Programa de Pós-Graduação em Educação
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Item A construção da autonomia discente em escola de ensino fundamental(Universidade Metodista de São Paulo, 2023-03-30) CAVALCANTE, Lúcia de Fátima Bezerra; CAMPOS, Elisabete Ferreira EstevesO propósito da pesquisa foi analisar as possibilidades de formação de estudantes autônomos nos anos iniciais do ensino fundamental, em uma escola comunitária, situada no município de Leopoldina/MG. Considera-se que um projeto de educação escolar, seja em escolas de categoria administrativa pública ou privada, que visa a construção e o fortalecimento de uma sociedade democrática, compromete-se com a formação de estudantes com capacidade de pensar por si mesmos, analisando criticamente temas cotidianos da realidade da qual participam, para que tenham voz e participação ativa no ambiente escolar e na sociedade. Compreende-se o papel da educação escolar na formação de estudantes para o pensar e o agir de forma autônoma e assim ser possível evitar que falas alheias, sistemas políticos e programas com práticas excludentes e autoritárias os dominem ou os manipulem; é necessário que o processo educativo os provoque para que busquem o conhecimento científico e o pensamento crítico a fim de embasar seus pontos de vista, ideias, tomadas de decisão e suas ações. No cotidiano escolar, para a formação autônoma de estudantes, faz-se necessário que estes participem de decisões sobre a organização geral da escola, dos tempos e espaços escolares, da abordagem de temas relevantes para debates, dentre outras possibilidades de protagonismo. Partindo de tais pressupostos, a pesquisa teve como objetivo identificar de que forma docentes de uma escola de ensino fundamental, que declara princípios humanistas, compreendem o conceito de autonomia e como estão engajados na construção da autonomia dos estudantes. A investigação, de abordagem qualitativa, contou com observações de eventos escolares pela pesquisadora e encaminhamento de questões abertas aos docentes. As análises dos dados estão embasadas, principalmente, na pedagogia de Paulo Freire, além de autores que abordam o tema da autonomia. Concluiu-se que não há, por parte dos docentes, clara compreensão do conceito de autonomia, restringindo-se a um fazer individualista. Essa compreensão limita as práticas pedagógicas voltadas à construção da autonomia discente, indicando a necessária problematização dessa realidade no processo formativo de docentes e discentes.Item A evasão no ensino superior: ProUni e FIES como políticas de acesso e redução da evasão: o que demonstram as pesquisas?(Universidade Metodista de São Paulo, 2021-06-23) LEITE, Aurenice dos Santos; CAMPOS, Elisabete Ferreira EstevesA evasão é um problema social que afeta estudantes de todos os níveis de ensino. Esta investigação apresenta um recorte no ensino superior, destacando fatores que levam ao abandono no contexto das políticas implementadas com o ProUni e FIES para ampliar o acesso e permanência dos estudantes. Trata-se de pesquisa bibliográfica, de caráter exploratório-descritivo, a partir do mapeamento nas bases de dados que disponibilizam teses, dissertações e artigos sobre o assunto. A interlocução crítica com o material selecionado fundamentou-se em autores que tratam do tema. Os objetivos da pesquisa foram: i) abordar o conceito de evasão; ii) apresentar e analisar os resultados do Censo da Educação Superior nos últimos dez anos; iii) apresentar o programa de bolsas – PROUNI e de financiamento para o ensino superior – FIES; e iv) mapear pesquisas que tratam do ProUni e FIES como políticas de acesso e permanência no ensino superior. A busca sistemática nos principais indexadores da produção acadêmica revelou um crescimento na produção de investigações e artigos científicos relacionados à evasão no ensino superior, sobretudo, no último quinquênio. As análises do material selecionado levaram a concluir que o termo “evasão” é usado com diferentes significados, inclusive como mobilidade estudantil, o que pode ser um aspecto positivo. Sobre a política educacional no ensino superior, as pesquisas analisadas destacam seu caráter neoliberal, ao considerar o modelo privatista com menor financiamento do ensino público, favorecendo empresários da educação. Decorrem desse modelo as políticas de acesso ao ensino privado, como ProUni e FIES, que acabam sendo necessárias para as classes populares. No entanto, tais políticas não garantem a permanência de todos os estudantes nos cursos e as razões são várias, como constatou-se nas diversas pesquisas analisadas. Para além do contexto educacional, há outros fatores envolvidos, os quais requerem políticas em diferentes áreas. A evasão guarda importante relação com a desigualdade social. Portanto, conclui-se que a evasão na educação superior ainda é significativa e vem se acentuando como importante temática de pesquisa.Item A formação do professor polivalente para o ensino de matemática nos anos iniciais do ensino fundamental: uma análise de matrizes curriculares de cursos de pedagogia(Universidade Metodista de São Paulo, 2021-12-17) ALVES, Angela Maria; CAMPOS, Elisabete Ferreira EstevesA matemática está presente no currículo das escolas desde a educação infantil, exigindo dos professores conhecimentos relativos aos conteúdos específicos e fundamentos didático-pedagógicos para o exercício da docência. Dessa forma, pode-se supor que sua formação inicial é substancialmente relevante para a prática pedagógica no ambiente escolar. Partindo de tais pressupostos, esta pesquisa aborda a formação nos cursos de Pedagogia, analisando as disciplinas relativas ao ensino de matemática a partir da seguinte questão: O que as matrizes curriculares dos cursos de Pedagogia revelam ou escondem sobre a formação inicial dos professores que ensinam matemática na educação básica? Nesta dissertação, discute-se a formação do professor polivalente, considerando as necessidades formativas para os anos iniciais do ensino fundamental, conforme proposto nas diretrizes curriculares para o curso de graduação em Pedagogia, licenciatura, com embasamento teórico de autores que analisam o tema, especialmente Fusari e Pimenta. A importância da matemática para o desenvolvimento da humanidade e a aquisição da linguagem matemática é abordada, percorrendo sua definição e perspectivas de ensino para os anos iniciais, com a contribuição de autores como Fiorentini, Curi e D´Ambrósio. A metodologia, de abordagem qualitativa, apresenta análise documental da matriz curricular de quatro instituições com informações sobre as disciplinas que tratam do ensino de matemática, suas respectivas cargas horárias e a indissociabilidade teoria e prática. Tendo em vista as implicações na formação inicial do professor polivalente, verificou-se que, em certa medida, as instituições de ensino superior cumprem com a legislação exigida para o curso de Pedagogia, por outro lado, os modelos de formação impostos pelos conselhos nacionais e estaduais e as orientações estaduais influenciam na estrutura dos projetos políticos-pedagógicos dos cursos analisados, mesma titulação com formações diferentes, comprometendo a identidade do curso que se dispersa da Pedagogia e se configura em uma formação polivalente.Item A formação nos cursos superiores de tecnologia: um estudo das narrativas discentes(Universidade Metodista de São Paulo, 2020-12-04) BORREGO, Cristhiane Lopes; AZEVEDO, Adriana Barroso deNas últimas décadas assistimos a expansão da educação profissional, com o surgimento de novos Cursos Superiores de Tecnologia (CST), seguindo a demanda dos setores produtivo de bens e serviços. Este trabalho propõe a investigação do processo formativo de três estudantes concluintes dos Cursos Superiores de Tecnologia em Eventos e em Gastronomia, de uma instituição de ensino superior privada, na cidade de São Paulo. Como problema de pesquisa buscam-se respostas às seguintes perguntas: quais os fatores motivacionais conduzem o aluno a ingressar no CST?; quais as necessidades do educando para aprender/aperfeiçoar uma profissão?; e como o CST pode contribuir para que o aluno realize os seus planos? O objetivo é a investigação dos elementos que concorrem para o ingresso no ensino superior de curta duração e as perspectivas que colaboram para a formação profissional dos concluintes. A metodologia de pesquisa utilizada é de natureza qualitativa de caráter investigativo na modalidade narrativa, e posto que na pesquisa narrativa as pessoas são vistas como a corporificação de histórias vividas, não há como se estabelecer uma hipótese a ser confirmada ou refutada. O corpus selecionado para este estudo são as narrativas das experiências dos estudantes participantes da pesquisa, estabelecendo uma reflexão sobre as aprendizagens consolidadas ao longo da graduação. O que justifica essa escolha é a premência da discussão da aprendizagem sob o ponto de vista discente, respeitando a formação humana dos indivíduos na busca por uma educação que se constitua em um processo socialmente inclusivo. Como arcabouço teórico que sustenta a pesquisa estão os estudos sobre a educação profissional de Saviani (2013), Garcia (2000) e Peterossi (2014; 2003); estudos de formação de Josso (2004; 2010), Delory-Momberger (2012) e Pineau (2010); e as pesquisas sobre narrativa de Clandinin e Connely (2015), Ferrarotti (2010) e Josso (2004). Como resultados, destacam-se (i) o papel da atividade docente no contexto dos CST e a relevância do alinhamento da didática pedagógica às didáticas específicas, para a incorporação do conhecimento pedagógico aos conhecimentos técnicos aplicados, efetivando o processo multidimensional da educação e da atividade docente, e na perspectiva das IES foi possível identificar (ii) a relevância em promoverem a capacitação e a formação continuada dos professores, para a prática efetiva dos processos de construção da atividade docente em CST; e (iii) a necessidade das instituições de ensino estabelecerem um exercício estratégico, periódico e reflexivo, de aprimoramento da sua missão institucional, com vistas a empreenderem as mudanças que se fizerem necessárias diante dos desafios impostos pelas transformações inerentes ao ensino superior na modalidade CST. O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001.Item A medicalização dos problemas de aprendizagem a partir da teoria sócio-histórica(Universidade Metodista de São Paulo, 2022-12-05) RENTSCHLER, Bianca; HASHIZUME, Cristina MiyukiEm decorrência de vários fatores sociais, a ciência da saúde, mais especificamente o estudo da neurociência, tem colocado em questão o saber pedagógico, considerando- o insuficiente para explicar os problemas de aprendizagem. Tirando o protagonismo do educador e, muitas vezes, reduzindo os saberes pedagógicos em detrimento dos saberes da medicina. O objetivo geral deste trabalho de pesquisa, é analisar o processo de medicalização dos problemas de aprendizagem, a partir da teoria Histórico-Cultural e das teorias críticas. Para alcançarmos esse objetivo geral, traçamos como objetivos específicos (i) Reconhecer a importância da psicologia Histórico-Cultural no processo de aprendizagem, (ii) Problematizar teorias de base organicistas, com base na psicologia Histórico-Cultural, (iii) Quais as diferenças entre a visão biológica da Medicina hegemônica e a teoria Histórico-Cultural de Vygotsky. O corpus desta pesquisa será composto por revisões literárias de: Moysés e Collares (1996, 1997, 2013), Moysés e Lima (1982), Guarido (2010), Caliman (2006, 2017), Vygotsky (1981, 1982, 1987, 1989, 2007, 2015, 2017), Machado (2007), Cosenza e Guerra (2011), Rotta T e Bridi (2016), Lisboa (2014), Foucault (1995, 2008, 2002), Gaudenzi e Ortega (2012) e Illich (1975). Atualmente, o encaminhamento de alunos com dificuldades na aprendizagem para atendimento médico e psicológico é uma prática comum, em boa parte, feita pelos profissionais da área da educação, que se baseiam em avaliações diagnósticas, entendendo os problemas das crianças como de ordem individual, atribuindo a causa às falhas na atividade neurológica. Osrecursos pedagógicos, a mediação e todo o conhecimento metodológico que os professores possuem estão sendo desconsiderados nesse cenário. A teoria Histórico- Cultural, como alternativa de método, possibilita substituir e superar as ideias patologizantes e biologizantes que determinam o que são problemas de aprendizagem com base em heranças genéticas, atingindo o conceito principal da teoria Histórico-Cultural das múltiplas relações em que o indivíduo está inserido. Os conceitos de mediação, interação, funções psicológicas elementares e superiores apresentados por Vygotsky podem trazer muitas respostas e muitos meios efetivos deintervenção.Item Aprendizagem significativa como abordagem de ensino para professores de adolescentes(Universidade Metodista de São Paulo, 2023-03-28) LEAL, Flávia Daniela Bosi; D'AUREA-TARDELI, DeniseO objetivo geral deste estudo é investigar como os professores consideram a aprendizagem significativa ao estabelecer estratégias de ensino para seus alunos adolescentes. Buscamos responder à seguinte questão: Os professores conhecem a Teoria da Aprendizagem Significativa de Ausubel e a consideram no estabelecimento de suas estratégias de ensino para estudantes adolescentes? Partimos da hipótese de que os professores pesquisados podem não possuir o repertório necessário para promover uma aprendizagem significativa em sala de aula, uma vez que sua formação acadêmica, nas mais diversas áreas de licenciatura, nem sempre inclui essa abordagem durante sua formação inicial ou em cursos complementares. São três os objetivos específicos: i) apresentar a Teoria da Aprendizagem Significativa de Ausubel como uma possibilidade de abordagem no ensino escolar; ii) compreender as características da aprendizagem na adolescência que favorecem o desenvolvimento da aprendizagem significativa; e iii) explorar o potencial do professor no desenvolvimento da aprendizagem significativa em sala de aula. Para isso, utilizamos um corpus composto pelos dados obtidos por meio de uma pesquisa de campo realizada por questionário on-line com 62 professores que lecionam há mais de 5 anos para estudantes do 5° ano do Ensino Fundamental – Anos Iniciais até a 3ª série do Ensino Médio, considerando que esses estágios escolares, geralmente, compreendem às idades entre 10 e 20 anos, que definimos neste trabalho como adolescência, tendo como referência a classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS). O arcabouço teórico que fundamenta este trabalho é a Teoria da Aprendizagem Significativa, proposta por David Ausubel em sua obra “The psychology of meaningful verbal learning” (1963), e suas contribuições posteriores ao longo de sua carreira (Ausubel, 1968; 2000), inclusive, com as contribuições de Joseph Novak (1981; Novak; Gowin, 1996), colaborador de Ausubel e coautor da segunda edição da obra básica sobre aprendizagem significativa (Ausubel; Novak; Hanesian, 1980) e, mais recentemente, defendida pelo professor Marco Antônio Moreira. Também consideramos os estudos sobre o desenvolvimento do adolescente de Jean Piaget (1973; 1976) e autores que discutem questões relacionadas à atuação dos professores, como Becker (1993), Pimenta (1999) e Pimenta e Ghedin (2012). Utilizamos uma abordagem metodológica quanti-qualitativa, por meio da análise de dados com escala Likert. Esta pesquisa ampliou nossa perspectiva sobre o tema e apontou novas formas de pensar e compreender a atuação do professor na busca pelo desenvolvimento de uma aprendizagem significativa em sala de aula. Refletimos sobre os conhecimentos teóricos adquiridos ao longo de suas trajetórias como subsídios para uma prática de ensino capaz de promover uma aprendizagem significativa junto aos alunos adolescentes. Além disso, identificamos possíveis caminhos para implementar a Teoria da Aprendizagem Significativa em sala de aula, destacando a importância de identificar os pontos da teoria que podem ser convertidos em posturas e ações pelos envolvidos no processo de ensino e aprendizagem.Item As percepções de coordenadores e professores sobre o uso de tecnologias de informação e comunicação na creche(Universidade Metodista de São Paulo, 2020-06-09) BENEVIDES, Mônica De Souza; AZEVEDO, Adriana Barroso deEste trabalho intitulado de: as percepções de coordenadores e professores sobre o uso de tecnologias de informação e comunicação (TDIC) no processo ensino-aprendizagem na creche, foi financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (CAPES), pelo benefício Taxa CAPES/PROSUP. Nos últimos vinte anos a tecnologia digital passou a fazer parte da vida das pessoas com a ampliação da internet e aparelhos móveis. As crianças hoje já nascem nesse contexto, um mundo imerso nas tecnologias onde elas exploram novos saberes. É no espaço da creche, que se torna emergente repensar as práticas de ensino-aprendizagem. Os objetivos desta pesquisa estão centrados na investigação das percepções e compreensões de coordenadores e professores atuantes na creche do ensino público no município de São Bernardo do Campo sobre o uso das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação no processo ensino aprendizagem na creche. Do ponto de vista teórico, temos por base estudos do desenvolvimento da criança pelos teóricos Winnicott (1971), Vygotsky (1996), Kishimoto (2011) e Folque (2011); além disso, abordamos os conceitos de TDIC por Castells (2016), Kenski (2007) Pretto e Pinto (2006) e Azevedo (2013-2014). A pesquisa está fundamentada na abordagem qualitativa segundo Flick (2009) na modalidade da pesquisa narrativa desenvolvida por Clandinin e Connelly (2015), na perspectiva autobiográfica, a partir das concepções trazidas por Ferrarotti (1988), Josso (2010) e Passeggi (2011). Compartilho a experiência de 3 professoras, 2 coordenadoras pedagógicas e 1 professora de ensino superior que atuou na creche. Todas elas compartilharam suas percepções no uso das TDIC no processo de ensino aprendizagem e os desafios da formação inicial para os professores da creche revelando que a investigação possibilitou concluir que para alguns profissionais que atuam na creche a tecnologia intimida e o uso desta linguagem não é recomendado anterior aos dois anos de idade. As crianças mesmo na creche denotam conhecimentos e habilidades motoras para lidar com esses instrumentos digitais, habilidades essas advindas do uso na vida cotidiana de maneira massiva e sem mediação dos pais. Não é o objeto que propicia o desenvolvimento do conhecimento, e sim a mediação realizada pelos docentes e pais acerca desses objetos e/ou conteúdos digitais. É perceptível a necessidade de formação aos pais para acompanhar o uso pelas crianças de objetos e conteúdos digitais.Item Carta da Terra e o projeto político pedagógico: perspectivas docentes em uma escola pública de ensino fundamental(Universidade Metodista de São Paulo, 2023-10-03) BATISTA, Cássia de Lourdes Lopes; CAMPOS, Elisabete Ferreira EstevesVivemos atualmente um momento que demanda atenção e preocupação do papel da educação e da escola em si, considerando a atual situação da vida no nosso planeta, em decorrência dos problemas ambientais e da ausência de reflexão sobre a necessidade da adoção de valores, atitudes e comportamentos que demonstram uma nova percepção da Terra. Neste contexto, buscamos com esta pesquisa envolver docentes, no sentido de problematizar essa realidade, promovendo uma sociedade mais justa, democrática, pacífica e sustentável. Para tanto, trazemos para esta discussão um documento que traduz e dá significado a esse debate: a Carta da Terra. Partindo de tais considerações, formulamos a seguinte questão: quais são as constatações e eventuais mudanças consideradas necessárias pela equipe docente para que o Projeto Político Pedagógico (PPP) contemple os atuais debates acerca da preservação da vida no planeta tal qual preconiza a Carta da Terra? Neste estudo temos como hipótese que pelo fato desse documento possivelmente ainda não ter sido assumido como política educacional em âmbito federal, seu desconhecimento pode trazer implicações para a formação docente e práticas pedagógicas. Temos como objetivo geral elaborar propostas e estratégias juntamente com a equipe docente de uma escola de Ensino Fundamental no município de São Bernardo do Campo para fortalecimento de um PPP que tenha como compromisso central a formação integral de um sujeito equalizado com o planeta e todos os seres que nele vivem. Quanto aos objetivos específicos, propomos: (i) analisar o PPP dessa instituição para identificar quais práticas se aproximam dos princípios da Carta da Terra; (ii) verificar de que forma é possível incluir os princípios da Carta da Terra no PPP; (iii) elaborar coletivamente propostas e estratégias para a inserção intencional da Carta da Terra no PPP e nas práticas pedagógicas docentes. O que justifica a escolha desta pesquisa é a possibilidade da inserção dos princípios da Carta da Terra no PPP da unidade escolar como grande aliada para a reflexão sobre o cenário em que nos encontramos atualmente. Entre autores e legislação pertinente, são fundamentos deste trabalho os estudos sobre a Carta da Terra, as contribuições de Moacir Gadotti acerca dos princípios da Carta da Terra na Educação e de Paulo Freire para discutir nossa responsabilidade em relação à vida no e do planeta. O PPP da escola pesquisada também serviu como documento de base para as discussões. A metodologia utilizada é de caráter qualitativo, com base nos encontros inspirados nos Círculos de Cultura de Freire, registrados e analisados posteriormente. Inferimos que, das cinco participantes nesses encontros, apenas duas conheciam de forma superficial a Carta da Terra. Todavia, muitos objetivos elencados no plano de curso se aproximam dos princípios desse documento. Observamos também que as docentes demonstraram criticidade e percepção sobre a necessária revisão do PPP para a inserção intencional de tais princípios, ressaltando a necessidade do conhecimento e do estudo da Carta da Terra por toda a equipe, visando o engajamento coletivo e o desenvolvimento de vínculo com a comunidade local, bem como a melhoria de suas práticas e, consequentemente, a transformação da realidade dessa comunidade.Item Da pauta à margem: gênero no Plano Municipal de Educação de Jundiaí (2015)(Universidade Metodista de São Paulo, 2019-03-18) GUIMARÃES, Pedro Nolasco Camargo; FURLIN, MarceloO presente estudo busca analisar e discutir como as questões de gênero foram tratadas no processo de elaboração do Plano Municipal de Educação (PME) do município de Jundiaí, no ano de 2015. Analisa também o papel e as estratégias utilizadas pelos diversos sujeitos sociais envolvidos no processo (educadores, educadoras, gestoras e gestores públicos, pessoas e grupos religiosos, políticos, entidades, militantes e movimentos sociais e mídia) e visa explicitar por que o tema – presente no documento-base do plano preparado pela Secretaria Municipal de Educação, com a participação de representantes da sociedade civil – foi retirado na fase final de elaboração, ainda no âmbito do Poder Executivo. Reúne os discursos utilizados para a rejeição da pauta de gênero nas escolas, buscando compreender o fenômeno à luz do contexto nacional e das disputas políticas locais. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de natureza documental e bibliográfica, que utilizou como fontes os processos administrativos da Prefeitura e Câmara municipais, vídeos das sessões ordinárias, documentos produzidos pelos segmentos envolvidos, além das minhas próprias percepções enquanto participante do processo. Entre os resultados, destaca-se a “campanha” da Igreja Católica em torno do sintagma “ideologia de gênero”, também utilizada por militantes políticos e religiosos locais na fomentação de um ambiente de “pânico moral” e enquanto instrumento de oposição ao governo local. Também é possível destacar que mesmo havendo segmentos favoráveis à pauta de gênero, não houve uma defesa articulada do tema que possibilitasse sua reintrodução no PME.Item Desafios da alfabetização em escola pública de período integral em um município da Grande São Paulo: reflexões a partir da ótica dos sujeitos da prática(Universidade Metodista de São Paulo, 2019-02-18) GRAVA, Andréia de Souza; CAMPOS, Elisabete Ferreira EstevesA partir da concepção de alfabetização fundamentada em Emília Ferreiro e Paulo Freire, esta pesquisa propôs a reflexão e análise sobre os fatores intervenientes no processo de alfabetização e no sucesso/fracasso escolar de crianças em escola pública de tempo integral, de modo a compreender as possíveis dificuldades encontradas pelos(as) docentes dedicados à educação básica e, mais especificamente, aos anos iniciais do Ensino Fundamental I. Inicialmente, foi realizada uma pesquisa de natureza bibliográfica e documental, que reuniu os principais subsídios teóricos, além da legislação vigente e demais diplomas legais, instrucionais e normativos, para a análise do tema e de seus desdobramentos. O referencial teórico contou com Emília Ferreiro, Paulo Freire, Miguel Arroyo, Jaqueline Moll, Maria Helena Souza Patto, Elba Siqueira de Sá Barreto, Délia Lerner e Ilma Passos Alencastro Veiga. A partir do aporte teórico, como lócus da pesquisa, foi selecionada a maior escola pública de tempo integral de um município da Grande São Paulo que apresenta alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH = 0,862). Também foram selecionados os profissionais a serem entrevistados e, na sequência, foi desenvolvido o trabalho de campo, por meio de uma pesquisa de natureza qualitativa com entrevistas semiestruturadas, com base nas concepções de Minayo e Sanches (1993; 1996), Godoy (1995), Richardson (1999), André (2001), Szymanski (2002), Lima e Mioto (2007), Stake (2011), Manzini (2012) e, para a análise dos resultados, adotou-se a metodologia de análise do discurso/conteúdo proposta por Franco, M.A.R.S. (2003) e Franco, M.L.P.B. (2008). Mediante a adoção dos instrumentos protocolares da pesquisa (Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, Declaração da Instituição Coparticipante e Roteiros de Entrevistas semiestruturados), a pesquisa de campo contou com a participação de três docentes (P1, P2 e P3) dos três primeiros anos do Ensino Fundamental I e de uma Coordenadora Pedagógica (CP), que atuam na escola selecionada. Nas entrevistas foram ouvidas as vozes dos sujeitos da prática em busca de suas experiências, trajetos profissionais, didáticas aplicadas, suas percepções e compreensão sobre os fatores e questões que influenciam na alfabetização e no sucesso/fracasso escolar, além de suas estratégias para o enfrentamento das dificuldades encontradas no processo e que podem levar à retenção e reprovação do(a) aluno(a). A coleta de informações foi norteada pelo estabelecimento de seis eixos temáticos pertinentes ao assunto em pauta e que foram obtidos por meio da revisão literária e documental: Eixo Temático 1 – Conhecer o perfil e a trajetória profissional do(a) entrevistado(a); Eixo Temático 2 – Compreender como o(a) entrevistado(a) analisa a própria formação; Eixo Temático 3 – Compreender a concepção de alfabetização do(a) entrevistado(a); Eixo temático 4 – Identificar como o(a) entrevistado(a) compreende sua prática docente e a relação com as famílias dos(as) alunos(as); Eixo Temático 5 – Compreender como o(as) entrevistado(as) analisa(m) o fracasso escolar; e Eixo Temático 6 – Questões sobre as legislações. As principais razões detectadas foram: a ausência de diálogo entre os profissionais e de trabalho coletivo; sobrecarga de trabalho; fragilidade na formação específica em alfabetização; a falta de participação das famílias; e a falta de interesse dos próprios alunos.Item Dificuldade do ensino de matemática: um estudo da formação docente para esta disciplina(Universidade Metodista de São Paulo, 2022-08-30) MARTINEZ, Ricardo Nogueira; D'AUREA-TARDELI, DeniseEsta dissertação aborda as dificuldades que existem no ensino de matemática, uma vez que ensinar essa disciplina, muitas vezes, representa um grande desafio para os professores e para a maioria dos alunos que a consideram complexa e de difícil aprendizagem. A partir de uma proposta da formação docente, discorre sobre as possíveis lacunas que impedem o professor de capacitar o aluno adequadamente para a aprendizagem desta disciplina. Assim, são questionamentos desta pesquisa: um professor que não foi habilitado e que não teve uma formação pedagógica adequada, pode executar e lecionar esta disciplina de uma forma satisfatória? Isto pode afetar ou não no desempenho deste professor e no desenvolvimento dos alunos? Como hipótese, entende-se que tanto na capacitação do docente como no aprendizado do aluno, é possível ensinar a matemática trabalhando o raciocínio lógico-matemático dos alunos por meio dos jogos. Desse modo, é possível conseguir realizar algumas mudanças de comportamentos, gerando enfim, uma aplicação excelente na aula do docente, e portanto, interesse e aprendizado para o aluno. Nesse sentido, são objetivos deste estudo: (i) investigar quais são as maiores dificuldades para o ensino e a aprendizagem da matemática; (ii) compreender e identificar em que momento da formação do professor possa ter havido questões que causaram sua má ou inadequada formação, e com isso conseguir propor uma melhoria neste ensinar do professor; (iii) propor intervenções teórico-pedagógicas, as quais serão feitas em abordagens aos professores como uma consultoria educacional, posteriormente aos resultados da pesquisa de campo. A metodologia fundamenta-se nas considerações de Gil (2008) e de Yin (2005). Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de caráter interdisciplinar, acolhendo estudos da área de matemática, conforme Boyer (1996), Parra e Saiz (1996), Vitti (1999), Garbi (1997), dentre outros autores do campo educacional. A investigação foi realizada por meio de estudos bibliográficos e de uma pesquisa de campo, que contou com a participação de quatro professores e 12 alunos. A análise permitiu inferir que um treinamento contínuo é essencial para que se melhore a didática do professor de matemática. Com isso, o professor pode aperfeiçoar seus métodos para ensinar essa disciplina, otimizar seu tempo de aula, desenvolver sua maneira de ensinar e avaliar com mais eficácia, pois por se tratar de uma disciplina que precisa de muito treinamento e também de muita prática pelos alunos, ela acaba por se tornar cansativa e/ou desgastante. Nesse sentido, com uma boa formação e especialização, o professor poderá fazer o aprendizado ficar mais fácil para o aluno compreender e, consequentemente, mais fácil também para ele ensinar.Item Direito à educação de pessoas com deficiência: um estudo a partir da análise das diretrizes e matrizes curriculares de cursos de licenciatura em educação física(Universidade Metodista de São Paulo, 2022-02-08) SANTOS, Evanir Sebastião dos; HASHIZUME, Cristina MiyukiO estudo das diretrizes e matrizes curriculares voltadas aos cursos de licenciatura, em específico ao campo da Educação Física tem tido crescente importância e pertinência quanto ao impacto direto no processo formativo de professores que trabalham com pessoas com deficiência, isto porque a construção de uma sociedade que se diz inclusiva pressupõe a garantia da igualdade de direitos e a valorização da diversidade, aspectos que este estudo se propõe investigar. Assim, à luz de considerações das diretrizes curriculares publicadas em 2018 e das matrizes curriculares de cursos de licenciatura em Educação Física de três instituições de ensino superior, tem-se como objetivo identificar referenciais e conteúdos relativos aos direitos de pessoas com deficiência, com vistas a ressaltar aspectos relacionados aos fundamentos norteadores do processo inclusivo e aos possíveis impactos na formação de professores. O arcabouço teórico a sustentar o presente estudo vale-se das contribuições de Neira (2008, 2009, 2010, 2011, 2013, 2014) acrescida de autores que a ele se alinham como: Arelaro e Silva (2017), Arroyo (2013), Hashizume (2020), Fabris e Klein (2013), Lopes e Fabris (2017), entre outros. Do ponto de vista metodológico trata-se de estudo qualitativo de cunho descritivo que envolve pesquisa documental circunscrita às atuais diretrizes curriculares, assim como à análise de matrizes curriculares de cursos presenciais de licenciatura em Educação Física, incluindo as ementas de três instituições de ensino superior localizadas na região do ABCD, em São Paulo. Em relação aos resultados, os componentes curriculares voltados especificamente ao trato de questões relacionadas à prática inclusiva nos cursos de licenciatura, em especial o curso de Educação Física, encontram-se de forma insipiente na matriz curricular e não asseguram uma formação inicial que contemple práticas inclusivas para os egressos. Quanto aos aspectos conclusivos fica evidente que há um distanciamento do que as IES oferecem, o que é exigido de forma módica pelas legislações, do que seria o ideal.Item Educação inclusiva: a realidade verificada em uma escola de educação inclusiva de São Bernardo do Campo(Universidade Metodista de São Paulo, 2023-09-15) PEREIRA, Claudia de Matos; D'AUREA-TARDELI, DeniseEsta pesquisa tem como objetivo avaliar as ações do cotidiano de uma escola com proposta inclusiva de São Bernardo do Campo, com professores e gestores que atuam no exercício da docência, para garantir a inclusão e aprendizagem de todos os alunos e como a escola entende, recebe e aplica as políticas públicas voltadas à educação inclusiva no país. Desta forma, o problema de pesquisa que direciona esse trabalho é: como na percepção de gestores e professores, as políticas públicas estão sendo aplicadas em favor da educação inclusiva? Além disso, a hipótese é como entendemos que estes gestores e professores estão se dando conta que as políticas de educação inclusiva são ineficentes e, portanto, o curso do processo de ensino e aprendizagem ficam comprometidos, trazendo insucesso na formação dos alunos e nas práticas docentes. Para a comprovação desta hipótese, a compreensão de que apesar da legislação garantir a inclusão, existem nas escolas fatores que dificultam esta garantia. Temos três objetivos, a saber: 1- Identificar as políticas públicas existentes, entendendo o papel da gestão escolar na sua implantação; 2- Verificar a formação de professores e se em suas competências docentes são sensibilizados para o cumprimento destas políticas públicas; 3-Entender o papel da gestão de escola na busca de iniciativas inclusivas na escola e na aplicação de políticas afirmativas. O corpus deste trabalho é a legislação pertinente ao atendimento especializado selecionado, e para este estudo foi de entrevistas semiestruturadas de duas gestoras e uma professora de sala regular, dados das matrículas e o mapeamento das políticas públicas, o que justifica essa escolha é o fato de analisar as matrículas em salas regulares no município de São Bernardo do Campo e a efetivação das políticas públicas referentes a inclusão na escola estudada (políticas públicas). O arcabouço teórico que sustenta este trabalho são os estudos que priorizam as características de uma escola inclusiva com base no direito à educação proposto pelos dispositivos legais nos quais se pautam os princípios da Escola Inclusiva nas reflexões de autores como Mantoan (2003, 2006, 2017), Duarte (2004), Alves (2016, 2022, 2023) e Sassaki (1997, 2005, 2009) a partir das categorias evidenciadas no contexto da escola e da legislação sobre inclusão escolar. A metodologia utilizada é empírica e documental, sendo uma pesquisa qualitativa e exploratória, pois visa validar instrumentos e proporcionar familiaridade com o campo de estudo (GIL, 2008). O método utilizado será a averiguação mediante pesquisa bibliográfica e documental através dos dados coletados do Censo escolar (INEP), e uma abordagem qualitativa exploratória e instrumentalizada por entrevistas semiestruturadas em uma escola pública localizada em São Bernardo do Campo. Os instrumentos de coleta de dados serão entrevistas semiestruturadas aplicadas junto a uma amostra composta por duas gestoras e uma professora de sala regular. Desta forma, os resultados deste trabalho foram que mesmo que tenhamos políticas públicas voltadas para o alcance da escola inclusiva, os resultados sugerem que ainda temos falta de recursos e de formação, o que dificulta essa inclusão de fato e que é necessário identificar os principais pontos e os principais desvios, para o alcance da escola inclusiva, a reestruturação da escola, para que a inclusão ocorra de forma efetiva, e gere oportunidades que realmente possibilite o aprendizado e a evolução desses alunos, e desta forma propor as melhorias adequadas para o alcance da escola inclusiva.Item Educação infantil: um olhar sobre outras formas de participação da comunidade escolar na gestão pública(Universidade Metodista de São Paulo, 2019-02-20) FERREIRA, Janice Candido Mazeu; HASHIZUME, Cristina MiyukiA presente pesquisa objetivou investigar, identificar e analisar a participação da comunidade de escolas públicas na gestão da educação infantil, faixa etária de zero a três anos de idade. Levantamos dados sobre a existência da participação nas escolas e como ela se manifesta. Partindo do pressuposto que as instituições públicas, com base na legislação vigente, sejam geridas pelo princípio constitucional da gestão democrática, buscamos compreender se há outros espaços de participação além dos previstos pela legislação na tomada de decisão. Optamos pelo método de pesquisa a abordagem do tipo qualitativa, de campo, desenvolvida em duas escolas para esse segmento localizadas em áreas periféricas, cujo público é mesclado por famílias de classe média, média baixa e baixa no município de São Bernardo do Campo - SP. Método: como instrumento de coleta de dados foi utilizada a observação, análise documental (âmbito Federal, Estadual e Municipal) e entrevistas semiestruturadas. Os sujeitos envolvidos são equipe gestora (diretora e coordenadora pedagógica), professoras, pais ou responsáveis e funcionários membros ou não dos órgãos colegiados. Tendo como embasamento os aportes teóricos em autores que versam sobre o tema em questão, a saber: em gestão democrática e participação, Paro (2002, 2003), Cury (1998,2005),Libâneo (2004), Bordenave (1985), Luke (2011); Educação Infantil, Campos (1995, 1998), Kramer (1995, 2002), Kuhlmann Jr. (2001); Método, Ludke;André (2003), Minayo (2004), Gatti (2012), Demartini (1997, 2001), entre outros. Os depoimentos coletados, articulados às observações de campo nos permitiram dividi-los em três categorias em relação ao objetivo do trabalho. São elas: participação, empecilhos à participação e concepção de gestão democrática. Essas categorias foram analisadas à luz dos teóricos por meio dos conceitos e concepções. Percebemos por intermédio das análises que, há falta de clareza quanto aos papéis distintos da Associação de Pais e Mestres (APM) e do Conselho de Escola (CE); apontam a participação parcial da comunidade nos órgãos institucionalizados, porém, não da forma esperada pela equipe gestora. A realidade investigada, apontou também a presença de outras formas participativas articuladas entre as famílias e que, por vezes, passam despercebidas devido à concepção de participação relacionada aos órgãos institucionalizados.Item Educação superior: desafios e possibilidades do ensino híbrido para os estudantes do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas da Universidade Metodista de São Paulo(Universidade Metodista de São Paulo, 2023-09-28) CARVALHO, Claudia Rodrigues de; ANDRÉ, Claudio FernandoVivemos uma pandemia histórica, em que as instituições de ensino superior adotaram aulas a distância devido ao isolamento social imposto pelo vírus. A Lei nº 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, e a Portaria MEC nº 343, de 17 de março de 2020, permitiram a substituição das aulas presenciais por aulas em meios digitais durante a situação de pandemia do COVID-19. Nesse contexto, o objetivo geral desta pesquisa é investigar o processo educacional durante a pandemia de COVID-19, utilizando o modelo Ensino Remoto Emergencial (ERE com aulas on-line). Além disso, busca-se explorar as possibilidades e desafios de um modelo híbrido de ensino, incorporando metodologias ativas que atendam às expectativas dos alunos, personalizando a experiência educacional por meio da tecnologia. A hipótese deste estudo é a viabilidade da implantação de um modelo híbrido de ensino, alternando entre aulas presenciais, on-line, síncronas e assíncronas. Os objetivos específicos são: (i) analisar a importância das metodologias ativas em aulas remotas para o desenvolvimento da autonomia discente, considerando a participação dos alunos no processo de aprendizagem, a criação de espaços para troca de conhecimentos e experiências, e a promoção de habilidades como a auto-organização e tomada de decisões; (ii) descrever os impactos das aulas on-line durante a pandemia em relação à continuidade da aquisição de conhecimento, aproveitamento do conteúdo e qualidade de vida dos alunos do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas da Universidade Metodista de São Paulo; (iii) explorar a influência da participação dos alunos no processo de ensino-aprendizagem em cursos de educação a distância. A pesquisa utiliza questionário estruturado aplicado aos 20 alunos do 5º período do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas e alunos da Faculdade Metodista de São Paulo como corpus de análise. Justifica-se a relevância dessa pesquisa diante das incertezas acerca das aulas remotas no contexto do modelo ERE no ensino superior. A evolução didático-pedagógica das aulas no modelo ERE e a perspectiva de implantação do ensino híbrido na educação superior são questões que merecem atenção. O rápido desenvolvimento de soluções para a educação a distância e o foco na autonomia do aprendiz são elementos fundamentais para a práxis docente em aulas on-line e para a percepção do aluno, que se torna o centro das atenções da aprendizagem. Assim, o problema de pesquisa consiste em buscar respostas para questões que visam compreender as percepções dos alunos em relação ao novo modelo educacional, a importância das metodologias ativas na educação a distância na modalidade híbrida e a relevância do protagonismo discente para a construção do próprio conhecimento. O referencial teórico embasa-se em conceitos relacionados ao ensino a distância, híbrido e on-line, apresentados por autores da área da educação superior e tecnológica. Suas contribuições têm impulsionado o conhecimento nesse campo, fornecendo insights valiosos sobre as práticas e estratégias educacionais no contexto digital. A metodologia adotada é exploratória e qualitativa, utilizando questionário estruturado como instrumento de coleta de dados. Os resultados esperados visam confirmar que a pandemia acelerou as transformações na educação, incentivando o avanço das práticas de ensino e aprendizagem apoiadas pela tecnologia. É essencial observar de perto essas mudanças e seu impacto na educação atual.Item Ensino superior e experiências docentes no ensino remoto emergencial durante a pandemia da covid-19(Universidade Metodista de São Paulo, 2024-06-26) PEREIRA, Paulo César; AZEVEDO, Adriana Barroso deA Organização Mundial da Saúde doravante OMS declarou, em 11 de março de 2020, a emergência por contaminação do coronavírus como uma situação pandêmica, classificando-a como pandemia da covid-19. A partir desse cenário pandêmico, os ensinos público e privado foram afetados com o fechamento das unidades, inserindo os alunos na modalidade de ensino remoto emergencial. A pandemia da covid-19 impactou os estudos de bilhões de estudantes em diferentes países, conforme a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura doravante UNESCO, agência da ONU responsável por acompanhar e apoiar a educação, comunicação e cultura no mundo. O objetivo geral, foi compreender a possibilidade da adaptação das práticas pedagógicas dos docentes, mediante as narrativas em cartas pedagógicas. Sendo três objetivos específicos, a saber: (i) mapear quais as práticas metodológicas dos professores durante a migração para o ensino remoto emergencial; (ii) descrever sob quais condições o ensino remoto emergencial ocorreu na Universidade Metodista de São Paulo doravante UMESP; e (iii) compreender a ressignificação por parte dos professores de suas práticas pedagógicas para melhoria da prática metodológica. Alguns questionamentos nortearam essa pesquisa, entre eles: Qual cenário os professores encontraram durante a covid-19? Qual a importância do professor em refletir sobre sua metodologia? Desta forma, define-se o seguinte problema de pesquisa: Quais percepções emergem das narrativas dos professores quando estes refletem sobre a sua própria prática pedagógica no período da covid-19? A escolha da metodologia baseia-se na pesquisa qualitativa em caráter exploratório com o uso da pesquisa narrativa e teve seu corpus constituído por 5 cartas pedagógicas escritas por professores de diferentes cursos de graduação da UMESP, fundamentado por MINAYO (2001), JOSSO (2006) e CONNELY; CLANDININ (2015). O arcabouço teórico que sustenta este trabalho são os estudos sobre tecnologias e educação a distância de PRETI (2011), BACICH; TANZI; TREVISAN (2015), VALENTE (2019;2020), os processos de ensino e aprendizagem e estratégias pedagógicas para o trabalho em sala de aula de MORAES; PAZ-KLAVA (2005), ANASTASIOU (2012), MORAN (2015), os estudos sobre autonomia, autorregulação e aprimoramento na aprendizagem de KENSKI (2004; 2005), MASETTO (2009), MARQUES (2021), o estudo sobre as cartas pedagógicas de LAROSSA (2002), CONNELLY; CLANDININ (2004) e NÓVOA (2009), além do estudo sobre a fundamentação legal a partir das publicações do MEC de 1971 a 2024. Como resultado, procurei refletir sobre a prática docente, oferecendo uma visão mais cuidadosa tanto do educador como indivíduo quanto da sua formação pessoal e profissional. Dessa forma, busquei evidenciar que as práticas pedagógicas compartilhadas na elaboração de cartas pedagógicas contribuem para a ressignificação e aperfeiçoamento das práticas pedagógicas no futuro.Item Entre muros, grades, escola e privação de liberdade: um diálogo com docentes da Fundação Casa de São Bernardo do Campo(Universidade Metodista de São Paulo, 2019-07-30) SANTOS, Fátima Cristina dos; CAMPOS, Elisabete Ferreira EstevesEste trabalho de pesquisa tem como objetivo compreender e analisar como ocorre a educação formal na unidade da Fundação Casa, localizada no Município de São Bernardo do Campo, SP. Nesse espaço, são atendidos adolescentes infratores, que frequentam as aulas na própria instituição, como uma das medidas socioeducativas para a sua ressocialização. Dessa forma, o estudo busca apresentar o que são essas medidas, bem como sua funcionalidade e aplicabilidade, investigando os aspectos relativos ao processo de ensino e aprendizagem, com vistas a responder aos seguintes questionamentos: há fatores presentes na escolarização formal oferecida pela Fundação Casa que podem contribuir para a formação dos adolescentes e seu processo de reinserção social? Quais são os limites desse processo formativo na Fundação Casa para tal reinserção? Nesse sentido, a pesquisa, de caráter qualitativo, fundamenta-se, entre outros teóricos, nas concepções de Paulo Freire, Moacir Gadotti, Demerval Saviani, Erving Goffman e Pierre Bourdieu, além da legislação pertinente. A pesquisa de campo ocorreu por meio de entrevistas com três professores, sendo que dois destes já atuaram na Fundação Casa e outro, que ainda permanece nessa instituição. O objetivo principal das entrevistas foi conhecer a percepção desses professores em relação à educação e suas possíveis contribuições no processo de reinserção social dos adolescentes. Buscou-se, também, conhecer se os professores têm consciência sobre a realidade dos internos e como ocorre a relação professor-aluno no processo educacional. Os resultados da pesquisa apontam para várias fragilidades na instituição, entre elas, a falta de integração com outras medidas necessárias para a reinserção social dos adolescentes, estrutura física inadequada, insuficiência de materiais didáticos, não oferecimento de formação específica aos docentes que ali atuam e, ainda, falta de um acompanhamento do Estado para jovens que se encontram em situação de Liberdade Assistida no sentido de evitar seu retorno à Fundação. Contudo, mesmo com esses aspectos que demandam mais atenção e recursos, faz-se necessário ressaltar o vínculo de afetividade construído entre professores e alunos, que pode ser um importante fator para a aprendizagem destes e valorização de suas identidades como cidadãos de direito.Item Evasão escolar de estudantes com deficiência no ensino superior: narrativas e desafios(Universidade Metodista de São Paulo, 2019-03-20) MORAES, Nayane Cardoso de Souza; TARDELI, Denise D’AureaA democratização do acesso e participação dos estudantes com deficiência no ensino superior tem crescido nos últimos anos, impulsionado pelo movimento e pelas políticas educacionais de inclusão. Trata-se da perspectiva da educação inclusiva garantindo o acesso e a permanência desses estudantes na construção de uma universidade para todos. Do ponto de vista teórico, algumas referências são citadas neste estudo dentre elas: Ligia Amaral, Miguel Arroyo, Maria Teresa Eglér Mantoan, Elizabete Cristina Costa Renders, Boaventura Sousa Santos. Embora haja um aumento do número das matrículas dos estudantes com deficiência na educação superior, ao que parece, nem todos se formam. Nesta perspectiva, algumas questões estão presentes: será que todos concluem? Se não, por que não chegam ao término da graduação? Quais são as causas deste fracasso? Como se dá a evasão escolar dos estudantes com deficiência no ensino superior? A partir da abordagem qualitativa, na modalidade da pesquisa com narrativas, com referências de Franco Ferrarotti, o objetivo deste estudo é identificar e compreender o fenômeno da evasão escolar de estudantes com deficiência em uma universidade privada da região do ABC Paulista. Esta pesquisa traz a reflexão emergente da transformação do espaço universitário ao receber os estudantes com deficiência, com vistas à construção de caminhos para que suas presenças nesse espaço sejam efetivas. Os resultados alcançados evidenciam as dificuldades enfrentadas pelos estudantes ao que se refere as condições de acessibilidade e estratégias pedagógicas que influenciam suas trajetórias acadêmicas e podem gerar a evasão escolar. Cotidianamente, os estudantes com deficiência que permanecem na universidade demonstram resiliência ao transpor as barreiras socialmente construídas. Dentre outros aspectos, o estudo revela a escassez de pesquisas, bem como de dados quanto à permanência e à evasão escolar desses estudantes no ensino superior no Brasil. Consideramos, portanto, que esta pesquisa pode abrir horizontes para outros estudos que agreguem conhecimento para a inclusão de estudantes com deficiência na educação superior.Item Experiência maker no processo de ensino-aprendizagem(Universidade Metodista de São Paulo, 2021-03-29) JACOPUCCI, Fabiana Wanrhath; AZEVEDO, Adriana Barroso deO desenvolvimento tecnológico tem provocado diversas mudanças em nossa sociedade e essas transformações atingem o campo educacional. A Cultura Maker é uma das possibilidades de inserção da informática educacional nas escolas e têm contribuído com a formação cidadã, na medida em que estimula uma aprendizagem experiencial ao colocar a mão-na-massa no planejamento e na realização das atividades educativas. Diante disso, busco compreender a experiência de um professor orientador de informática educacional ao utilizar recursos tecnológicos com aspectos makers como potencializadores do processo de ensino-aprendizagem visando o protagonismo e autoria dos alunos. Sendo assim, faz-se necessário: (i) conhecer o professor que utiliza a cultura maker na prática docente, bem como a escola na qual está inserido e realiza as atividades pedagógicas; (ii) refletir sobre a trajetória de vida e formação profissional docente e (iii) compreender possíveis contribuições da (auto)biografização para a formação docente como dispositivo potencializador da autoria e protagonismo dos atores educacionais. Nesse trajeto, a opção metodológica que adoto é a pesquisa de natureza qualitativa, na modalidade narrativa, fundamentada como método pela escola canadense representada por Clandinin e Connelly (2015), inspirada epistemologicamente na pesquisa (auto)biográfica em Aragão (2011) e Josso (2004); na concepção de educação e experiência em John Dewey (1929, 1973, 1997 e 2013) e Jorge Larrossa (2019). No que tange à formação docente, as contribuições se originaram em Demo (2000), Paro (2018), Pimenta (2012), Sacristán (1990) e Tardiff (2012). Os recursos metodológicos interpretativos da fenomenologia pautados nas concepções de Capalbo (1987), Sokolowski (2012) e Cerbone (2014) e da hermenêutica através das reflexões de Palmer (2018). A síntese de meu pensar anuncia a importância de valorizar a trajetória de vida e formação docente na qual as narrativas de si tornam-se dispositivos de uma apropriação dos saberes-docente adquiridos ao longo do exercício profissional e juntamente com a educação maker possibilita que a aprendizagem seja reconstrutiva e política contribuindo com o desenvolvimento do senso de autoria e protagonismo dos alunos em vias de uma formação cidadã.Item Formação de professores em contextos bilíngues no Brasil: um estudo do currículo de docentes em escolas bilíngues na cidade de São Paulo(Universidade Metodista de São Paulo, 2021-06-23) COSTA, Renato Izídio da; COELHO, Patrícia Margarida FariasEsta dissertação aborda a formação de professores que atuam no ensino bilíngue na cidade de São Paulo. Afinal, qual é a relação entre a prática docente bilíngue no Brasil e a formação docente específica para esse modelo de ensino? Demonstraremos que há um descompasso entre a formação dos professores que atuam no ensino bilíngue e o que é exigido como condição formativa mínima para a efetivação de um processo de ensino-aprendizagem qualificado. A partir da análise qualitativa e quantitativa do currículo docente de doze professores de três escolas bilíngues na cidade de São Paulo, de ementas e planos de ensino e revisão bibliográfica, a presente pesquisa busca alcançar quatro objetivos específicos, a saber: (i) efetuar um recorte temporal a partir de um mapeamento, dos anos de 2015 a 2019, do que tem sido abordado acerca do bilinguismo no Brasil; (ii) verificar a formação do professor em disciplinas diferentes que atuam em escolas bilíngues da cidade de São Paulo; (iii) demonstrar perspectivas e formação do educador nas diferentes áreas do ensino bilíngue por meio da análise do currículo; (iv) verificar como a modalidade do ensino bilíngue tem sido compreendida no trabalho do professor. Tal investigação se justifica a partir das condições da prática docente diante das novas formas de organização da vida e do trabalho, suscitadas pela intensificação das interações socioculturais no contexto histórico da globalização do final do século XX que determinaram novas perspectivas no âmbito formativo de professores e nas dinâmicas dos processos de ensino-aprendizagem bilíngue. O ensino bilíngue caracteriza-se como o ensino-aprendizagem que opera simultaneamente em relação a duas línguas: a língua nativa e a língua estrangeira. Desse modo, ao abordarmos a formação de professores que atuam no ensino bilíngue, adotamos a primazia da língua inglesa pelo grau de importância que ela assume como principal língua estrangeira no País, profusamente ensinada e requerida nas instituições de ensino e, como consequência, nos postos de trabalho formais. O arcabouço teórico que sustenta esta pesquisa são os estudos sobre bilinguismo e educação bilíngue de Hamers e Blanc (2000), Mackey (2000) e Megale (2005), ancorados nos estudos de metodologia de Gil (1999) e Knechtel (2014). Para tratarmos da formação docente, ancoramos nossos argumentos em discussões desenvolvidas por autores nacionais e internacionais que ampliaram e edificaram a nossa linha de pensamento, dentre os quais, destacamos: Libâneo (1983),Nóvoa (1995), Pepper (1999), Pimenta (1999), Tardiff e Lessard (2004), Gatti (2013) e Saviani (2011). A discussão bibliográfica visa ao aprofundamento da investigação do recorte temático proposto a partir de uma perspectiva transdisciplinar. Como resultados, constatamos a contribuição acerca do que se entende sobre o ensino de educação bilíngue no contexto brasileiro, compreendemos o percurso e a formação do professor na perspectiva de uma educação bilíngue, demonstrando quais os maiores desafios evidenciados pelos professores que atuam com o bilinguismo em disciplinas diferentes. Conseguimos compreender que, de fato, as experiências e a formação contínua estabelecem uma grande diferenciação na vida do profissional que quer se manter inserido no mercado de trabalho.