Programa de Pós-Graduação em Educação

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    Tolerância: fundamentos, visão internacional e impactos na educação
    (Universidade Metodista de São Paulo, 2016-06-22) MARGUES, Paula Andreatti; FISCHMANN, Roseli
    A presente pesquisa busca estudar o termo “tolerância”, levantando suas matrizes teóricas: filosóficas e históricas, bem como aspectos políticos ligados ao tema, e suas relações com a educação. A promulgação da Declaração Mundial dos Princípios sobre a Tolerância, pela Conferência Geral da UNESCO (a partir de determinação da Assembleia Geral da ONU, de 1992) ocorreu em novembro de 1995, sendo concomitante com o início da elaboração do documento Pluralidade Cultural dos PCNs. Assim, além da relevância da tolerância no campo educacional, há uma dimensão histórica de possível impacto da política internacional sobre uma política educacional, que merece ser investigada. Trata-se de pesquisa qualitativa, com base documental e bibliográfica. Há uma relevância política do tema, uma vez que o mesmo foi proposto por uma agência da ONU do porte da UNESCO, considerando a negação que até então historicamente se fazia do racismo e da discriminação étnica e religiosa nos documentos públicos ligados à escola brasileira, por exemplo.
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    Avaliação institucional na educação básica: uma análise da prática da educação adventista
    (Universidade Metodista de São Paulo, 2016-04-07) FERREIRA, Patrick Vieira; SOUZA, Roger Marchesini de Quadros
    O tema desta dissertação é a Avaliação Institucional da Educação Básica. Para tal, faz-se a análise do processo de avaliação, com ênfase no instrumento utilizado pelas Escolas Adventistas de nível básico do estado de São Paulo, considerando que a educação adventista se tornou uma parte consistente dentro da estrutura da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Procurou-se, neste trabalho, como objetivo geral, compreender como se configura a prática da avaliação institucional das escolas da Rede Adventista de Educação. O método da investigação incluiu análise bibliográfica dos principais teóricos da área de políticas públicas e do sistema privado bem como da avaliação institucional, seguido de exame documental do instrumento utilizado no processo de avaliação institucional. O estudo resgata a contextualização histórica do desenvolvimento da escola privada, destacando aspectos relevantes de sua relação com o Estado. Também apresenta brevemente a história da Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) nos Estados Unidos (EUA) e no Brasil, de modo a situar o surgimento do sistema educacional adventista, bem como a sua filosofia de ensino, buscando conhecer as origens desse grupo religioso que há mais de um século atua no cenário educacional brasileiro. Em seguida, aborda aspectos da Avaliação Institucional. Finalmente, apresenta-se uma síntese do processo e uma descrição analítica do instrumento de avaliação institucional das escolas de nível básico da Educação Adventista. Na conclusão do trabalho, não se encontraram indícios de que o conceito adventista de avaliação educacional seja diferente do das abordagens tradicionais. Entretanto, na concepção adventista de avaliação, existe mais fortemente a preocupação de se manter um processo de avaliação contínuo e sistemático.
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    Elementos da obra freireana e da teologia da libertação nas décadas de 1950 a 1970: uma análise combinada de sua gênese e identidade
    (Universidade Metodista de São Paulo, 2016-03-23) PRADO, Marciano do; SOUZA, Roger Marchesini de Quadros
    A presente pesquisa se propõe a analisar o contexto histórico, político, social, econômico e ideológico em que surge a pedagogia crítica de Paulo Freire e posteriormente a Teologia da Libertação, visando encontrar influências deste peculiar contexto na gênese do pensamento freireano e nas concepções dos teólogos Rubem Alves e Gustavo Gutiérrez, que foram os primeiros publicar obras sobre Teologia da Libertação, corrente teológica considerada genuinamente latino-americana. Ainda procura observar em que medida as concepções pedagógicas de Freire podem ter sido acolhidas pelos teólogos Alves e Gutiérrez em suas obras aqui analisadas. Em ambos os pensamentos encontramos a visão de valorização do ser humano e de uma práxis que busca sua libertação de sistemas opressores. Tanto em Paulo Freire como nos fundamentos desta corrente teológica se apresentam princípios humanistas e elementos da tradição cristã. A partir da ferramenta metodológica de análise do materialismo histórico dialético marxista, procura identificar temas comuns que são abordados pelos autores em suas obras surgidas entre as décadas de 1950 a 1970, detendo-se ao estudo de alguns temas subjacentes a esse contexto histórico, a saber: práxis, história, humanismo e libertação.
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    Formação de professores: um olhar para a subjetividade docente
    (Universidade Metodista de São Paulo, 2016-05-12) MUNARI, Keiti de Barros; DEMARTINI, Zeila de Brito Fabri
    A profissão docente vem sendo gradativamente marcada por reformas políticas que visam o atendimento das necessidades emergenciais que o sistema socioeconômico e cultural exige. Assim, a cada tentativa de adequação do ensino para atendimento das demandas do novo capitalismo, criam-se meios para alcançar modelos padronizados ou hegemônicos na formação docente. Essa tendência, de certo modo, como observam Sousa e Villas Bôas (2011), tem criado um momento de mal estar na área; um momento de incertezas que geram “respostas políticas genéricas”, sem contextualização da profissão do professor, em sua práxis. Procuramos aprofundar temas que articulam fatores da formação disciplinar acadêmica com a profissionalização docente. Focamos as especificidades da profissão a partir de aspectos da subjetividade social que perpassam à docência. Acreditamos poder assim compreender que, mesmo inseridos num ambiente de mal estar na carreira docente, ainda temos professores que se mantêm em seu ofício e, mesmo que paradoxalmente, se mostram satisfeitos em suas atividades. Questionamos se aspectos da subjetividade social permitem um entrecruzamento da teoria com a prática e, sobretudo, da formação acadêmica que perpetua os saberes teóricos e disciplinares com os saberes construídos a partir do contexto de pertença de sujeitos de uma profissão que entendemos ser relacional. Para tanto, seguimos na tentativa de traçar o perfil dos sujeitos participantes desta pesquisa (professores dos primeiros anos do Ensino Fundamental, da rede municipal de ensino de Nazaré Paulista/SP), a partir das particularidades de atuação desses profissionais na relação que é mantida com o outro em sala de aula, do que caracteriza esse grupo, suas expectativas em relação à docência e alguns dos motivos que os levam a permanecer no ofício. Abordamos nosso referencial teórico a partir da Subjetividade Docente e para tanto nos apoiamos no instrumento de medida intitulado técnica Q-sort – uma ferramenta direcionada para estudos do campo de investigações de aspectos da subjetividade. Além da técnica, nos apoiamos na aplicação de questionário de perfil e em relatos extraídos a partir da observação participante. Os resultados obtidos nos direcionaram para a questão principal do aspecto da afetividade na docência, no que tange justificativas para a permanência no magistério e competências comportamentais para a constituição da profissionalização docente em paralelo à formação disciplinar e teórica das licenciaturas.
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    O processo formativo e a atuação do arte-educador: possibilidades e contribuições da teoria ironista
    (Universidade Metodista de São Paulo, 2016-02-23) GONZAGA, Jonas Marcelo; BAHIA, Norinês Panicacci
    A presente pesquisa visa a revisão bibliográfica do processo formativo e, ao mesmo tempo, a investigação e problematização da atuação contemporânea do educador ironista na Educação. O autor Imanol Aguirre, concebe este título ao educador que seja provocativo, inteirado e propositor de experiências estéticas frente às complexidades contemporâneas, amalgamadas num tecido histórico-social caracterizado pelo trânsito da pluralidade, dos imaginários, da construção de identidade e da mobilidade social. O ironista atua dialogicamente “in loco” criando respostas às variadas demandas com os seus educandos. A fomentação da crítica, a mobilização da dúvida e da ironia, a conexão dos territórios das competências e habilidades, são os objetivos pelos quais o educador ironista intenciona um cenário educacional mais efetivo e emancipador ante as reais necessidades contemporâneas.
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    Narrativas e “pedagogia da admiração”: desafios com novas tecnologias
    (Universidade Metodista de São Paulo, 2016-08-10) PINTO, Joice Aparecida de Souza; LAUAND, Luiz Jean
    Este trabalho discute as narrativas e os valores pedagógicos do contar histórias no ocidente e oriente e, ao mesmo tempo, dialoga com a pedagogia árabe e a forma de pensamento relacionada ao contar histórias, fábulas, piadas, provérbios, parábolas, o que se denomina amthal. Essas narrativas articulam-se entre o abstrato e o concreto e estão diretamente entrelaçadas com a própria experiência de vida, proporcionando analogias para alcançar a dimensão concreta no processo de tomar decisões, uma vez que são mais facilmente guardadas na memória. Discute-se também o alcance pedagógico de veicular os contos em novas mídias, a fim de estimular a leitura e a escrita a partir dos diálogos pedagógicos e filosóficos apresentados. Dessa forma, levar a entender que o crescimento se dá a partir da linguagem e do modo de agir, com uma proposta de educação integrada com situações concretas presentes nas mais variadas práticas diárias, resgatando valores, como: ética, respeito e solidariedade; fatores essenciais para a inserção dos educandos na sociedade como cidadão crítico e protagonista de sua própria história.
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    Fracasso escolar: as atitudes dos familiares frente a este fenômeno
    (Universidade Metodista de São Paulo, 2016-08-24) SANTOS, Glauco Fernando Silva; SAES, Décio Azevedo Marques de
    Esta pesquisa almejou investigar os mecanismos ideológicos presentes nas atitudes dos familiares de alunos e ex-alunos que vivenciaram o fracasso escolar, buscando captar as estratégias do aparelho escolar para disseminar a ideologia dominante, principalmente nos alunos oriundos das camadas populares. Levando em conta a problemática do peso educacional do capital cultural da família e o caráter socialmente seletivo do sistema escolar, o trabalho fundamentou-se nos teóricos Louis Althusser; Pierre Bourdieu & Jean Claude Passeron; e Christian Baudelot & Roger Establet, estudiosos da sociologia da educação e críticos do sistema capitalista de ensino, para compreender os mecanismos e identificar os agentes de exclusão cultural presentes nas instituições escolares. Nesta perspectiva, é possível caracterizar a função social da escola na sociedade de classes: esta atua como um aparelho ideológico, responsável por inculcar ideologia dominante e selecionar e classificar os alunos que adentram no espaço escolar. Buscando comprovar a existência de um processo seletivo e classificatório na escola, a pesquisa estabeleceu um diálogo com os familiares de alunos que não cumpriram integralmente a trajetória escolar (ensino fundamental e médio).
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    A arte e a competência leitora: uma experiência interdisciplinar
    (Universidade Metodista de São Paulo, 2016-03-31) OREFICE, Érica Felício de Carvalho; DEMARTINI, Zeila de Brito Fabri
    Esta pesquisa trata do papel da Arte no contexto educacional. Inicialmente posiciona a pesquisadora no ambiente da Arte Educação por meio de relato autobibliográfico apresentando sua inquietação com a educação brasileira e o papel que a Arte neste cenário. Em seu primeiro capítulo navega nas trajetórias da Arte Educação no Brasil com o relato histórico de sua construção e constituição. Em seu capítulo segundo, adentra a Arte propriamente dita discutindo suas diversas linguagens e a posiciona como competência leitora do verbal e não verbal. Em seu último capítulo relata experiências com processos de ensino e aprendizagem em sala de aula tratando as possibilidades de leituras em Arte e as experiências interdisciplinares de Arte com Matemática, Química, Física e Filosofia, ressaltando as dificuldades e a riqueza destas experiências. O principal motivador da pesquisadora foi responder à pergunta: será que os professores, vivendo experiências formativas mediadas pela imagem, podem repensar as didáticas de suas áreas de conhecimento, propondo para os alunos também formas diferentes de expor seus saberes e junto deles seus sentimentos numa perspectiva mais integral da aprendizagem? Em suas considerações finais apresenta uma reflexão sobre os resultados obtidos em sala de aula apontando o diferencial conquistado com as experiências de reforço de aprendizagem por meio da Arte, oferecendo condições de responder à questão formulada e ainda inferir sobre outros pontos relacionados à capacidade leitora por meio de imagens. A pesquisa ressalta que ainda há muito por ser feito no que tange à educação e que este é um processo evolutivo e ininterrupto, uma forma de construção. Indica ainda a possibilidade de continuidade e expansão deste trabalho, reconhecendo que não só o educando deve ser tocado, mas também o Arte Educador.
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    Gestão da cultura na universidade: o Núcleo de Arte e Cultura da Universidade Metodista de São Paulo
    (Universidade Metodista de São Paulo, 2016-04-14) SILVA, Claudia Cezar da; FISCHMANN, Roseli
    Qual o papel da ação cultural dentro de uma universidade? Como essas ações podem somar com o processo de formação educacional? Que desafios envolveram a construção e constituição do Núcleo de Arte e Cultura da UMESP? Essas são questões geradoras do desenvolvimento desse trabalho, no qual é utilizada a abordagem (auto)biográfica como metodologia de pesquisa. Na narrativa propiciada por essa abordagem, a pesquisadora procurou revisitar e ressignificar, numa perspectiva de produção de conhecimento, memórias e histórias que contribuíram para a construção da sua própria identidade e que alavancaram sua inserção na gestão da Cultura na UMESP, legitimando e firmando a atuação do Núcleo de Arte e Cultura, ao longo dos seus 10 anos de existência. Ao refletir sobre essa práxis, evidenciou-se que trabalhar com as subjetividades é o grande desafio da gestão da Cultura, como também a construção de processos colaborativos, na perspectiva do “fazer com” e não do “fazer para” é o caminho para o fortalecimento e enraizamento das ações.
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    Narrativas de práticas em educação e tecnologia: a trajetória do professor digital
    (Universidade Metodista de São Paulo, 2016-12-12) GALASSE, Bruno Tonhetti; AZEVEDO, Adriana Barroso de
    O presente trabalho buscou relatar práticas destacadas de professores de educação básica que utilizam as TDIC (Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação) na escola para fomentar novas possibilidades de construção de conhecimento na relação didático-pedagógica com os alunos Kenski (1998), Livingstone (2011/2012), Prensky (2001). A partir dos estudos, verifica como as TDIC contribuem para a aprendizagem que fomenta reflexões críticas e científicas, tendo como base o protagonismo dos alunos (FREIRE, P., 2006) na relação destes com o conhecimento. Os sujeitos da pesquisa são professores da educação básica de algumas escolas públicas e privadas. Para a seleção desses professores, buscou-se identificar o uso das tecnologias em diferentes contextos e abordagens, não sendo alvo desta pesquisa o uso da tecnologia com um fim em si mesmo, mas utilizada como suporte ou ferramenta para o desenvolvimento da aprendizagem dos alunos no âmbito escolar. Por meio da pesquisa narrativa de caráter (auto)biográfico e da abordagem hermenêutico-fenomenológica trazida por (FREIRE, 2012) de seis professores, o estudo procurou identificar em que medida o uso da tecnologia em sala de aula contribui e promove um maior envolvimento e protagonismo dos alunos, bem como de que forma esses professores tiveram contato com a tecnologia para que esta pudesse ser incorporada e vista como possibilidade de desenvolvimento do seu trabalho docente com os alunos.
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    O currículo de arte: a linguagem do teatro para os anos iniciais do ensino fundamental no Estado de São Paulo
    (Universidade Metodista de São Paulo, 2016-09-14) DELFINO, Antonio; SOUZA, Roger Marchesini de Quadros
    Esse trabalho, “O currículo de Arte – a linguagem do Teatro para os anos iniciais do Ensino Fundamental no Estado de São Paulo”, tem como objeto de estudo as Orientações Curriculares e Didáticas de Arte (OCDArte), na linguagem do Teatro, para os 1ºs, 2ºs e 3ºs anos do Ensino Fundamental da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (2013/2015). Os autores dessa proposta curricular são: um consultor especialista na área do Teatro e um Grupo de Referência de Arte, composto por dezessete Professores Coordenadores de Arte dos Núcleos Pedagógicos das Diretorias Regionais de Ensino (PCNP) do qual o pesquisador dessa investigação fez parte. As metodologias adotadas para este estudo têm caráter qualitativo e quantitativo incluindo revisão bibliográfica e pesquisa documental. Essa análise compõe-se de um relato do processo de construção e implementação das orientações curriculares que são objeto desse estudo e que teve proposta de autoria colaborativa; partimos então para uma contextualização do momento social e político dessas etapas; fizemos uma breve análise da sua estrutura editorial e gráfica; e finalmente focamos nossa análise na área específica do nosso estudo, a linguagem do teatro, nessas orientações curriculares para os anos iniciais, discutindo as metodologias adotadas, os recursos pedagógicos e as bases teóricas, no sentido de colocar em perspectiva e aprofundar as diferentes dimensões do documento. Nosso objetivo é compreender se o processo de construção dessas orientações permitiu a participação de todos os atores envolvidos, como se manifesta a linguagem teatral nestas orientações, e ainda contribuir para a discussão dessa proposta curricular e didática, refletindo sobre seu alinhamento com as tendências contemporâneas de concepção de arte, de educação e de aprendizagem em arte. Observamos que as OCDArte, na linguagem do Teatro, como está estruturada, tem um papel relevante no ensino para os anos iniciais, visto que, a preparação dos educadores nessa linguagem é, regra geral, insuficiente. Por outro lado, percebemos algumas lacunas nas escolhas e adaptações das obras literárias que permeiam as situações de aprendizagem estudadas, assim como uma presença tímida da ação de contextualização e das propostas interdisciplinares.
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    História e memórias de uma escola maranhense: Colégio Santa Teresa
    (Universidade Metodista de São Paulo, 2016-09-21) SOUSA, Andrea Fernandes de; DEMARTINI, Zeila de Brito Fabri
    Esta pesquisa pretende reconstruir a história e as memórias da experiência educacional popular, que ocorreu no final da década dos anos de 1970, em um pequeno povoado maranhense, denominado Santa Teresa do Paruá, hoje, Presidente Médici. Nesta pequena vila de agricultores, movida pelos ideais comunitários, foi construído o Colégio Santa Teresa – protagonizando o nascimento de uma educação popular de qualidade. Acrescenta-se, ainda, recorrer às memórias, para saber quais os efeitos e contribuições da presença da Pedagogia Lassalista no colégio. O objetivo é registrar e documentar as impressões e vivências dos moradores sobre esse movimento, a fim de que possam, a partir das lembranças e memórias evocadas, contar como esse modelo educacional influenciou suas vidas. O estudo abordará, também, outras questões tais como: por que uma comunidade, de maioria analfabeta, em tempos tão difíceis, que vivia essencialmente da atividade agrícola familiar, se entusiasmara tanto pela educação formal, ao ponto de construir comunitariamente o Colégio Santa Teresa? Encontrei em escritos de Pinto (2003) e Demartini (1998), um caminho de reflexão e algumas respostas para tal questionamento. Por que o Colégio Santa Teresa não conseguiu se sobressair em meio às disputas político-partidárias, travadas logo após a emancipação política da cidade? Por que a comunidade não conseguiu preservar e estimular o espírito comunitário, que possibilitou uma pequena vila, em tempos difíceis, criar uma educação popular de qualidade? Para tanto, se fundamenta nas discussões de Fernandes (1972) e Bauman (2003) que buscam explicar o comportamento de algumas comunidades quando são submetidas ao processo de urbanização e integração nacional. Para desenvolver este estudo, fez-se uso de pesquisa bibliográfica e a metodologia de História Oral (com o uso de entrevistas, ouvindo e analisando dados de pessoas que de alguma forma, vivenciaram sobre o tema desta pesquisa).
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    Ensino híbrido na educação básica: narrativas docentes sobre a abordagem metodológica na perspectiva da personalização do ensino
    (Universidade Metodista de São Paulo, 2017-11-24) CANNATÁ, Verônica Martins; AZEVEDO, Adriana Barroso de
    O tema central deste estudo é a prática pedagógica como referência de um programa de educação formal que traz como problema de pesquisa “Quais percepções emergem quando os professores da educação básica, redes privada e pública, promovem a aprendizagem com foco na personalização utilizando o ensino do ensino híbrido?” A pesquisa aqui conduzida tem como objetivo geral refletir sobre a experiência dos docentes a partir da mediação que integra, com o uso da metodologia, a tecnologia ao currículo. Em relação aos objetivos específicos, e tendo por base as experiências narradas e o entrelaçar das histórias (participantes e pesquisadora), analisam-se quais são os pontos de interconexão com os desafios, as aflições e as descobertas da docência em vista do uso da TDIC (Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação) na promoção da construção do conhecimento. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de cunho investigativo elaborada na modalidade narrativa autobiográfica e amparada na abordagem hermenêutico-fenomenológica para a interpretação das narrativas, considerando que a descrição dos fenômenos conduz à essência da experiência vivida. Com inspiração na pesquisa narrativa de Clandinin e Connelly (2011), este estudo apoia-se tanto nos princípios teóricos da abordagem biográfica de Delory-Momberger (2012), Passeggi (2011) e Larrosa (1999), quanto na formulação hermenêutico-fenomenológica de M. Freire (2012). Os aportes teóricos se fundamentam nos seguintes autores: Horn e Staker (2015); Zabala (1998); Mizukami (1986); Moran (2015); Costa (1989); Almeida e Valente (2011); Perrenoud (2013); Santos (1994); Vieira Pinto (2005) e Vygotsky (1997). A investigação ainda apresenta um breve recorte histórico da escola tradicional e das aprendizagens ativas, além de citar estratégias didáticas de reconfigurações dos espaços de aprendizagem e desafios da docência na contemporaneidade. A tecnologia, o conhecimento e a personalização são aqui contextualmente abordados nas qualidades de conceito, de instrumento, de linguagem e de apoio, sem perder de vista as narrativas das experiências dos participantes. Ao fim, identificaram-se as percepções – por exemplo, em relação à prática docente e à tecnologia – de professores da educação básica, das redes pública e privada, com relação ao uso dos meios digitais em práticas pedagógicas e à promoção da aprendizagem personalizada com a utilização da metodologia do ensino híbrido.
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    Aposentadoria: o trabalho e o sentido de sua continuidade para o professor do ensino superior
    (Universidade Metodista de São Paulo, 2017-03-30) SILVA, Valquiria Oliveira da; DEMARTINI, Zeila de Brito Fabri
    Vivemos em uma sociedade complexa na qual o indivíduo, muitas vezes, sente-se reconhecido como pessoa por intermédio da sua produtividade. A aposentadoria é uma etapa que, para algumas pessoas, pode representar a ruptura com o mundo do trabalho e, para outras, a perda do sentido da vida. A presente pesquisa propõe uma investigação sobre o sentido do trabalho para professores aposentados do ensino superior, a partir da seguinte questão: Seria o sentido do trabalho para o professor, o motivo propulsor de sua continuidade mesmo quando aposentado? Realizamos uma revisão da literatura sobre o Ensino Superior, Trabalho, Aposentadoria e Envelhecimento, tendo como referenciais teóricos principais: Saviani (2010); Antunes (1999; 2009); Borges e Yamamoto (2004); Codo (1999); Tardiff (2002); Pimenta (1999); Debert (1997; 1999); e Neri (1991). Para a pesquisa de campo, realizamos entrevista com 06 professores aposentados que lecionam em IES privada. A opção metodológica para o desenvolvimento do estudo pautou-se na história de vida, utilizando como método a narrativa e apoiando-se em autores como Josso (2004); Souza (2005; 2006) e Passeggi (2006). As análises dos dados, apoiam-se na Metodologia de Análise de Conteúdo proposta por Demartini (2001). Por meio da análise de conteúdo dos relatos obtidos, foram construídos três temas: trajetória laboral, sentido e significado do trabalho e sentimentos quanto à aposentadoria e sua relação com o envelhecimento. Os resultados obtidos por este estudo apontam que, o sentido do trabalho para a grande maioria dos professores pesquisados é o motivo propulsor para continuarem trabalhando, pode-se inferir a partir das análises que os entrevistados se mantém no trabalho por sentirem-se em plena capacidade produtiva, observou-se que, apesar da remuneração ser um aspecto importante para a sobrevivência de qualquer indivíduo trabalhador, não foi considerada como relevante.
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    Educação a distância, polos e avaliação regulatória: narrativas de um quebra-cabeça
    (Universidade Metodista de São Paulo, 2017-03-22) SANTOS, Rodrigo Oliveira; AZEVEDO, Adriana Barroso de
    Este estudo, vinculado à linha de pesquisa “Formação de Educadores” do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Metodista de São Paulo, teve como objetivo promover uma reflexão sobre o processo avaliativo a que estão sujeitas Instituições de Ensino Superior que, através do Polo de Apoio Presencial, ofertam Educação Superior a Distância no Brasil. As mudanças sociais e econômicas vividas ao longo das últimas décadas colocam em evidência a necessidade tal de reflexão, bastando se atentar ao crescimento de matriculas em cursos de graduação EAD e sua representatividade na oferta de Educação Superior na atualidade. Assim, da organização legal e do processo avaliativo regulatório vigente, tornou necessária a compreensão sobre o papel da Universidade enquanto instituição educacional, sua interação com a tecnologia e as condições ao qual a avaliação interpreta esta confluência sobre o caráter qualitativo. Nesse contexto, a perspectiva daqueles que vivenciam este processo avaliativo, na posição de avaliados, foi necessária para que o expresso fosse sua interpretação sobre a importância social e econômica de tal modalidade. Para tanto, o trabalho buscou investigar: Quais percepções emergem a partir narrativas dos profissionais que atuam na EAD quando refletem sobre os processos avaliativos realizados pelo INEP/MEC? Enquanto qualidade, a prática avaliativa vigente permite compreender com exatidão o complexo relacionamento entre os atores envolvidos no processo de transmissão do conhecimento no que tange estruturalmente um Polo de Apoio Presencial e seu envolvimento com a comunidade onde está inserida? Do ponto de vista teórico, compreender a Educação Superior e a Universidade (CASPER; HUMBOLDT, 2003; DIAS SOBRINHO, 2010; DEMO, 2010; SANTOS, 2011), o papel da EAD (MOORE; KEARSLEY, 2013; DRON, 2015), além das tratativas quanto à interação da sociedade e da educação com a tecnologia (PINTO, 2005; LÉVY, 1999; GABRIEL, 2015) até alcançar as relações avaliativas para qualificação da oferta de cursos e programas apoiados por novos meios de comunicação (DIAS SOBRINHO, 2003; SANTOS, 2014; MARTUCELLI, 2015; BALANDIER, 2015) do qual as reflexões procuraram este direcionamento sobre a Educação Superior, a EAD e sua avaliação da qualidade. Ainda as reflexões sobre os temas que emergem a partir de narrativas (CLANDININ; CONNELY, 2005; FREIRE, 2012, 2015) se tornaram chave para a abertura de novos entendimentos sobre o tema proposto. O corpus está constituído por seis entrevistas/conversas hermenêuticas ocorridas entre 2015 e 2016. A partir da análise hermenêutico-fenomenológica emergiram, das narrativas de vivências dos participantes sobre o processo avaliativo da EAD sobre o Polo de Apoio Presencial, reflexões sobre os caminhos adotados e seus impactos sobre a organização e oferta de cursos e sobre as instituições no Brasil.
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    Escolas, desigualdades e diversidades: diálogos entre a dimensão subjetiva dos direitos humanos e a educação
    (Universidade Metodista de São Paulo, 2017-06-21) DUTRA, Rafael Campos de Oliveira; FISCHMANN, Roseli
    Esta pesquisa, a partir do encontro da Psicologia com a Educação, tem como objetivos investigar a dimensão subjetiva dos Direitos Humanos e construir diálogos entre os Direitos Humanos e a Educação escolar. Para tanto, utiliza como referencial teórico a Psicologia Sócio-Histórica, estudando uma de suas categorias de análise: a dimensão subjetiva da realidade. A investigação da dimensão subjetiva dos Direitos Humanos se dá por meio da metodologia dos Núcleos de Significação de Aguiar e Ozella (2006), utilizada para analisar cinco depoimentos presentes no livro “Direitos Humanos no cotidiano” (1998), organizado por Roseli Fischmann. Nessa análise identifica-se um movimento que é dialeticamente constituído e constitutivo da dimensão subjetiva dos Direitos Humanos, um movimento que parte do fato de que os Direitos Humanos nascem da constatação das violências e das injustiças presentes na sociedade, somados ao desejo de combatê-las. Para tanto, o processo de conscientização dessas violências sofridas, bem como de que tais violências são um fenômeno social que afeta muitas pessoas, somados a construção do desejo de mudança e das diferentes expressões de ações transformadoras constituem a dimensão subjetiva dos Direitos Humanos. Quanto aos diálogos entre os Direitos Humanos e a Educação, eles foram organizados em três eixos: o primeiro sobre o como o modelo tradicional de educação faz com que a escola seja uma instituição que viola os Direitos Humanos, o segundo que mostra como uma Educação em Direitos Humanos contribui para a construção de um novo modelo de escola e o terceiro que afirma a posição estratégica das escolas para a consolidação dos Direitos Humanos na sociedade. Com isso, foi possível contribuir para a perspectiva crítica frente ao modelo tradicional de educação, reafirmar a Educação em Direitos Humanos como uma proposta de saída e, ainda, apresentar o inédito trabalho de fazer um estudo inicial sobre a dimensão subjetiva dos Direitos Humanos, somando assim, voz e esforços na construção de um novo modelo de Educação para um novo modelo de sociedade, mais justa e mais igualitária, em que a diversidade não seja mais a marca da desigualdade, uma sociedade que combata as diferentes expressões da violência e que estabeleça suas relações a partir de outros paradigmas.
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    A proposta de reorganização de ciclos implantada em 2014 no Município de São Paulo: impactos iniciais e a reação dos professores
    (Universidade Metodista de São Paulo, 2017-03-22) MANTOVAN, Jéssica Martins; SOUZA, Roger Marchesini de Quadros
    Este estudo buscou refletir sobre a reorganização dos ciclos no Ensino Fundamental no município de São Paulo e identificar os impactos iniciais no cotidiano escolar sinalizados pelos professores. No ano de 2014 foi instaurada uma reforma na Rede Municipal de Ensino de São Paulo – RMESP –, alterando, entre outros elementos, o currículo e a estrutura dos ciclos – que antes eram organizados em dois ciclos de aprendizagem: Ensino Fundamental I, Ensino Fundamental II e agora são divididos em três: Ciclo de Alfabetização, Ciclo Interdisciplinar e Ciclo Autoral. Nesse cenário, surgiu o problema da pesquisa: como os professores do município de São Paulo têm reagido a estas mudanças? Desta questão central emergiram outras: o que caracteriza a nova proposta? Quais os impactos iniciais desta na visão dos professores? Eles a concebem como avanços ou retrocessos na rede? Objetivando investigar os aspectos apresentados, esta pesquisa, de caráter qualitativo, buscou inicialmente compreender no que consistem as políticas de ciclos, sua origem, a necessidade de sua implantação, seus limites e possibilidades, tendo como fundamentação teórica os estudos de Barreto e Mitrulis (1999), Paro (2001), Freitas (2003), Mainardes (2007; 2009), Bahia (2012), Palma Filho; Alves e Duran (2012), Souza (1998; 2004; 2017), entre outros. Posteriormente, foi apresentado um panorama histórico da implantação e desenvolvimento dos ciclos na RMESP até o momento atual, a partir das pesquisas de autores que analisaram o sistema de ciclos especificamente no município de São Paulo, como Cortella (1992), Alavarse (2002), Redua (2003) e Aguiar (2011a; 2011b), além dos documentos publicados entre 2012 a 2016 pela Secretaria Municipal de São Paulo – SME. Realizou-se, também, uma pesquisa de campo, na qual foram entrevistados professores, coordenadoras e uma gestora pedagógica de um órgão central. A relevância deste estudo encontra-se na historicização das principais políticas públicas educacionais instituídas em 2014 no município de São Paulo, configurando-se em ponto de partida para uma avaliação dos impactos iniciais e reação dos docentes frente à proposta visando, desse modo, refletir sobre os aspectos positivos e negativos que dela emergiram. O estudo da nova proposta indicou que ela apresenta similaridades com a idealizada por Paulo Freire na implantação dos ciclos em 1992, mas desvelou, entretanto, contradições entre os princípios da reforma e o que consta em seus documentos. Em que pesem tais divergências, constatou-se que, de uma forma geral, os professores reagiram positivamente à reorganização, considerando-a um avanço na qualidade de ensino. Observou-se, ainda, que os impactos e avanços destacados pelos docentes estão, em sua maioria, relacionados às práticas características da escola tradicional, como o retorno das notas numéricas, boletins e aumento das possibilidades de reprovação, denotando que a concepção de uma educação seriada e classificatória permanece como referência de educação de qualidade na perspectiva dos professores.
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    Memoriais formativos como recurso avaliativo no ensino superior de ciências biológicas
    (Universidade Metodista de São Paulo, 2017-06-14) BORALI, Heitor Luiz; DEMARTINI, Zeila de Brito Fabri
    O processo de avaliação é inerente ao ser humano, a partir de suas relações sociais surgem julgamentos de valores, críticas e correções. A todo instante um indivíduo é observado e avaliado, e esse é um processo que deve ser visto em sua dimensão positiva, desde que o seja feito partindo de pressupostos qualitativos, e não apenas quantitativos. Tradicionalmente, as avaliações educacionais são utilizadas para classificar alunos como bons ou maus, aptos ou inaptos, inteligentes ou não, criando um ciclo de aversão à avaliação que, ao invés de ser um instrumento para a investigação de problemas de aprendizagem, passa a se tornar um objeto que induz a discriminação, a negação e a exclusão. Os memoriais de trajetória formativa podem ser um importante recurso investigativo do processo de ensino-aprendizagem por revelarem-se excelentes fontes de saberes e limitações, histórias, representações, ressignificações e emoções. A presente pesquisa foi realizada com alunos de 7º e 8º semestres do curso de Ciências Biológicas de uma Universidade particular do município de Santo André e se baseia no uso metodológico de relatos memorialísticos para composição de instrumentos de avalição da aprendizagem, a fim de esclarecer a seguinte questão: são os memoriais de trajetória formativa uma ferramenta para avaliação da aprendizagem em Ciências Biológicas? Ficou claro, após o estudo que criar um memorial não é uma tarefa fácil, no entanto, pode ser reveladora pois, reviver as memórias é tornar consciente as escolhas e os caminhos trilhados, facilitando a autodescoberta e a conscientização sobre a formação pessoal e profissional. O professor que conhece profundamente seu aluno pode fazer uso deste conhecimento para preparar melhores avaliações e estando ciente da trajetória de cada discente pode a partir disso fornecer às avaliações seu verdadeiro caráter formativo e não só como ferramenta para verificação da aprendizagem. Cabe lembrar que tanto o docente quanto o discente possuem uma história de vida que, em um dado momento, acabam se cruzando e, uma vez em que se cruzaram, há pontos em que uma influencia na outra. Sendo assim, esta interação facilita o processo de ensino-aprendizagem.
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    Estranho-s no ninho: ensino jurídico e formação docente
    (Universidade Metodista de São Paulo, 2017-09-06) COTOMACCI, Gustavo; FURLIN, Marcelo
    O presente estudo, vinculado à linha de pesquisa “Formação de Educadores” do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Metodista de São Paulo, tem como objetivo promover uma reflexão acerca do ensino jurídico ministrado em cursos não jurídicos. Nas matrizes curriculares de uma gama de cursos universitários se tem presente, nem que por um semestre, alguma disciplina que transita no universo jurídico. Diante deste panorama, surge a necessidade de levar a esses alunos, que não fazem parte do curso de Direito, uma linguagem técnica. Para a sua composição, o trabalho busca investigar quais percepções emergem a partir de narrativas de alunos sob dois aspectos, (i) em conversas informais e (ii) por meio de perguntas baseadas em uma atividade desenvolvida de forma interdisciplinar. Os discentes envolvidos estudam em uma Universidade no município de São Bernardo do Campo. O escopo jurídico se sustenta em Geertz (2006), Martinez (2008), Oliveira (2004), e na linha teórica nos fundamentos em Beherehs e Oliari (2007), Demo (2001), Moraes (2012) que completa o trajeto da educação no Brasil. Como sustentáculo metodológico, os fragmentos de narrativa encontram seu alicerce no estudo do paradigma da complexidade com Morin (2014, 2015, 2015a), juntamente com os fragmentos de narrativa à luz de Clandinin e Connelly (2015), que perfazem a chave para abertura de novas compreensões sobre o tema proposto.
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    O protagonismo do diretor de escola em interface com a formação continuada de professores
    (Universidade Metodista de São Paulo, 2017-08-30) LEFONE, Fatima Ramalho; BAHIA, Norinês Panicacci
    A presente Dissertação apresenta discussões em torno do papel do Diretor Escolar enquanto agente de formação, evidenciando a reflexão sobre as suas atribuições, competências e funções com ênfase nos aspectos pedagógicos e formativos. A visão da função do Diretor de Escola, apesar de múltipla, não pode ser compreendida como multifacetada, mas permeada por ações inter-relacionadas e complementares que indicam uma liderança pedagógica. Consideramos a importância convergente da dimensão do fazer do Diretor, ainda que pensemos na formação ideal para a real, temos que ter em mente que o ideal é o real concretizado e não podemos nos limitar aos ranços e vícios do pragmatismo e autoritarismo, pois as novas demandas anunciam a chegada de novos paradigmas educacionais e a busca incessante pela qualidade de ensino. Apesar de compreendermos as diversas demandas advindas do cargo, consideramos fundamental a presença pedagógica e de liderança no fazer do Diretor, especialmente na formação continuada do professor, enquanto movimento complexo e propulsor de trocas de experiências e trajetórias formativas dos sujeitos que coexistem no cotidiano escolar e, para além dele, sujeitos esses que são protagonistas no movimento de formação discente. Assim, para o aprofundamento e ampliação destas questões, realizamos uma revisão da literatura, que teve como autores principais: Aguiar (2011); Certeau (2009); Franco (2003); Freire (1997; 2001; 2008); Gadotti (2005); Libâneo (2001; 2004; 2005; 2011); Luck (2006; 2009); Morin (2015); Nóvoa (1992); Paro (2002; 2015); Penin (2001); Pimenta (2005; 2011); Saviani (2008); Veiga (2007) e Zabala (2001). Realizamos, também, análise documental do período 1989 a 2015, da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, e um estudo de campo que envolveu, como sujeitos, Diretores de Escolas, Coordenadores e Professores para a aplicação de um questionário (para delineamento do perfil) e realização de entrevistas de aprofundamento sobre a atuação do Diretor, suas facilidades e/ou dificuldades em relação ao atendimento das demandas pedagógicas. Para a organização, aplicação dos instrumentos de coleta de dados e para as análises utilizamos como referências Franco (2003); Minayo (2001) e Szymanski (2010). Os resultados apontam, como aspectos dificultadores da ação do Diretor de Escola, as inúmeras demandas atribuídas a este sujeito, bem como a fragilidade em termos de aporte teórico, para que o mesmo possa desenvolver ações de cunho formativo nas escolas, além de percebermos que o próprio sistema o caracteriza como preposto. Consideramos importante a possibilidade da abertura de uma agenda pelos órgãos centrais e intermediários, emergindo o debate em torno das funções do Diretor de Escola, redimensionando seu fazer pedagógico.