Por último, cabe assinalar que as pacientes participaram de forma ativa durante o processo terapêutico. A partir das interpretações teorizadas foram capazes de reconsiderarem suas atitudes frente às situações-problema vividas e puderam, durante e após o processo psicoterapêutico, adotar algumas medidas concretas para enfrentá-las de forma mais adequada. Conclui-se que o processo de psicoterapia breve operacionalizado e a utilização das interpretações teorizadas parecem ter contribuído para a mudança na qualidade da eficácia adaptativa das duas mulheres que fizeram parte deste estudo.Item A resiliência no ambiente organizacional: comportamentos resilientes entre funcionários com o cargo de especialista(Universidade Metodista de São Paulo, 2017-01-27) FERRAZ, Sueli de Fátima da Silva; CUSTÓDIO, Eda MarconiO mundo das organizações está cada vez mais competitivo e exigente. As entregas precisam ser realizadas em tempo menor. A qualidade dos resultados é medida através da observação da relação entre metas e indicadores; estes indicam uma tendência que definirá o atingimento das metas estabelecidas pela empresa. A alta competitividade entre empresas e seus indivíduos levam os recursos humanos à uma situação constante e permanente de pressão, elevando os níveis de estresse no ambiente organizacional, aumentando com isso, a probabilidade desses indivíduos adoecerem. Esta pesquisa pretende identificar quais comportamentos resilientes trabalhadores especialistas de uma empresa possuem. O individuo que possui comportamentos resilientes tem maior resistência às pressões sofridas no dia a dia de trabalho, favorecendo um melhor equilíbrio entre sua saúde física e psicológica e desenvolvimento profissional. Por outro lado, encontramos indivíduos menos resistentes que adoecem frequentemente, provocando altos índices de afastamento do trabalho, gerando demora ou impossibilidade de desenvolvimento profissional. De acordo com alguns autores, a resiliência pode ser desenvolvida; sendo assim, surge a questão: como podemos desenvolver nestes indivíduos um perfil resiliente que permita melhores níveis de saúde e bem estar. Tem este trabalho o objetivo de observar a resiliência em 17 funcionários com cargo de especialista, em diversas áreas de uma empresa multinacional de grande porte, através da aplicação do QuestResiliencia, (Barbosa, 2006). A metodologia utilizada é de cunho exploratório e descritivo. O instrumento utilizado permitiu realizar o mapeamento das crenças que organizam o comportamento resiliente e apresentou como o(a) respondente estrutura os Padrões de crenças face ao estresse. Os resultados revelaram que são eles: autoconfiança, empatia, autocontrole, otimismo para com a vida, sentido da vida, leitura corporal, conquistar e manter pessoas.Item A saúde mental de mães com bebês de 0 a 36 meses de idade face à pandemia de coronavírus(Universidade Metodista de São Paulo, 2021-09-03) PERESTRELO, Marisa Bruno Dias; GOMES, Miria BenincasaEstudos realizados nos países em desenvolvimento descrevem um aumento progressivo dos transtornos mentais, com desdobramentos sociais e econômicos. O presente estudo investigou a relação entre os fatores sociodemográficos e a prevalência de transtornos mentais comuns (TMC) em mães, sua grande maioria residentes na região sudeste do país, em tempos de pandemia de coronavírus, identificando os fatores de risco e proteção. Método: estudo transversal, quantitativo, realizado com uma amostra de 97 mães de bebês de 0 a 36 meses de idade, em meio ao distanciamento social oriundo da pandemia de Covid-19, no Brasil. As mães responderam a um questionário sociodemográfico e ao Self Reporting Questionnaire of Minor Psychiatric Disorders (SRQ-20). Resultados: tal amostra apresentou em sua maioria mães brancas residentes da região sudeste do país, com média de idade em torno dos 34 anos, em sua maioria residindo com parceiro(a), com no mínimo um filho e 40,1% da amostra tem renda familiar variando de 4 a 10 salários mínimos. A prevalência de transtorno mental comum foi apontada em 48,6% das mães e houve associação entre as características sociodemográficas quando se correlacionou os scores do SRQ com a variável renda familiar, com o estado civil, com a idade materna e com o cansaço na pandemia. Conclusão: as informações dessa pesquisa reafirmam o cansaço experimentado pelas mães face à pandemia de coronavírus em função da sobrecarga, pela execução de multitarefas e variáveis como: idade materna, presença de um parceiro e de renda familiar significativa como preditores de proteção à saúde mental materna.Item A violência contra a mulher como fator de risco para o desenvolvimento do transtorno de estresse pós-traumático(Universidade Metodista de São Paulo, 2017-05-17) SOUZA, Célia Mendes de; VIZZOTTO, Marília Martins; NOGUEIRA, Paulo Augusto de SouzaEste estudo teve como objetivo investigar a violência contra a mulher como fator de risco para o desenvolvimento do Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) e suas associações com a psicodinâmica destes sujeitos. Os participantes foram cinco mulheres, com idade acima de 18 anos, vítimas de violência e atendidas em um Centro de Referência e Apoio à Mulher da região metropolitana de São Paulo. Num primeiro momento foi aplicado um questionário para coleta de dados sociodemográficos, história passada do sujeito e o crime (violência sofrida). Os demais instrumentos utilizados foram: o Childhood Trauma Questionnaire (Questionário Sobre Traumas na Infância (QUESI) – tradução para o português), o Instrumento de Rastreio para Sintomas de Estresse Pós-Traumático (versão em português do Screen for Posttraumatic Stress Symptoms – SPTSS) e o Teste de Apercepção Temática. Para o desenvolvimento do presente estudo adotou-se como método de pesquisa o descritivo-qualitativo combinado a uma análise quantitativa, realizada a partir dos dados obtidos no questionário e na escala. Os resultados apontam que quatro das cinco participantes apresentam sintomas compatíveis com o transtorno, confirmando a hipótese de que a violência cometida contra a mulher contribui para o desenvolvimento de sintomas relativos ao Transtorno de Estresse Pós-Traumático, evidenciando-se como um dos fatores de risco para a ocorrência do transtorno. A vivência da situação de violência de forma crônica e/ou prolongada aparece como agravante no surgimento e manutenção dos sintomas; por outro lado, o apoio social, histórico familiar favorável e percepção das agressões enquanto violência e crime são tidos como fatores protetivos nesta condição.Item Adolescência e transtorno de conduta: estudo do funcionamento psíquico e percepção da figura paterna de adolescentes infratores(Universidade Metodista de São Paulo, 2011-02-28) RODRIGUES, Juliana dos Santos; VIZZOTTO, Marília MartinsO presente estudo teve por objetivos: a) investigar conteúdos da psicodinâmica dos adolescentes infratores; b) descrever a percepção das interações afetivo-relacionais dos adolescentes em relação à figura paterna. Para isso foram estudados seis casos de adolescentes que cometeram infração e que cumprem medidas sócioeducativas, sendo cinco deles com 17 anos e um com 14 anos. Esses adolescentes freqüentavam o CEDECA (Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente) da cidade de Mauá (São Paulo), local onde os dados foram coletados. Foram utilizados como instrumentos o Procedimento de Desenho-Estória com Tema e entrevista semi-estruturada. A aplicação do procedimento foi feita com base nas seguintes instruções: desenhe um adolescente de Mauá e desenhe o pai de um adolescente de Mauá e, após cada desenho, foi pedido que o adolescente contasse uma história sobre o mesmo. De um modo geral, os resultados mostraram que o primitivismo e esteve presente na produção dos seis adolescentes, visto a presença de mecanismos de defesa como idealização, negação, cisão e outros mecanismos de defesa esquizóides. Também ficou evidente que a dificuldade de crescimento e evolução da personalidade, assim como a conduta anti-social estão associadas à qualidade da introjeção da figura paterna e a relação que estes adolescentes estabelecem com ela. Concluiu-se que o modo como se dá o desenvolvimento psíquico é fator determinante para que indivíduo seja levado á conduta delituosa. Por isso, são necessários mais estudos sobre a personalidade de adolescentes em conflito com a lei, para que o conhecimento científico possa contribuir em ações no âmbito familiar, bem como em programas de prevenção primária e secundária que possam dar condições de um bom desenvolvimento psíquico às pessoas antes que cheguem à adolescência e à idade adulta.Item Ansiedade de prova em jovens: uma análise a partir dos traços de personalidade e da motivação acadêmica(Universidade Metodista de São Paulo, 2019-12-02) GABRIEL, Rose Skripka do Nascimento; SERAFIM, Antonio de PáduaEste trabalho teve como objetivo analisar as possíveis relações entre a ansiedade de prova, os traços de personalidade e a motivação acadêmica de adolescentes de 11 a 17 anos. Realizou-se uma revisão de literatura para a fundamentação teórica, nos principais pressupostos teóricos e o estado da arte sobre a ansiedade, ansiedade de prova, traços de personalidade e motivação acadêmica. A motivação foi estudada sob a luz da teoria da autodeterminação, que explicita a motivação num continuum que vai da desmotivação e da regulação motivada extrinsecamente, até a motivação intrínseca, associada ao comportamento autodeterminado. Pesquisou-se sobre os traços de personalidade sob a perspectiva psicofisiológica de Hans Eysenck, definidos em neuroticismo, extroversão e psicoticismo. Para operacionalização da mensuração dos constructos foram usadas três escalas validadas no Brasil: Inventário de Ansiedade de Prova, que mensura as dimensões preocupação, emoção, distração e confiança; Escala de Motivação Acadêmica, que abarca os tipos de motivação; e o EPQ-J, questionário que mensura os traços de personalidade em adolescentes. Os dados foram coletados junto a uma amostra por conveniência composta de 210 jovens estudantes, de 11 a 17 anos (M=13,54; DP=1,85), 56,7% do sexo feminino, de duas escolas públicas e uma particular na cidade de São Paulo. Quatro modelos hipotéticos foram formulados. As dimensões da ansiedade de prova foram definidas como variáveis dependentes e as dimensões dos traços de personalidade e da motivação acadêmica foram as variáveis preditoras. A técnica escolhida para análise dos dados foi a regressão múltipla, stepwise. Os resultados obtidos comprovaram que: o grupo de variáveis independentes (VIs) responsável por 33% da variação da variável dependente (VD) preocupação foi composto por neuroticismo, motivação de regulação externa, motivação identificada e motivação intrínseca, apresentando f2 de 0,501; o grupo de VIs responsável por 34% da variação da VD emoção foi composto por neuroticismo e motivação externa, com f2 0,512; o grupo de VIs reponsável por 26% da variação da VD distração foi composto por motivação externa, neuroticismo e motivação introjetada, com f2 0,351; o grupo de VIs responsável por 32% da variação da VD confiança foi composto por neuroticismo e motivação intrínseca, com f2 0,468. Das relações formuladas, destacam-se: a prevalência do traço neuroticismo e da motivação externa como preditores da ansiedade de prova, a relação positiva entre a motivação intrínseca e a confiança, e a relação negativa entre a motivação intrínseca e a preocupação.Item As relações entre conflito trabalho-família, bem-estar subjetivo e bem-estar no trabalho(Universidade Metodista de São Paulo, 2013-11-27) ACCARDO, Édille Mirna; SIQUEIRA, Mirlene Maria MatiasO conflito trabalho-família é um fenômeno freqüente nas sociedades atuais em que homens e mulheres dividem responsabilidades familiares e profissionais. A sua direção pode ser unidirecional ou bidirecional, ou seja, da família para o trabalho, do trabalho para a família ou simultaneamente de uma esfera para outra, afetando sensivelmente as relações familiares e as relações nas organizações, sendo possível afetar diretamente o bem-estar dos indivíduos. Este é um estudo de natureza quantitativa e com desenho transversal. O critério para a escolha de participantes foi o de conveniência. O objetivo geral desta pesquisa foi analisar as relações entre conflito trabalho-família (CTF), bem-estar subjetivo (BES) e bem-estar no trabalho (BET). O estudo contou com a participação de 174 trabalhadores em uma amostra diversificada de profissionais do segmento privado, público e de ONG, sendo 52,9% do sexo feminino, com idade média de 38,29 anos (DP=11,22). Para a obtenção dos dados optou-se por um questionário abrangendo as três variáveis do estudo contendo duas escalas para aferir as dimensões de BES, uma escala para aferir BET e uma escala para aferir CTF/CFT. Para a análise dos dados foi usado o SPSS, versão 20. Foram calculadas frequências, percentuais, médias, desvios-padrão, e índices de correlação, bem como índices de precisão das medidas usadas (Alpha de Cronbach). Os resultados apontaram para uma maior interferência do trabalho na família do que da família no trabalho. Essa interferência foi significativa tanto para o bem-estar no trabalho, quanto para o bem-estar subjetivo, alterando o envolvimento com o trabalho e gerando sentimentos de infelicidade, desânimo e angústia em relação as suas realizações pessoais, e ao futuro. Quanto maior o conflito trabalho-família, menor é o bem-estar no trabalho e menor é o bem-estar subjetivo desses participantes.Item Aspectos psicodinâmicos de mulheres em situação de violência doméstica(Universidade Metodista de São Paulo, 2013-09-18) MASTROROSA-REIS, Camila; VIZZOTTO, Marília MartinsO presente estudo investigou aspectos psicológicos relacionados com a violência doméstica. Violência esta definida como qualquer ato que resulta ou possa resultar em dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, coerção ou privação arbitrária de liberdade em público ou na vida privada. A violência em si mesma é considerada um grave problema, de saúde pública em todo o mundo. De modo que, ante à gravidade do problema, percebeu-se a necessidade de compreensão da dinâmica desses casos. Os objetivos foram: a) descrever histórico das queixas de 5 casos de mulheres que fizeram denúncia de violência doméstica conjugal/gênero em uma Delegacia da Mulher; b) identificar aspectos da dinâmica psíquica, de seu funcionamento e de seus recursos defensivos. As participantes tinham idade média de 30,4 anos e foram utilizados como instrumentos um Roteiro de Entrevista e o Teste Projetivo HTP- House – Tree – Person. Os resultados indicaram que em todos os casos havia um funcionamento psíquico com tendência regressiva, com fixação em estágios primitivos do desenvolvimento; apresentaram comportamentos retraídos, regressivos e baixa auto-estima. Também foram observados agressividade e impulsividade, mesmo sendo essas mulheres consideradas “vítimas” da violência; entretanto, havia busca de satisfação na fantasia, ou seja, resolução do conflito de forma mágica e não realista. Aspectos esses que denotaram pobre contato com a realidade, sendo, inclusive observados utilização de mecanismos de defesa primitivos e controle egóico pobre. Sugeriu-se acompanhamento psicoterapêutico de logo prazo.Item Aspectos psicológicos de pacientes com HIV/AIDS e lipodistrofia atendidos no Hospital Heliópolis(Universidade Metodista de São Paulo, 2013-09-27) MULLER, Sandra Maria; VIZZOTTO, Marília MartinsA epidemia da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (aids) é, atualmente, um fenômeno de grande magnitude e extensão na saúde mundial. A síndrome de lipodistrofia é uma alteração que afeta a autoimagem corporal e a sexualidade, aumentando o estigma da doença e ocasionando dificuldades na adesão ao tratamento e nas relações sociais. OBJETIVOS: a) descrever aspectos da psicodinâmica de pacientes HIV/aids acometidos e não acometidos pela lipodistrofia, dando enfoque aos mecanismos de defesa utilizados ; b) investigar a percepção de imagem corporal em pacientes HIV/aids acometidos e não acometidos pela síndrome de lipodistrofia; c) identificar semelhanças e diferenças de percepção de imagem corporal em pacientes HIV/aids acometidos pela lipodistrofia com aqueles não acometidos. MÉTODO: Foram selecionados oito pacientes por critério de conveniência do ambulatório da Clínica de Infectologia do Hospital Heliópolis. Foram utilizados um Roteiro de Entrevista e o Desenho da Figura Humana – DFH – teste projetivo gráfico de personalidade; a análise dos dados foram submetidos à análise qualitativa conforme indicação do instrumental, auxiliados pela leitura do conteúdo clinico-diagnóstico psicológico. RESULTADOS: Nos dois grupos os dados apontaram para características em comum quanto à psicodinâmica interna e à percepção de imagem corporal. Recursos defensivos primitivos foram os mais utilizados caracterizando a presença de disfunção da imagem corporal e um controle egóico rígido, embora frágil. Percebeu-se o quanto é angustiante, para estas pacientes, lidar não somente com a autoimagem como também com a sexualidade. CONCLUSÕES: Os programas de acompanhamento ao HIV/aids devem considerar o quanto essas pacientes necessitam de ser acompanhadas em psicoterapia. A promoção de saúde deve levar em conta não somente a melhora da qualidade de vida, mas também buscar compreender como estas mulheres se relacionam e de que forma exercem a sua sexualidade.Item Atividade física: promotora de bem-estar subjetivo em estudantes universitários(Universidade Metodista de São Paulo, 2025-04-23) GIMENES, Elídia Rubini; ROSSI, Valquíria AparecidaA prática regular de atividade física desempenha um papel fundamental na promoção de um estilo de vida saudável e do bem-estar em todas as fases da vida, oferecendo benefícios físicos, psicológicos e sociais. No ambiente universitário, marcado por desafios que impactam a saúde mental dos estudantes, torna-se especialmente importante compreender fatores que influenciam o bem-estar subjetivo, como o nível de atividade física e a percepção de satisfação com a vida. Diante do avanço tecnológico, da alta conectividade digital, do sedentarismo, das pressões acadêmicas e das incertezas quanto ao futuro, a atividade física destaca-se como um elemento importante para a promoção do bem-estar nessa fase de transição e desenvolvimento pessoal entre os universitários. Esta pesquisa teve como Objetivo Geral identificar os hábitos de atividade física e conhecer os níveis de bem-estar subjetivo de estudantes universitários. Os Objetivos específicos foram demonstrar a frequência dos hábitos de atividade física dos estudantes universitários; apresentar os níveis de bem-estar subjetivo de estudantes universitários e correlacionar os níveis de atividade física e bem-estar subjetivo de estudantes universitários. O método utilizado foi a pesquisa de campo, de caráter quantitativo transversal. Os dados foram coletados por meio de questionário eletrônico autoaplicável, composto pelo Termo de Consentimento Livre e Esclarcido (TCLE), pelo Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) – Forma Curta e pela Escala De Bem-Estar Subjetivo (EBES). Participaram desta pesquisa 370 universitários cursando Graduação ou Tecnólogo, sendo 272 (73,5%) mulheres e 98 (26,5%) homens. Os dados foram analisados através de estatística descritiva, frequências e percentuais para as medidas atributos e através de médias e desvio padrão para as características contínuas (notas, escores e resultados das avaliações teóricas). Para avaliar as diferenças das características entre os grupos, foi utilizado o Teste Exato de Fisher para as medidas atributo nominais e o Teste não-paramétrico de Wilcoxon para as medidas contínuas (escore) e atributos ordinais. Foi considerado o nível de significância de 0,05, o qual equivale ao nível de confiança de 95% para a análise. Para as avaliações multivariadas das classificações de nível de atividade física e bem-estar subjetivo, foi utilizada a análise de regressão logística múltipla. Foi utilizado o software JMP® Pro versão 13 - SAS Institute Inc., Cary, NC, USA, 1989-2019. Os resultados mostraram que 263 (71,1%) estudantes consideraram-se como praticantes de atividade física, 373 (84,6%) declararam sentir-se bem com essa prática, e a maioria (70,3%; n=260) apresentou altos níveis de bem-estar subjetivo. Os achados desta pesquisa não se esgotam, indicando a necessidade de futuras investigações sobre o tema. O estudo ofereceu uma perspectiva sobre as percepções dos participantes quanto aos níveis de atividade física e ao bem-estar subjetivo, destacando a importância de promover benefícios à saúde física e mental, tanto entre universitários quanto na população em geral.Item Avaliação da eficácia adaptativa de atletas de basquetebol(Universidade Metodista de São Paulo, 2012-07-26) NOBREGA, Cláudia Maria; HELENO, Maria Geralda VianaO objetivo deste estudo foi de analisar e descrever a eficiência adaptativa dos atletas de basquetebol sub19, e verificar se o resultado obtido apresenta implicações no desempenho dos mesmos nos jogos, assim como, de alguma forma, classificá-los a partir da qualidade de adaptação. Método: levantou-se a qualidade da eficácia adaptativa de oito atletas de basquetebol da categoria sub19 com idades entre 18 e 19 anos, todos do gênero masculino e ensino médio completo, por meio de entrevista clínica preventiva e da EDAO (Escala Diagnóstica Adaptativa Operacionalizada). Os índices de desempenho foram verificados a partir dos Índices de Eficácia Técnica da Federação Paulista de Basquete, em sete jogos. Os resultados indicaram um equilíbrio considerável em relação às qualidades adaptativas mostradas pelos atletas no momento da entrevista clínica preventiva, dentre os oito entrevistados dois tiveram como resultado adaptação eficaz; dois obtiveram classificação em adaptação ineficaz leve e quatro em adaptação ineficaz moderada. A análise da EDAO indicou prognóstico bom e ótimo a 50% da amostra e prognóstico regular a 50% da amostra. Os resultados desse estudo em relação à qualidade de adaptação e implicação no desempenho dos atletas (eficiência técnica) mostraram possíveis relações. Concluímos que por meio da EDAO pode-se investigar as demandas de atletas e comissões técnicas para o planejamento de programas de intervenção psicológica eficazes, adequando o instrumento ao contexto desportivo.Item Avaliação da qualidade de vida e de fatores psicológicos em profissionais da saúde(Universidade Metodista de São Paulo, 2025-05-29) FEITOSA, Sérgio Eduardo; DURÃES, Ricardo Silva dos SantosA saúde mental dos profissionais da saúde é frequentemente impactada pelas exigências emocionais, físicas e cognitivas de seu trabalho. Diante disso, esta dissertação teve como objetivo investigar a qualidade de vida, os sintomas psicológicos (depressão, sintomas de ansiedade e estresse) e aspectos sociodemográficos e ocupacionais em psicólogos(as), enfermeiros(as) e fisioterapeutas. O estudo também buscou identificar variáveis preditoras dos domínios da qualidade de vida e da filiação profissional. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, descritiva, comparativa e transversal, com amostra composta por 207 profissionais da saúde. Foram utilizados os instrumentos WHOQOL-Bref para avaliar qualidade de vida, DASS-21 para medir sintomas psicológicos e um questionário sociodemográfico. As análises estatísticas incluíram ANOVA one-way, testes post hoc de Tukey HSD, regressões lineares múltiplas e regressão logística multinomial, com nível de significância de 5%. Os resultados indicaram diferenças significativas entre os grupos. Enfermeiros(as) apresentaram maiores níveis de sintomas de depressão, sintomas de ansiedade e estresse em comparação aos psicólogos(as) e fisioterapeutas. Psicólogos(as) relataram melhor percepção de qualidade de vida nos domínios físico, psicológico, social e global. As variáveis sintomas psicológicos e fatores sociodemográficos, como carga horária e escolaridade, foram preditores relevantes dos domínios da qualidade de vida. Além disso, características como maior sintomatologia psicológica e pior qualidade de vida aumentaram a probabilidade de pertencimento ao grupo dos enfermeiros(as) em comparação aos psicólogos(as). Conclui-se que há diferenças significativas na saúde mental e na qualidade de vida entre os grupos profissionais analisados, destacando a necessidade de políticas específicas de promoção da saúde mental e de intervenções voltadas para a melhoria das condições de trabalho dos profissionais da saúde.