Programa de Pós-Graduação em Educação
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Educação por Assunto "Avaliação"
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Item Avaliação na educação superior: o uso do U-Multirank(Universidade Metodista de São Paulo, 2024-06-14) INNARELLI, Patricia Brecht; AZEVEDO, Adriana Barroso deA expansão do ensino superior ocorreu, principalmente, a partir dos anos 1990, com a realização de reformas educacionais como, por exemplo, a implementação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LBD/EN) n.º 9394/96 e também com programas e políticas educacionais, como o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) e o Programa Universidade para Todos (PROUNI). Com essa expansão percebeu-se a necessidade de se desenvolver e se implementar métodos para a avaliação do desempenho das Instituições de Ensino Superior (IES). Assim, em 2004, foi criado o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), com a finalidade de assegurar o processo de avaliação das IES, considerando os aspectos relacionados ao “ensino, pesquisa e extensão” e ao desempenho dos estudantes. Esse processo passou a ser realizado por meio de instrumentos como o ENADE, IGC, CPC, operacionalizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Nesse contexto, surgiram os rankings acadêmicos, internacionais e nacionais, que têm sido considerados como fonte de informações sobre o ensino superior, não só em relação à construção e manutenção da reputação de uma instituição, como no auxílio para a escolha de um curso, dentre outros aspectos. Em 2008, em uma conferência da União Europeia, surgiu o U-Multirank, concebido como índice de cooperação do ensino superior e elemento estratégico para a avaliação e, consequentemente, melhoria do desempenho educacional. É nesse debate que esta pesquisa se insere, com foco nas universidades brasileiras, a partir da seguinte questão: o U-Multirank é um instrumento que permite aos gestores acadêmicos analisar a qualidade do ensino-aprendizagem e ter uma visão holística da instituição, identificando suas potencialidades e possibilitando a tomada de ações para promover melhorias? Assim, pretendeu-se neste estudo, como objetivo geral, identificar como o U-Multirank pode contribuir no avanço e nos processos avaliativos do ensino, da pesquisa e da extensão nas IES e, também, como objetivos específicos, analisar de qual maneira o U-Multirank pode potencializar o olhar holístico da instituição e sua relevância acadêmica e social; verificar como os resultados apresentados por esse ranking poderão auxiliar os gestores no processo de tomada de decisões estratégicas; e explorar o modelo proposto pelo U-Multirank, compreendendo as suas dimensões e aplicabilidade nas universidades. A pesquisa, de abordagem qualitativa, fundamentou-se em referencial teórico e análise documental. Como metodologia, foram realizadas entrevistas reflexivas com os responsáveis pela condução do processo e acompanhamento das avaliações das universidades que participam do U-Multirank. A análise dos dados obtidos por meio das entrevistas seguiu a proposta de Szymanski, Almeida e Prandini (2001, 2011, 2018) e Franco (2021). Como principais resultados obtidos pôde-se verificar a contribuição do ranking no avanço e nos processos avaliativos do ensino, pesquisa e extensão das IES. Foi possível inferir, também, que o U-Multirank pode, a partir dos resultados compartilhados, intensificar a visão geral das IES tanto acadêmica quanto socialmente, de modo que elas e gestores acadêmicos possam aperfeiçoar seus processos com vistas aumentar a qualidade do ensino superior.Item Engenharia, docência e discência: narrativas sobre avaliação(Universidade Metodista de São Paulo, 2021-04-05) MATTA, Eduardo Nadaleto da; FURLIN, MarceloO professor do século XXI não é mais aquele que ensina, é um profissional que deve estar em constante busca por recursos para intermediar o aprendizado e despertar o interesse de seus alunos. A educação do século XXI não é similar à do século passado devido às mudanças culturais pelas quais o mundo passou, estando dedicada à aprendizagem e não ao ensino. Notadamente, a pedagogia adotada nos cursos de Engenharia está inadequada à aprendizagem dos educandos. A partir dessas considerações, o problema desta investigação é: “Considerando que os alunos de um curso de Engenharia chegam à universidade trazendo novas e diferenciadas experiências educacionais, deve-se continuar avaliando-os tal como se avaliava no sistema de ensino tradicional?”. Para este estudo, foi utilizada a pesquisa narrativa com o objetivo de investigar, sob a ótica do professor e do aluno, em suas narrativas, algumas ideias sobre o processo de avaliação atual de uma Instituição de Ensino Superior da região do grande ABC paulista. Conforme apontado por Clandinin e Connelly (2011), a pesquisa narrativa deve ser entendida como uma forma de compreender a experiência humana, uma vez que estuda histórias vividas e contadas, tendo como base a reconstrução de acontecimentos sociais a partir do ponto de vista do entrevistado, sendo a finalidade da entrevista colher e ouvir, em sua singularidade, a fala de uma pessoa em um momento específico de sua existência e de sua experiência. A partir das entrevistas, notou-se a necessidade do desenvolvimento de um processo avaliativo que supere o modelo de avaliação classificatória e autoritária, convertendo-a em instrumento de aprendizagem. A avaliação, que deve ter uma função diagnóstica para auxiliar cada educando no seu processo de crescimento para a autonomia, deve preocupar-se com o processo de apropriação dos saberes, pelo aluno, mediados pela intervenção ativa do professor. Segundo Anastasiou e Alves (2007), a avaliação, normalmente centrada no professor e realizada no final das disciplinas, precisa ser centrada no aluno e na aprendizagem como parte integrada do currículo, tirando o aluno do papel passivo, reforçando o papel formador da avaliação. Em seus trabalhos, Luckesi e Chaves (2000, 2001) lembraram que o ato de avaliar implica a disposição de acolher e libertar, sendo uma importante ferramenta à disposição dos professores para alcançar o principal objetivo da escola: fazer com que os estudantes evoluam. Assim, a melhoria no processo de ensino-aprendizagem depende de uma reestruturação, principalmente no que diz respeito à avaliação, bem como o desenvolvimento de novas habilidades por parte do corpo docente. A partir da escuta sensível de professores e alunos e dos desafios da Engenharia para o século XXI, que impõem mudanças necessárias na formação dos engenheiros, este trabalho propõe uma trilha de formação docente em avaliação que busca transformar a avaliação em um instrumento de aprendizagem e, ao mesmo tempo, em um instrumento de reflexão e tomada de consciência do desenvolvimento acerca do processo de ensino e aprendizagem.