Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.metodista.br/handle/123456789/26
Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde
Navegar
Navegando Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde por Título
- Resultados por página
- Opções de Ordenação
Item A conciliação família e teletrabalho na pandemia da Covid-19: (re)pensando vivências de mulheres educadoras infantis(Universidade Metodista de São Paulo, 2022-12-05) ANDRADE, Cristiano de Jesus; GOMES, Miria BenincasaO mundo encontra-se em uma crise pandêmica de intensidade e escalas não vistas desde o século passado. Tanto os riscos relacionados à infecção quanto a necessidade de distanciamento social impactaram a vida de todos e, particularmente, das famílias onde se encontram mães de crianças pequenas. Uma vez que as mulheres tiveram suas rotinas alteradas pela necessidade de afastamento da rede de apoio profissional e pessoal, mas que ainda assim necessitam continuar conciliando família e carreira. Tendo como problema de pesquisa, família e atividade profissional se apresentam a mulheres teletrabalhadoras na educação infantil de forma conflituosa ou como processos e vivências que podem ser conciliadas? O objetivo deste estudo foi analisar as implicações que o exercício do teletrabalho em contexto de educação infantil, gera na subjetividade das mulheres em conciliação com os cuidados inerentes a família. Trata- se de uma pesquisa qualitativa, do tipo descritivo, com recorte transversal. A amostra foi composta por 30 mulheres/mães de filhos com idade entre 02 e 17 anos e 11 meses, que desenvolviam atividades como teletrabalhadoras na área de educação infantil no tempo de pandemia da Covid-19. Sendo elas trabalhadoras assalariadas, concursadas da prefeitura municipal de Poços de Caldas/MG, onde também residem. Para tanto, o instrumento utilizado foi a entrevista semiestruturada para identificar as vivências subjetivas nas rotinas familiares e de trabalho das participantes. Este foi enviado por e-mail antes mesmo de ser aplicado, pois desejou-se que estas acompanhassem o que a elas pretendia-se questionar. Todas as entrevistas foram feitas de modo remoto, pois o período da coleta de dados foi na fase em que os números de contágio da Covid-19, estavam elevados. Desta forma, pensando em proteger as participantes, bem como o pesquisador, todas aceitaram conversar através do aplicativo Microsoft Teams. Como resultados, identificou-se que o teletrabalho no contexto de educação infantil, embora tenha sido necessário para cumprir o distanciamento social proposto como medida de contenção do vírus. Para estas mulheres, atuou como um complicador em suas rotinas. Uma vez que fez ampliar ainda mais suas atribuições, levando-as a experimentarem elevados níveis de cobranças, que resultou em sofrimento psíquico em suas jornadas. Compreendendo que o vínculo com a família foi mantido, porém as relações de modo geral com esta foram comprometidas, já que a falta de tempo operou como um fator limitante das experiências pessoais. Espera-se que os achados contribuam para que profissionais da saúde desenvolvam estratégias de intervenção para a prevenção de sofrimento mental, promoção de saúde e identificação de fatores de proteção e de risco psicológico e social nesta população.Item A relação entre ideação suicida, depressão e suporte social em estudantes universitários indígenas(Universidade Metodista de São Paulo, 2024-08-26) GUIMARÃES, Michelle Firmino; AVOGLIA, Hilda Rosa Capelão; BENINCASA, MiriaVariáveis como ideação suicida, depressão e suporte social oferecem indicativos de saúde mental e doença em jovens estudantes em fase de formação profissional. O interesse pela pesquisa acontece, principalmente, devido aos casos de suicídio e depressão entre os alunos indígenas da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), que ocorreram entre 2016 e 2019, totalizando 03 suicídios. O presente estudo também dá continuidade à pesquisa desenvolvida no Mestrado em Psicologia da Saúde sobre depressão e ansiedade em estudantes universitários. O presente estudo apresenta como objetivos: a) Investigar e analisar a relação entre ideação suicida, depressão e suporte social; b) Caracterizar o perfil sociodemográfico da amostra; c) Correlacionar os dados sociodemográficos (faixa etária, sexo, etnia, estado civil e curso) com ideação suicida, depressão e suporte social. d) Correlacionar as variáveis ideação suicida, depressão e suporte social. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, exploratória, transversal e correlacional sendo que, para coleta de dados, foram utilizados os seguintes instrumentos: Questionário de Dados Sociodemográficos, Questionário de Ideação Suicida, Inventário de Depressão de Beck e Escala de Satisfação e Suporte Social. Participaram da pesquisa a totalidade de discentes indígenas da UFAM, ou seja, um universo amostral de 156 universitários indígenas regularmente matriculados, com média etária entre 21 e 30 anos (66,5%); quanto ao sexo, o resultado ficou equilibrado, com 53,2% de homens e 46,8% de mulheres; 78% solteiros; 68,6% da etnia ticuna; a maioria frequenta o curso de Pedagogia (30,8%) e se coloca como heterossexual (91%), vivendo com suas famílias (44%). Nos resultados do Inventário de Depressão de Beck-BDI, obteve-se que 44,8% dos participantes não apresentam sinais de depressão e 20% da amostra apresenta Depressão Leve e Moderada. No que se refere à relação entre os resultados do BDI com dados sociodemográficos, identificou-se diferença significativa na faixa etária 21 a 30 anos. No geral da variável ideação suicida, a frequência de respostas Frequentemente, Quase Sempre ou Sempre foram baixas; nos itens relacionados aos anseios, atitudes, condutas ou planos de se matar: ID02 pensamentos de suicídio; ID03 na maneira como suicidar; ID04 quando fazer o ato; ID06 na morte; ID07 escrever um bilhete; ID09 falar para as pessoas; ID18 se tivesse uma oportunidade faria; e ID24 única maneira das pessoas repararem; tiveram menos de 5% dos participantes, ou seja, poucos participantes tiveram pensamentos suicidas. Na correlação Inventário de Depressão de Beck- BDI versus Ideação Suicida: notou-se uma correlação positiva entre as duas variáveis, com o coeficiente de Pearson significativo de 0,51 (p-value < 0,0001) indicando uma correlação moderada entre os dois instrumentos. Os resultados indicam que quanto maior a depressão, maior a ideação suicida. No entanto, observaram-se correlações negativas (aumento da depressão, diminuição no suporte social) na relação entre depressão versus dimensões do suporte social.Item Ageísmo: um estudo da percepção das experiências de pessoas mais velhas e idosas no contexto organizacional(Universidade Metodista de São Paulo, 2023-10-30) ROCHA, Marlene Pereira da; MARTINS, Maria do Carmo FernandesO envelhecimento populacional é um fenômeno crescente e contínuo no Brasil, o que causa aumento das demandas sociais e econômicas. O país enfrenta a transição demográfica marcada por baixas taxas de mortalidade, fecundidade e aumento da expectativa de vida, ocorrendo um crescimento rápido do grupo etário mais velho e idoso. No entanto, a sociedade ainda identifica de maneira estereotipada as pessoas na velhice, discriminando-as unicamente pela idade. No contexto organizacional, observa-se o ageísmo, nas atitudes de preconceito e discriminação. As práticas ageístas estão presentes de maneira significativa na sociedade. Qualquer pessoa pode ser atingida por esse evento ao longo de sua vida, desde que viva o suficiente para envelhecer. Além disso, a idade tem sido um fator limitante para a manutenção e inserção dos trabalhadores no mercado de trabalho. A literatura mostra que os estereótipos fundamentados em idade influenciam comportamentos, exposição de riscos e vulnerabilidades. Estima-se que o ageísmo atinge de forma negativa a vida das pessoas. Assim, o objetivo deste estudo foi investigar como o ageísmo é vivenciado por trabalhadores com alto nível de escolaridade e o impacto em suas vidas. Além de revisão da literatura e coleta de dados sociodemográficos, na etapa quantitativa foi realizada com 133 (cento e trinta e três) participantes utilizando a Escala de Ageísmo no Contexto Organizacional – EACO para classificar os participantes para a etapa qualitativa. Nesta fase, os indicadores de validade da EACO foram analisados por meio de análise fatorial confirmatória. Os resultados apontaram bons indicadores de ajuste. A etapa qualitativa constituiu de 20 (vinte) entrevistas semiestruturadas, por videoconferência, com indivíduos mais velhos: 45 (quarenta e cinco) anos e acima e idosos maiores de 65 (sessenta e cinco anos). A amostra foi não probabilística e a técnica de amostragem foi feita por conveniência, do tipo bola-de-neve. A análise de dados foi realizada pela técnica de análise de conteúdo. Os resultados apontam que os respondentes que obtiveram percentil igual ou abaixo de 25 (vinte e cinco), tendem a perceber o ageísmo em maior extensão enquanto os respondentes de percentil igual ou acima de 75 (setenta e cinco), indica mais o ageísmo positivo manifestando menor repercussão dos efeitos. Verificou-se ainda que os conteúdos mais evidentes entre entrevistados que perceberam o ageísmo no trabalho se relacionam a questão da discriminação dentro das organizações privada e pública, explícita no relacionamento intergeracional, no momento de admissão e capacitação. O ageísmo é inegável e prejudicial, considerando seus efeitos negativos e segregadores, a necessidade de combater e enfrentar esse fenômeno são essenciais, através de maior investimento na desnaturalização da vivência do ageísmo.Item Avaliação de traços de personalidade e de funções executivas em usuários de substâncias psicoativas: impactos no funcionamento adaptativo(Universidade Metodista de São Paulo, 2022-04-22) OLIVEIRA, Aislan José de; REZENDE, Manuel MorgadoIntrodução: O aumento do consumo de substâncias psicoativas (SPA) nos últimos anos é alarmante. Atualmente, o fenômeno do consumo de substâncias psicoativas é considerado um grave problema de saúde pública, com repercussões sociais, econômicas, individuais e de saúde para os usuários. A literatura aponta para os impactos neuropsicológicos do uso de substâncias psicoativas (SPA) em importantes áreas cerebrais dos usuários, principalmente as áreas frontais resultando em alterações do funcionamento de componentes cognitivos complexos tal como as funções executivas (FEs). As funções executivas mobilizam, recrutam e modulam componentes cognitivos tal como a atenção, memória, impulsividade até habilidades cognitivas mais intrincadas: tal como o planejamento, a regulação emocional e a tomada de decisão. Logo alterações das FEs impactam diretamente na qualidade de vida e no funcionamento global dos usuários que podem ter seu comportamento avaliado como adaptados ou desadaptados com relação ao meio. Objetivo: Comparar o desempenho de usuários de substâncias psicoativas e não usuários em testes que avaliam personalidade, impulsividade, disfunções executivas funções executivas em dois grupos independentes. Método: Trata-se de um estudo quantitativo e correlacional, comparando o resultado de dois grupos composto por oitenta participantes do sexo masculino, com idade entre 18 e 60 anos de idade. Para a composição dos grupos foi utilizado o instrumento ASSIST (Associação Psiquiátrica Americana) para a triagem do uso de SPA (substâncias psicoativas). O grupo um foi composto por usuários de substâncias psicoativas em tratamento e com pontuações acima de 27 (vinte e sete) que indicam alto envolvimento de uso. E o outro grupo composto por indivíduos autodeclarados não dependentes de substâncias psicoativas e com pontuação máxima de três que indicam baixo envolvimento do uso de SPA. A mostra foi composta por indivíduos do sexo masculino com idades entre 18 (dezoito) e 60 (sessenta) anos de idade, independente de escolaridade e estado civil. Os dados referentes à avaliação da personalidade foram coletados por meio do instrumento NEO-FFI-R, e para a avaliação de funções executivas por meio dos instrumentos Escala de Impulsividade de Barratt – BIS 11, Five Digits Test – FDT e Escala de disfunções executivas de Barkley – BDEFS. Resultados: para comparar os resultados entre os grupos foi utilizado o teste não paramétrico de Wilcoxon. O estudo evidenciou que usuários de SPA tem pior desempenho (escores) em FEs (funções executivas) considerando a escala BDEFS nos fatores organização / resolução de problemas, mas principalmente aquelas que recebem carga de fatores emocionais (autocontrole, motivação e regulação emocional) a diferença teve significância estatística (p-value ≤ 0,05). A análise dos resultados da Escalade Barratt indicou que o grupo de usuários teve maior média em impulsividade atencional, motora e por não planejamento, entretanto, com diferença significativamenteestatísticas para os dois últimos componentes (p-value ≤ 0,05). A análise do instrumento NEO-FFI-R indicou que o grupo de usuários de SPA teve maior escore nos fatores neuroticismo, abertura e conscienciosidade, enquanto o grupo de não usuários apresentou maiores escores em extroversão e amabilidade, sendo que houve significância na comparação dos grupos em todos os fatores (p-value ≤ 0,05). A análise do instrumento FTD indicou que o grupo de usuários teve pior desempenho das tarefas de leitura, contagem, escolha, alternância com significância estatística (p-value ≤ 0,05), porém essa diferença estática não foi observada no cálculo dos tempos de inibição e flexibilidade. Conclusões: Os resultados deste estudo sugerem que usuários de substâncias psicoativasapresentam pior desempenho na avaliação de personalidade e de funcionamento executivo quando comparados a não usuários. Indica ainda que a avaliação neuropsicológica pode contribuir de maneira significativa na identificação de alterações de funções executivas servindo como uma importante ferramenta na identificação de alvos terapêuticos, já que o rebaixamento de funcionamento cognitivo compromete a seleção adequada de pensamentos e comportamentos direcionados a metas ou objetivos específicos tal como o engajamento ao tratamento e a manutenção da abstinência. Por fim, o estudo aponta que fatores de personalidade tal como a instabilidade emocional (neuroticismo) e a impulsividade podem ser considerados marcadores importantes de fatores de risco para ouso de substâncias psicoativas e também de estratégias de prevenção de quadros psicopatológicos como os transtornos de personalidade e o transtorno por uso de substâncias.Item Características neuropsicológicas de agressores de crianças e mulheres(Universidade Metodista de São Paulo, 2022-03-07) SILVA, Ana Paula Jesus da; SERAFIM, Antonio de PáduaMulheres vítimas da violência de gênero sofrem danos psicológicos graves, além de alterações cognitivas. Crianças vivendo num ambiente onde prospera a violência também aprendem a fazer uso dela para resolver seus problemas e a reproduzem de forma intergeracional. Neste contexto, ressalta-se a importância de estudar agressores domésticos e de outra natureza, com vistas a verificar características comuns entre os mesmos. A possível existência de um perfil neuropsicológico desses agressores pode ser útil em programas de intervenção que visem à diminuição na reincidência da violência contra mulheres e crianças. Assim, o principal objetivo deste estudo foi verificar características de personalidade e aspectos cognitivos em agressores de crianças e mulheres. Trata-se de um estudo transversal descritivo com 292 participantes com idade superior a 18 anos, que respondiam juridicamente por violência contra mulheres e crianças. A amostra foi organizada em dois grupos: agressores de mulheres (n=75) e agressores de crianças (n=217) privados de liberdade em penitenciárias no Estado do Paraná. Foram coletados dados sociodemográficos e criminais, aspectos da personalidade por meio da Escala de Impulsividade de Barrat (BIS-11) e o Inventário de Personalidade NEO FFI, e os aspectos cognitivos com a Figura de Rey, Trail A e B, Teste dos Cinco dígitos (FDT), Dígitos (WAIS-III), Teste de Atenção D2-R, Fluência Verbal (FAS) e WMT-2 para o quociente intelectual. Em relação aos agressores de mulheres a média de idade foi de 40 anos, com ensino fundamental incompleto. As vítimas foram predominantemente esposas/companheiras e a violência prevalente foi a sexual na forma do estupro (46%), seguida da agressão física (33%). Na amostra de agressores de crianças a média de idade foi de 50 anos com ensino fundamental incompleto, sendo evidenciada ocorrência da violência sexual com o estupro (49,8%) e o abuso sexual (47%), sendo a maioria das vítimas meninas (93%), com idade média de 10 anos e conhecidas de seus agressores (enteadas, filhas ou netas). Quanto aos aspectos da personalidade, os dois grupos expressaram resultados semelhantes com baixos níveis de abertura, altos níveis de conscienciosidade e falhas no controle de impulsos. O Quoficiente de Inteligência foi inferior à classificação considerada dentro dos limites de normalidade. Os testes cognitivos sinalizaram especialmente dificuldades na habilidade visoconstrutiva, capacidade de planejamento para a realização de tarefas e estratégias para solução de problemas. Déficits atencionais, flexibilidade mental e controle inibitório prejudicado em ambas as amostras. Os estudos permitem concluir que agressores de mulheres e crianças têm sim déficits cognitivos, características típicas de personalidade e histórias de vida marcadas por violência. Tais fatores em consonância podem predispor um indivíduo a perpetrar violência e mais facilmente reincidir em crimes de igual natureza. Levanta-se, portanto, a necessidade de intervenções precoce a nível de prevenção junto a famílias disruptivas onde há crianças vítimas de violência, mas também a necessidade de intervenções mais direcionadas às especificidades desse público já encarcerado, respondendo conforme prevê a justiça retributiva, que prevê a privação da liberdade, mas pouco garante a reabilitação almejada.Item Construção e validação de uma escala para verificação de comprometimento cognitivo em idosos - ECCI(Universidade Metodista de São Paulo, 2022-04-25) OLIVEIRA, Maísa Sangy Guedes; SERAFIM, Antônio de Pádua; MARTINS, Maria do Carmo FernandesComprometimento Cognitivo Leve (CCL) é um termo comumente utilizado para caracterizar declínios cognitivos além do esperado para determinada idade e escolaridade do idoso, embora, essas alterações não chegam a prejudicar seu dia a dia (Petersen et al., 1999). O quadro de pessoas com CCL pode continuar estável e até voltar à normalidade, todavia, a taxa de conversão para demência é de aproximadamente de 10% a 15% ao ano. Na população acima de 65 anos, esse índice fica em torno de 5%. O CCL pode revelar diversas configurações sintomáticas e exigir diagnóstico mais específico. Não se pode negar que nos últimos anos houve um crescimento de estudos nesta área. Entretanto, ainda há carência de instrumentos validados e fidedignos cientificamente para investigar o fenômeno, sobretudo no Brasil. A avaliação neuropsicológica é um método promissor no diagnóstico diferencial e prognóstico de doenças cognitivas na velhice. Especialmente sobre o CCL essa avaliação pode contribuir para detectar padrões sutis de perdas cognitivas em funções específicas, permitindo intervenções mais pontuais. Este estudo, a partir de um delineamento transversal e instrumental, teve como objetivo construir e buscar indícios de validade de uma Escala para Verificação de Comprometimento Cognitivo em Idosos - ECCI. A amostra foi composta com 420 idosos, ambos os sexos, com idade variando entre 60 e 85 anos e idade média 66,79 (DP =1,68), sendo que maioria reside na região Sudeste no Brasil. A escolaridade variou entre fundamental completo (24%) a superior completo (40,8%). Os dados foram submetidos a análises estatísticas descritivas, correlacionais e de equações estruturais. Os resultados das análises fatoriais confirmatórias revelaram um modelo de primeira ordem composto por dez fatores com bons índices de ajustamento (χ2=2236,93, χ2/df=2,85, CFI=0,99, GFI=0,98, TLI=0,99, RMSEA=0,04(intervalo de confiança de 95%=0,03 a 0,04) e explicou 82% da variância (R²=0,82). Compõem o modelo os fatores: atenção; funções executivas; praxias; habilidades visuoespaciais, orientação especial, memória operacional, memória episódica, memória semântica, memória implícita e memória prospectiva, num total de 76 itens com cargas fatoriais satisfatórias. Resultados de teste de validade discriminante revelaram que a ECCI possui resultados convergentes com o Mini-Exame do Estado Mental. Os resultados satisfatórios das análises, permitem concluir que os itens contidos nos fatores compõem uma medida com indicadores favoráveis ao seu uso e que a ECCI e possui indícios de validade e índices de fidedignidade aceitáveis.Item Desenvolvimento e padronização da Escala de Avaliação da Ansiedade Traço-Estado (EATE)(Universidade Metodista de São Paulo, 2020-06-19) SILVA, Fábio Camilo da; SERAFIM, Antônio de PáduaTranstornos mentais como a depressão e a ansiedade tem apresentado um crescimento exponencial em todo o mundo nos últimos anos, não sendo o Brasil uma exceção. Paralelo a isso, não há atualmente nenhum teste psicológico aprovado para avaliação da ansiedade pelo Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (SATEPSI), gerando ao psicólogo, em específico, a falta de recursos complementares que o auxiliem no diagnóstico. Tais fatores motivaram a realização deste estudo, cujo objetivo foi padronizar uma Escala de Avaliação da Ansiedade Traço-Estado, inicialmente denominada EATE. Foram definidos os conceitos de ansiedade a partir de uma revisão pelo método PRISMA, seguido pela análise de livros e outras fontes de informação. A versão inicial da EATE foi composta por 40 itens e foram realizados estudos de concordância entre juízes (KAPPA=0,915), validade e precisão. Os resultados iniciais indicaram que a melhor solução fatorial seria a avaliação da ansiedade por meio de quatro fatores distintos, denominados de pensamentos ansiosos, sintomas, desconforto social e aspectos cognitivos. As análises também indicaram que 8 dos 40 itens inicialmente previstos não corresponderam ao modelo teórico e por isso o mais adequado foi a exclusão destes, gerando uma versão final da EATE com 32 itens. Outras análises psicométricas foram realizadas considerando essa solução. Os índices de precisão foram satisfatórios tanto para a escala de avaliação da ansiedade estado ( = 0,948), quando para o traço ( = 0,958) e também para cada um de seus fatores ( = 0,777 à = 0,949). Além disso, uma análise paralela e uma análise confirmatória indicaram a adequação do modelo de 4 fatores. Estudos de validade com o Inventário de Ansiedade de Beck (BAI) (r=0,375 a r=0,856, p<0,01) e com o Inventário Breve de Sintomas (BSI) (r=0,342 a r=0,729) indicaram a correlação entre os construtos avaliados por ambos. Outros estudos, relacionado à variável vivência acadêmicas, sexo, tipo de universidade e faixa etária também indicaram resultados satisfatórios para a EATE. As análises das pontuações permitiram atribuir um ponto de corte inicial para interpretação dos resultados coerente com a incidência de transtornos de ansiedade na população brasileira. Conclui-se que o estudo piloto gerou a necessidade de poucas alterações para a versão final da EATE e que os resultados favorecem a continuidade da pesquisa com outros grupos que permitam a realização de análises mais precisas e atinjam os parâmetros adotados pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) para aprovação de um teste psicológico. Dentre estes, verifica-se, principalmente, a realização de pesquisas com grupos clínicos e de controle, para que a EATE possa ser utilizada como subsídio para diferenciação entre a ansiedade normal e patológica.Item Eficácia adaptativa e dinâmica psíquica em enlutados por acidentes de trânsito atendidos em psicoterapia breve operacionalizada (PBO)(Universidade Metodista de São Paulo, 2019-03-25) SERRALHEIRO, Regiane Ribeiro de Aquino; AVOGLIA, Hilda Rosa Capelão; HELENO, Maria Geralda VianaOs acidentes de trânsito têm levado à morte cerca de 43 mil pessoas ao ano e mais de 500 mil feridos. Além dos custos de atendimento às vítimas fatais e não fatais, há os custos sociais e o impacto psicológico nas vítimas e seus familiares e pouco tem sido feito para auxiliar os enlutados. O presente estudo teve como objetivo avaliar e relacionar a evolução da eficácia adaptativa e a dinâmica psíquica de enlutados por acidentes de trânsito atendidos em psicoterapia breve operacionalizada (PBO), por meio de estudo qualitativo de método combinado (clínico e quase-experimental). Os participantes foram submetidos às entrevistas analisadas pelo Sistema Diagnóstico Adaptativo Operacionalizado - SISDAO e ao Teste das Relações Objetais de Phillipson – TRO, em seguida, foram atendidos em PBO por 12 sessões, sendo reavaliados ao término pelos mesmos instrumentos. A amostra foi composta por 6 casos, predominantemente do sexo feminino e com nível universitário (83%), com idade média de 40 anos, e dois (33%) eram condutores dos veículos. Em relação aos falecidos, dois (22%) eram filhos e dois (33%) genitores, com idade média de 40,5 anos, (66%) sexo masculino e (66%) passageiros de veículos de passeio. Na avaliação inicial do TRO, observou-se predominância da posição esquizo-paranóide com alternância da gliscocárica, uso de mecanismos de defesas mais primitivos e pobre contato com realidade. O luto foi considerado situação-problema para a PBO e, por meio de interpretações teorizadas, buscou-se auxiliar no entendimento das soluções dadas, como a intensa culpa persecutória e as fantasias onipotentes de que poderiam ter evitado os acidentes. Na avaliação final, verificou-se redução da intensidade da crise, aumento da confiança no mundo interno e externo, melhor contato com a realidade e evolução na eficácia adaptiva. Tanto o TRO quanto o SISDAO se mostraram sensíveis para observar mudanças na dinâmica psíquica. Por fim, pode-se afirmar que os pacientes se beneficiaram da PBO e este tipo de intervenção psicológica pôde auxiliar pacientes com esta demanda. Recomenda-se que mais estudos possam ser realizados, ampliando a amostra e espera-se que contribua para o debate de políticas públicas de promoção de saúde, prevenção de acidentes e, na ocorrência destes, que os enlutados que necessitem, sejam ser acolhidos em seu sofrimento, a fim de que retomem suas vidas e respondam de modo mais eficaz às demandas do cotidiano.Item Engajamento no trabalho docente: refinamento de modelos teóricos e de mensuração para contextos educacionais(Universidade Metodista de São Paulo, 2022-06-30) TAGAVA, Regina Fujiko; CORTEZ, Pedro Afonso; ZARIFE, Pricila de SousaA presente tese parte dos desafios substanciais apresentados à gestão e avaliação da educação, cujas implicações melhorem as condições organizativas que otimizam o bem-estar e a saúde dos professores. Foram propostos seis estudos. O primeiro estudo identificou as categorias estruturantes para a gestão do trabalho docente por meio de uma revisão de literatura, qualificando-se em quatro categorias temáticas: práticas e formação docente, condições de trabalho, políticas e regulação do trabalho, e saúde no trabalho. As contribuições propõem uma agenda de pesquisa e ação que se proponha a otimizar os contextos concretos educacionais existentes no Brasil e América Latina. O segundo estudo objetivou revisar a literatura das definições e dos modelos teóricos de engajamento, identificando que o nível de teorização das perspectivas variou entre características pessoais e organizacionais, contextualizadas no ambiente de trabalho, sendo possível categorizar as definições do construto nas perspectivas: contrário ao Burnout, motivacional afetivo, multidimensional, organizacional e tridimensional. A contribuição do estudo foi dimensionar os conceitos do engajamento do trabalho para uma melhor compreensão do fenômeno, otimizando eventuais aplicações de tal aporte teórico. O terceiro estudo revisou as medidas e fatores avaliados do engajamento no trabalho na literatura, identificando modelos teóricos avaliados pelas medidas, a predominância de fatores, o grupo participante, a nacionalidade de investigação e as evidências de validade baseada no conteúdo. A contribuição foi qualificar que entre as diferentes medidas, a escala UWES - Utrecht Work Engagement Scale apresenta propriedades psicométricas otimizadas e replicáveis em diferentes contextos, o que indica a robustez teórica e empírica das elaborações pautadas nos modelos multidimensionais de engajamento no trabalho. O quarto estudo pretendeu revisar na literatura as variáveis relacionadas ao engajamento no trabalho, identificando participantes de diferentes áreas de atuação nesta revisão, além de evidenciar diferentes variáveis com efeitos positivos, negativos e inconclusivos frente ao engajamento no trabalho. A contribuição está na clarificação dos preditores e consequentes do construto a fim de otimizar as proposições políticas e práticas do desenvolvimento do engajamento no trabalho. O quinto estudo objetivou buscar evidências de validade confirmatórias para estrutura interna da Escala de Engajamento no Trabalho de Professores (EEP) no contexto brasileiro, reconhecendo a confirmação de evidências psicométricas apropriadas para a EEP. A contribuição está no aprimoramento teórico conceitual nos fatores engajamento social com os colegas e engajamento cognitivo comportamental para otimizar a proposta de avaliação. O sexto estudo buscou evidências de validade para a estrutura interna da Escala Reduzida de Engajamento no Trabalho de Professores (R-EEP) no contexto brasileiro, identificando que os indicadores de validade demonstraram estrutura interna, consistência interna e validade critério adequadas. A contribuição está em redesenhar o modelo teórico e empírico de avaliação proposto para a R- EEP. Por fim, apresentam-se as conclusões da presente tese que integram as contribuições prestadas ao campo educacional e do trabalho para atuação frente à gestão educacional e promoção de melhores condições laborais aos docentes tendo o engajamento no trabalho como variável central. Destaca-se como principal implicação da corrente tese a possibilidade empregar os modelos teóricos e empíricos para gestão educacional.Item Estudo psicofisiológico do desempenho da técnica de neurofeedback nos processos atencionais(Universidade Metodista de São Paulo, 2021-01-27) SOLANO, Gilberto do Carmo; BASILE, Luis Fernando HindiIntrodução: O neurofeedback eletroencefalográfico consiste no monitoramento e retroalimentação da atividade elétrica cerebral, visando o aprendizado do controle consciente por parte do indivíduo, de aspectos do funcionamento geral do cérebro e promover alteração nos padrões dos potenciais elétricos do córtex, de maneira que haja um condicionamento de faixas de frequência das ondas. Pesquisas anteriores evidenciaram que a relação entre oscilações Teta (4-8 Hz) e Beta (13-30 Hz) no eletroencefalograma está associada ao aprendizado de feedback ligado à atenção. Um treinamento estabelecido é da razão de potência Teta/Beta, que tem o objetivo de melhorar um estado de atenção sustentada, reforçando reduções nas amplitudes Teta (4-8 Hz) e aumento nas amplitudes Beta (13-30 Hz). No entanto, os mecanismos neuronais que mediam um treinamento bem sucedido do neurofeedback ainda não foram suficientemente descobertos. Objetivo: Verificar se a razão Teta/Beta indicada pelo aparelho de neurofeedback correlaciona-se com aquelas obtidas durante o desempenho em tarefas de atenção mensuráveis independentemente. Método: A amostra foi constituída por 22 sujeitos com faixa etária entre 21 e 63 anos de idade. Os dados foram registrados por Eletroencefalograma (EEG) de quatro canais obtidos durante cinco condições: LBase (repouso), Treino de Neurofeedback (NFBK), Tarefa de Performance Contínua (CPT), Teste d2R e Teste de Substituição de Dígitos por Símbolos (DSST). Os dados de EEG foram analisados pela amplitude em três faixas de frequências (Teta, Alfa e Beta) e pela Razão Teta/Beta. As diferenças no EEG entre condições foram analisadas por meio do teste estatístico não paramétrico de Friedman. As correlações foram verificadas por meio do coeficiente de correlação de postos de Spearman. Resultados: Quanto às comparações de NFBK e LBase, não foi observada redução na razão Teta/Beta. Somente o eletrodo F3 apresentou diferença, com aumento de relação Teta/Beta em DSST comparado com repouso e com d2R. Nas comparações de Alfa, em relação a linha de base (LBase), apenas em C4 observou-se relação significativa entre CPT e LBase, com CPT menor que Lbase. Nas correlações intra indivíduos entre TR e razão Teta/Beta, somente cinco dos 22 sujeitos da amostra apresentaram correlações significativas, porém, em direções opostas. Não foram observadas reduções da razão teta/beta ou em alfa nas correlações entre as varáveis eletrofisiológicas médias e comportamentais entre indivíduos. Discussão: Os resultados alcançados com este trabalho não corroboram estudos anteriores, em que a relação Teta/Beta está negativamente relacionada ao controle atentivo, ou seja, Teta aumentada e/ou Beta reduzida, observadas durante tarefas de atenção. Os resultados indicaramm que o NFBK não alterou ou reduziu a TBR. Nenhuma mudança consistente dentro da sessão de TBR foi encontrada na medição de LBase, em comparação com a medição de treinamento de NFBK de 15 minutos, sugerindo que o NFBK não induz quaisquer alterações nas medições de EEG levando à diminuição da relação TBR. Conclusão: Os achados deste estudo se mostram em desacordo com o esperado, pois não houve evidências de que o neurofeedback orientado para redução da razão Teta/Beta fora efetivo em participantes saudáveis.Item Implicações e riscos para o desenvolvimento do prematuro na primeiríssima infância: avaliação, intervenção e prognóstico(Universidade Metodista de São Paulo, 2022-03-28) CAVAGGIONI, Ana Paula Magosso; GOMES, Miria BenincasaA literatura nacional e internacional indica que há maior risco de atrasos no desenvolvimento de bebês prematuros, quando comparados com bebês a termo, o que pode ocasionar prejuízos ao longo da vida. Ainda assim, as políticas públicas que garantam atenção a esta população são escassas e, as que existem, abrangem apenas aqueles que necessitam de internação em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Os que nascem aparentemente saudáveis são negligenciados. O presente estudo pretendeu: 1) Descrever e relacionar as áreas de desenvolvimento de crianças nascidas prematuras; 2) Descrever e comparar o desempenho de crianças de acordo com a idade gestacional ao nascer: muito prematuros, prematuros moderados e tardios e, 3) Identificar, por meio de estudo de caso, áreas de competência e defasagem de uma criança prematura. Participaram 79 crianças com idade de 15 dias a 42 meses, cujo desenvolvimento em Cognição, Linguagem e Motor foi avaliado pela Escala de Desenvolvimento de Bebês e Crianças Pequenas Bayley - III). Adicionalmente, as mães responderam a um questionário de dados sociodemográficos e as Escalas de Comportamento Adaptativo e Socioemocional da Bayley III. Os bebês foram divididos em três grupos de acordo com a idade gestacional: muito prematuros, prematuros moderados e prematuros tardios. Os dados quantitativos receberam tratamento estatístico descritivo e inferencial. A análise quantitativa abarcou os resultados de desenvolvimento dos bebês, em termos de médias e desvio-padrão das pontuações ponderadas, compostas e percentil, levando em conta tanto a amostra total como a comparação entre os grupos. Foi realizada, também, uma análise qualitativa, que consistiu em um estudo de caso. Os resultados demonstraram que, de forma geral, todos os participantes obtiveram desempenho dentro do esperado nas pontuações ponderada, composta e percentil nos domínios da Escala Bayley-III. Contudo, cerca de 39% dos participantes não alcançaram aquisição completa no Processamento Sensorial. Além disso, 50,6% deles apresentaram pelo menos uma discrepância estatisticamente significativa na comparação entre duas áreas do desenvolvimento. Na comparação entre grupos, 50% dos prematuros moderados e 41% dos tardios não alcançaram aquisição completa do Processamento Sensorial e foi encontrada diferença estatisticamente significativa no Socioemocional entre eles. Na comparação entre Domínios, houve diferença estatisticamente significativa em Cognitivo-Socioemocional, (p=.01) e no Motor Grosso- Socioemocional (p=.03). A análise qualitativa indicou a necessidade de monitoramento do desenvolvimento de prematuros saudáveis com perfil de desenvolvimento discrepante entre os domínios e o envolvimento da família, escola e profissionais da saúde, pois, mesmo crianças aparentemente saudáveis, apresentam déficits sutis que podem repercutir na idade escolar e vida adulta. Apesar dos achados da presente pesquisa indicarem desenvolvimento adequado dos nascidos prematuros em todos os Domínios, a presença de alta frequência de discrepâncias significativas entre eles, quando comparados seus resultados entre si, apontaram um desenvolvimento desarmônico, que, em longo prazo, pode ocasionar consequências negativas na vida dessa população, como amplamente relatado na literatura. Portanto, torna-se evidente a importância do acompanhamento do prematuro na primeiríssima infância e do desenvolvimento de políticas públicas eficazes que englobe mesmo aqueles que não necessitam de cuidados médicos especiais ao nascer.Item Influência das vivências acadêmicas e da autoeficácia na adaptação, rendimento e evasão de estudantes nos cursos de engenharia de uma instituição privada(Universidade Metodista de São Paulo, 2019-02-06) MATTA, Cristiane Maria Barra da; MARTINS, Maria do Carmo Fernandes; HELENO, Maria Geralda VianaO impacto do início da vida acadêmica pode afetar a autoeficácia e dificultar a adaptação dos estudantes. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a influência da autoeficácia e das vivências acadêmicas na predição de rendimento e de evasão escolar. Para a coleta de dados utilizaram-se o Questionário de Dados Sociodemográficos, o Questionário de Vivências Acadêmicas – versão reduzida (QVA-r) e a Escala da Autoeficácia na Formação Superior (AEFS). Resultados de desempenho no vestibular, rendimento escolar e evasão foram fornecidos pela instituição na qual o estudo foi desenvolvido. Os dados foram analisados por meio de estatísticas descritivas e inferenciais. Participaram do estudo 407 estudantes de primeira série do curso de Engenharia de uma instituição privada, majoritariamente do sexo masculino, com idade média de 18,5 anos. A adaptação acadêmica dos estudantes foi favorecida pela satisfação com o curso e com a instituição e, principalmente, pelos bons relacionamentos interpessoais, também confirmados pela elevada autoeficácia na interação social. A confiança na capacidade de aprender e de autorregular as ações e às questões referentes à proatividade foi um pouco reduzida, se comparada à autoeficácia na interação social e na gestão acadêmica. O modelo proposto previu 60% do rendimento. As contribuições positivas foram conhecimento básico, hábitos de estudo, sentimentos quanto ao curso escolhido e à carreira, e autoeficácia acadêmica e na gestão acadêmica. Além desses fatores, o sucesso acadêmico dos ingressantes poderia ser atribuído à qualidade da transição do período desenvolvimental e das políticas educacionais da instituição. Sugere-se a promoção de atividades que possam nutrir as crenças de autoeficácia dos estudantes, que orientem seus hábitos de estudo e à gestão de seu tempo. O ambiente educacional deve promover bem-estar físico e psicológico à comunidade estudantil. A deficiência no conhecimento básico foi um preditor significativo de evasão, explicação entre 38% e 50% da variância encontrada. Tornou-se evidente que os fatores socioeconômicos, vocacionais e interpessoais podem ser determinantes do abandono escolar. Os resultados foram discutidos à luz da literatura da área.Item Investidores do mercado financeiro: investigação da impulsividade e da autorregulação na tomada de decisão e do estresse percebido gerado em operações financeiras(Universidade Metodista de São Paulo, 2022-09-20) CRISPIM, Ingrid Aparecida Siqueira; SERAFIM, Antônio de Pádua; DURÃES, Ricardo Silva dos SantosAs características psicológicas como emoções, medo e a ganância poderão influenciar as operações financeiras. Assim, a falta de atenção em uma operação pode causar sérios prejuízos em operações de Mercado. Esse sofrimento emocional está entre as ameaças que influencia no comportamento do investidor. Esta pesquisa teve como objetivo investigar fatores que influenciam no processo decisório em operações financeiras. A fim de mensurar e obter estes dados, foram utilizados os seguintes instrumentos: Perceived Stress Scale – PSS-14; Escala de Impulsividade de Barratt - BIS-11; Questionário Reduzido de Autorregulação – QRAR; Análise de Perfil do Investidor (API) e Questionário Sociodemográfico. A amostra foi composta por 156 participantes, a coleta foi realizada online e, a partir dos resultados, foram organizados em três grupos: Investidor Conservador (G1-IC), Investidor Moderado (G2-IM) e Investidor Arrojado (G3-IA). Foi aplicado um questionário a uma amostra por conveniência de profissionais investidores que atuam no mercado financeiro e de capitais. No procedimento, toda a coleta, correção e análise dos resultados referentes aos instrumentos de medida cognitiva e de personalidade foi realizada por profissional habilitado da Psicologia. O SmartPLS 3.0M3 foi utilizado para análise de modelagem de equações estruturais, e o SPSS (Versão 23.0 para Windows, IBM, São Paulo, SP, Brasil) foi utilizado para análise dos dados demográficos. Os resultados dessa pesquisa podem ser úteis aos Operadores do Mercado Financeiro e de Capitais, quando consistentes de controlar a sensação de perda. A falta de controle emocional e comportamental, refletem no processo decisório. A escolha impulsiva e a ação impulsiva trazem efeitos negativos no resultado financeiro. Portanto, o investidor no momento de euforia, em um mercado volátil pode realizar escolhas impulsivas e decisões impulsivas. Conclui-se que quando um operador do mercado financeiro age de forma impulsiva, muitas decisões estão sendo influenciadas por emoções. Quando influenciada por emoções, cometem erros por não se controlar a si mesmo, os indivíduos precisam se conhecer e desenvolver competências emocionais consistentes em escolhas financeiras.Item Livre expressão lúdica grupal como estratégia de enfrentamento em crianças negligenciadas(Universidade Metodista de São Paulo, 2020-10-26) SOUZA, Francisca Yana Bizerra Alves de; AVOGLIA, Hilda Rosa CapelãoA literatura especializada indica que a negligência é a forma mais recorrente entre os maus-tratos contra crianças e adolescentes. Estudos apontam que as crianças negligenciadas podem acumular problemas múltiplos em seu desenvolvimento e em suas capacidades adaptativas, sendo a violência vivenciada de forma única, dependendo de uma multiplicidade de fatores de natureza pessoal. O processo criativo pode ser visto como uma das possibilidades para se vencer uma situação traumática, já que este é definido como a capacidade de criar alternativas vitais. Considerando o brincar como exemplo da maior criatividade e desenvolvimento integral do ser, é possível dizer que a livre expressão lúdica pode contribuir na percepção que a criança tem acerca de si mesma e da sua vivência de negligência, aumentando a autoestima e promovendo seu desenvolvimento emocional e afetivo. Trata-se de um estudo exploratório descritivo de caráter qualitativo, cujo objetivo foi avaliar e relacionar aspectos psicodinâmicos de crianças vítimas de negligência antes e depois do processo de intervenção baseado em oficinas grupais de livre expressão lúdica. A amostra foi composta por sete crianças, de ambos os sexos, encaminhadas a uma unidade de acolhimento institucional por determinação judicial ou orientação do Conselho Tutelar, exclusivamente por terem sido esgotadas as possibilidades de manutenção em seio familiar. A amostra foi selecionada de forma não-probabilística casual, de acordo com a conveniência. Foram utilizados como instrumentos o Desenho da Figura Humana (DFH) e o Desenho da Pessoa na Chuva (DPC), ambos aplicados individualmente antes e após a realização das oficinas grupais que utilizaram como referencial conceitual a técnica de Grupo Operativo de Pichon- Rivière. Foram realizados oito encontros em grupo analisados usando os parâmetros oferecidos pelo Esquema Conceitual Referencial e Operativo (ECRO). Os dados obtidos pelos instrumentos aplicados na etapa inicial e final foram compreendidos em conjunto com o processo desencadeado pelas oficinas realizadas em grupo, sendo analisados a partir de contribuições da psicanálise de grupos e da própria psicanálise para a análise dos resultados dos instrumentos aplicados. A proposta da oficina grupal de livre expressão se mostrou mobilizadora, permitiu a emergência e elaboração de aspectos mal integrados relacionados à vida dentro e fora do abrigo, sendo relevante sua aplicação em contextos institucionais como foi realizado nesse estudo. A realização de atividades de livre expressão em grupo pode-se constituir em uma ferramenta promotora de saúde desse segmento da população, evitando o seu adoecimento e o comprometimento de aspectos importantes do desenvolvimento infantil e, portanto, minimizando o sofrimento dessas crianças.Item O papel do capital psicológico na relação entre desenho do trabalho, engajamento e rotatividade(Universidade Metodista de São Paulo, 2020-08-28) HOKAMA, Erica; MARTINS, Maria do Carmo FernandesO capital psicológico afeta os comportamentos dos trabalhadores, pois trata das especificações de seus conteúdos, procedimentos e formas de relacionamentos dentro do contexto de trabalho, com o objetivo de gerar resultados positivos para a organização, assim como, proporcionar satisfação no trabalho. No entanto, outros fatores, incluindo características individuais, como o capital psicológico, também podem desempenhar um papel importante nessas relações. Esta pesquisa teve como objetivo geral verificar se o capital psicológico tem efeito moderador nas relações entre o desenho do trabalho e o engajamento, e também, entre o desenho do trabalho e a intenção de rotatividade, assim como identificar as relações entre esses constructos. Realizou-se uma pesquisa de campo, quantitativa, descritiva e de corte transversal com 318 participantes. Os instrumentos utilizados para avaliar as variáveis foram o Questionário de Desenho do Trabalho (WDQ), a Escala de Engajamento no Trabalho Utrecht (UWES-9), a Escala Intenção de Rotatividade (EIR), o Questionário de Capital Psicológico (PCQ) e um Questionário Sociodemográfico. Os dados foram submetidos a análise estatísticas descritivas, análise fatorial, cálculos do alfa de Cronbach e a análises de regressão linear. Os resultados indicaram que o desenho do trabalho e o capital psicológico se relacionam positivamente com o engajamento no trabalho e negativamente com a intenção de rotatividade. As análises de regressão apontaram o desenho do trabalho e o capital psicológico como fatores preditivos de engajamento no trabalho e de intenção de rotatividade. Além disso, o capital psicológico é um fator supressor entre especialização e engajamento no trabalho e, moderador entre solução de problemas e intenção de rotatividade. Diante destes resultados e de tantas transformações no mundo do trabalho, estudar a criação e a modificação da composição, conteúdos, estrutura e ambientes em que os trabalhos e funções são executados (aspectos do desenho do trabalho), assim como desenvolver o capital psicológico é importante para que as empresas e trabalhadores possam se preparar para as exigências do mercado de trabalho. Este é o primeiro estudo, no Brasil, a integrar a teoria do desenho do trabalho ao capital psicológico, engajamento no trabalho e intenção de rotatividade. Portanto, além de acrescentar conhecimento teórico à área, espera-se que esta pesquisa promova reflexões de profissionais das áreas da Psicologia Organizacional e do Trabalho, Administração e Gestão de Recursos Humanos, sobre a importância de elaborar estratégias do “desenho do trabalho” e desenvolvimento do “capital psicológico”, a fim não só de aumentar o engajamento e diminuir a intenção de rotatividade, mas acima de tudo promover saúde dentro do ambiente de trabalho.Item Oficinas de Memória como recurso protetivo no processo de envelhecimento normal e sua repercussão na autoestima e qualidade de vida(Universidade Metodista de São Paulo, 2019-02-25) SCHULTHEISZ, Thais Sisti De Vincenzo; SERAFIM, Antonio de PáduaNo Brasil, dados do último censo de 2015 indicam que 14,3% de um total de 204.450,649 habitantes correspondem à população com 65 anos ou mais. Expectativas da Organização Mundial da Saúde indicam que, em 2025, o Brasil será o sexto país do mundo com maior número de idosos. Apesar dos inúmeros avanços, as mudanças decorrentes do envelhecimento, constituem um fenômeno universal. No entanto, é preciso destacar que o envelhecimento, tende a ser encarado ainda como uma doença ou o término da vida. O objetivo deste trabalho foi verificar a contribuição de oficinas de memória como um recurso protetivo à prejuízos cognitivos na autoestima, qualidade de vida em idosos. Trata-se de uma pesquisa intervencional, transversal e prospectiva. Participaram deste estudo 44 idosos de ambos os sexos com e sem queixas de memória, integrantes do “Projeto Aquarela” da Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) – Campus Rudge Ramos. A pesquisa se constitui de três etapas: A primeira englobou o levantamento dos dados demográficos, e medidas cognitivas, da autoestima e qualidade de vida. A segunda com desenvolvimento de 12 sessões de oficinas de memória. A terceira com reavaliação dos aspectos cognitivos, da autoestima e qualidade de vida. Os instrumentos utilizados foram: Questionário sociodemográfico. Para a Avaliação Cognitiva: (subteste da WAIS-III), Memória Lógica, Trail Making Test A e B, Figura Complexa de Rey, Fluência Verbal - (FAS). Para qualidade de vida o WHOQOL- Bref e autoestima Escala de Rosenberg. Todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).Item Oficinas do diálogo terapêutico no enfrentamento da violência contra as mulheres: as influências da comunicação intrapessoal(Universidade Metodista de São Paulo, 2024-08-29) GONÇALVES, Glaucya Tavares; SILVA, Rosa Maria FrugoliEste estudo abordou a temática da violência contra as mulheres. Teve como objetivo investigar as influências da comunicação intrapessoal no enfrentamento da violência doméstica em mulheres moradoras de uma comunidade na cidade de São Paulo. O método utilizado foi qualitativo, por meio de pesquisa participante, com a realização de 08 Oficinas do Diálogo Terapêutico (ODT’s) com 30 mulheres adultas. Nas oficinas ocorreram discussões e reflexões sobre os temas infância, adolescência, juventude, vida adulta, relacionamentos familiares e afetivos e vida profissional, utilizando-se estratégias de comunicação intrapessoal, buscando favorecer o enfrentamento da violência doméstica. Nessa perspectiva, os indicativos da psicologia humanista rogeriana deram sustentação às oficinas, assim como permearam as interpretações dos dados coletados. Os resultados apontaram para alterações significativas nas narrativas expressas na comunicação intrapessoal das participantes, indicando a possibilidade de favorecimento ao enfrentamento do ciclo da violência e a adoção de novas atitudes e comportamentos em relação ao trabalho, a relacionamentos interpessoais e ao futuro, evidenciando o potencial da comunicação intrapessoal como ferramenta de empoderamento e de transformação para mulheres em situação de violência doméstica.Item Percepções de docentes sobre gênero, relações raciais e saúde(Universidade Metodista de São Paulo, 2020-07-31) BACCELLI, Marcela Silva; SILVA, Rosa Maria Frugoli daEsta pesquisa tem como objetivo compreender as percepções de docentes da Educação Infantil sobre gênero, relações raciais e analisar como essas perspectivas se relacionam com a saúde. O estudo justifica-se pela consideração de que a escola é um dos espaços que interferem no complexo processo de construção das identidades e formação dos sujeitos. A pesquisa de delineamento qualitativo foi desenvolvida por meio de questionário sociodemográfico e realização de entrevista semiestruturada com docentes da Educação Infantil do setor público, sendo duas escolas com participação de seis docentes; e do setor privado, também duas escolas com nove professores participando da pesquisa. Os dados foram sistematizados por meio da Análise de Conteúdo de Bardin (2011), abordando as categorias: 1) fazendo gênero; 2) o lugar do corpo; 3) o lócus da mídia e da televisão; 4) religião, Estado e educação infantil; 5) racismo na escola; 6) a invisibilidade da Lei nº10.639/2003; e 7) interseccionalidade entre relações de gênero, relações raciais e saúde, as quais foram relacionadas às bases teóricas utilizadas na estrutura da pesquisa. Os resultados demonstraram que, embora os/as docentes reconheçam as situações de opressão e violência suscitadas no cotidiano escolar, não correlacionam essas perspectivas com uma visão de gênero, na qual os papéis sociais são flexíveis e não naturais. O papel da mídia foi percebido como determinador de gênero e não foi identificada a presença de discurso laico, mas se constatou a presença de referências religiosas como norteadoras do conhecimento formal e de relações interpessoais no âmbito escolar. Os conteúdos de diversidade racial são pontuais e mínimos no processo de aprendizagem, bem como a invisibilidade do racismo no campo dos dispositivos escolares da educação infantil, o que interfere diretamente no processo de produção de subjetividades e da saúde psicológica das crianças.Item Performance: construção de instrumento de avaliação e busca de indícios de validade(Universidade Metodista de São Paulo, 2022-06-29) TORRES, Luis Fernando; MARTINS, Maria do Carmo FernandesEsta pesquisa buscou desenvolver um instrumento e encontrar indícios de validade para evidenciar habilidades especificas para identificar os possíveis perfis da alta performance. Para isso, considerou-se o estudo do constructo performance não como desempenho, mas sim com um significado abrangente considerando um conjunto específico de habilidades, características e estilos. O instrumento em questão foca em analisar perfis que indicam alta performance ao qual o indivíduo está mais alinhado. Com isso, pode ser possível maximizar os resultados no ambiente de trabalho. Foi realizada uma análise sistemática, utilizando o método PRISMA e síntese da literatura existente para formular propostas teóricas e práticas. O estudo foi realizado em duas fases. Na primeira fase, foi estudado o nível de acordo entre avaliadores para estimar a adequação dos itens aos fatores proposto. Na segunda fase, foi realizado um estudo de campo transversal e quantitativo ao longo de dezoito meses. Participaram 288 sujeitos com idade acima de 19 anos, predominante masculinos, formação acadêmica nível superior e posterior e renda média acima de R$ 4.500,00 (reais/mês). Análises fatoriais confirmatórios produziram fortes indícios para suportar o modelo de três fatores para avaliar a performance. As cargas fatoriais para todos os itens foram superiores a 0,4 e os ômegas de McDonald foram acima de 0,7 para todos os três perfis. A análise de segunda ordem revelou que os três perfis refletem a performance. As implicações praticas da pesquisa relatam elementos que podem evidenciar a existência de três perfis de performance por meio de um conjunto de habilidades específicas, denominadas itens. Com base nas cargas fatoriais encontradas foi possível aceitar a hipótese de pesquisa de que performance possui três perfis. Em face a originalidade a pesquisa encontrou um modelo validado no qual doze habilidades específicas podem ser perfiladas em cognitiva, relacional e socioemocional. O instrumento é inédito em sua construção, características e análise. Espera-se que as áreas de sociologia, psicologia e administração venham a se beneficiar dos achados desse estudo.Item Pré-natal integral: avaliação de um modelo de intervenção com gestantes para promoção de saúde mental no puerpério(Universidade Metodista de São Paulo, 2023-03-30) ROMAGNOLO, Adriana Navarro; GOMES, Miria BenincasaA perinatalidade vem recebendo cada vez mais atenção tanto no âmbito acadêmico quanto no desenvolvimento de políticas públicas. No âmbito acadêmico, houve um amplo crescimento de repertório teórico e técnico com um número superior à 300 registros em plataformas de pesquisa; já no âmbito de políticas públicas, na pactuação dos Objetivos do milênio dentre oito objetivos definidos, dois correspondem a perinatalidade. As raízes deste interesse relacionam-se à necessidade de cuidado da família na sua origem e à vulnerabilidade física e mental da mulher e do bebê durante o período que circunda o parto, considerando que este momento do ciclo vital pode gerar impactos positivos e/ou negativos no desenvolvimento da mulher, do bebê e da família. Assim, esse trabalho teve como objetivo avaliar a efetividade do modelo de Pré-Natal Integral (PNI) como instrumento de promoção de saúde mental no puerpério e como objetivos específicos, comparar e analisar qualitativamente entre as participantes do Estudo 01 e as participantes do PNI quais temáticas trabalhadas tiveram mais ou menos êxito, sendo elas: relacionamento conjugal no ciclo gravídico-puerperal; vínculo mãe-bebê; maternidade no contexto familiar; aspectos psicodinâmicos do puerpério; sexualidade na gestação e no puerpério; transtornos psíquicos do puerpério, aspectos psíquicos do aleitamento materno e modelos de assistência ao parto. A amostra inicial foi composta por 74 participantes que passaram pela intervenção do PNI das quais 25 foram trazidas para análise, pois estavam dentro do período de avaliação de 11 meses e 29 dias após o parto. Os instrumentos utilizados foram: Entrevista semiestruturada; Escala Fatorial de Satisfação com o Relacionamento de casal (EFS-RC); questionário sociodemográfico; Escala de Autoestima de Rosenberg e Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo. Mediante os resultados apresentados, podemos concluir que o modelo de PNI apresentado foi efetivo, pois as transformações ocorridas a partir da ação em geral foram positivas tanto do ponto de vista qualitativo. Além disso, podemos considerar que as metas alcançadas corresponderam às metas pretendidas, como: melhores índices de aleitamento materno, índices mais baixos de depressão pós-parto, melhores índices de satisfação no relacionamento conjugal, preservação da hora dourada com impacto no vínculo com o bebê, rede de apoio mais efetiva e protetiva, sexualidade satisfatória, melhores índices de autoestima, cenário de parto mais favorável quando comparado aos índices nacionais, presença paterna mais engajada quando comparado às participantes do Estudo 01, menores índices de intercorrências na gestação, maior garantia da presença de acompanhante durante o parto, bem como a presença de maiores recursos de enfrentamento para as dificuldades decorrentes dessa fase, atuando então de forma preventiva e protetiva para adoecimentos psíquicos no pós-parto.