Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde
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Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde por Autor "FRUGOLI, Rosa"
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Item Do armário para a cidadania: políticas públicas e qualidade de vida na população LGBTQIA+(Universidade Metodista de São Paulo, 2020-03-30) TANIZAKA, Hugo; FRUGOLI, RosaCada vez mais nos âmbitos das ciências humanas e da saúde às temáticas de gênero têm ocupado papel de destaque na produção intelectual-científica, com isto, cada vez mais tem sido demandado estudos que viabilizem compreensões qualificadas, e que visem o exercício de direitos e a cidadania da população LGBTQIA+. Esta dissertação visa apresentar dados de relevância para a comunidade científica, uma vez que traz um panorama sobre saúde, violência de gênero e acesso aos serviços de saúde. A pesquisa utilizou abordagem mista, relevando dados quantitativos e qualitativos, por meio do instrumento WHOQOL-BREF, de Qualidade de Vida, de um questionário socioeconômico e um de criação do autor sobre experiências em serviços de saúde, e entrevistas com 3 participantes triados pelos resultados obtidos no WHOQOL- BREF. As análises de dados tiveram perspectivas fenomenológicas que permitiram compreender as questões de saúde da população a partir dos próprios participantes. Os resultados alcançados mostraram que das 202 pessoas que se identificaram como parte da comunidade LGBTQIA+, destes 34,7% afirmaram terem sido discriminados em serviços públicos de saúde, 27,4% informaram terem sofrido violências durante os atendimentos de saúde, 33,6% declararam não serem compreendidos pelos profissionais em questões específicas sobre seu gênero e ou sexualidade. Também foi possível levantar que 58,4% das pessoas que participaram da pesquisa consideraram os serviços de saúde como de difícil acesso e 65,8% explicitaram terem dúvidas específicas sobre a saúde da população LGBTQIA+. E, por meio das análises qualitativas surgiram apontamentos que evidenciaram a precariedade de informações que os serviços de saúde têm sobre a população pesquisada, consequentemente ocorrendo dificuldades nas identificações de situações de violências pelos participantes da pesquisa; compreensão insatisfatória sobre o que é de fato discriminação e violência de gênero; e distribuição ineficaz de informações sistematizadas que prejudicam os acessos aos serviços de saúde. A pesquisa também revelou que as expressões de gênero pelo serviço de saúde seguem norma heteronormativa, o que incide em danos ao desenvolvimento sadio das pessoas que se incluem fora da norma padronizada de gênero e sexualidade. Portanto, na busca por saúde e qualidade de vida, a população LGBTQIA+ tem acesso restritivo aos direitos, uma vez que os serviços não efetivam a integralidade, universalidade equidade.