Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde por Autor "BENINCASA, Miria"
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Item Avaliação psicológica antecipatória em casos judiciais de alienação parental(Universidade Metodista de São Paulo, 2022-11-14) NIKOLIC, Jovane Meierhoefer; BENINCASA, MiriaCrianças e adolescentes brasileiros vítimas deste abuso moral acabam permanecendo em exposição ao ambiente familiar hostil por longos anos até que laudos multidisciplinares consigam sugerir os mecanismos mais adequados à promoção de saúde daqueles indivíduos. Os objetivos desta dissertação de mestrado foram: investigar a avaliação psicológica antecipatória e descrever experiências de profissionais que participam dos processos de Alienação Parental. Foi realizado um estudo exploratório descritivo e com corte transversal. A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário (Google Forms) desenvolvido pelo autor, na modalidade Survey, em ambiente virtual. A amostra, por conveniência, foi composta por 143 profissionais de áreas distintas como advogados, psicólogos, assistentes técnicos, mediadores, conciliadores, juízes e desembargadores, cuja rotina profissional envolve essa temática. Os resultados apontaram que a proteção do desenvolvimento biopsicossocial da criança ou do adolescente sugere incluir o estudo dos vínculos com o genitor alienado, por meio de avaliação multiprofissional realizada em fase inicial do período postulatório. Dos respondentes do questionário, 87,4% assinalaram a opção de que a hipótese deste estudo diminuiria o lapso temporal das ações, antecipando assim a referida tutela jurisdicional. Deste modo enfatiza-se, a relevância da redução em tempo de exposição ao ambiente familiar conflituoso, prioridade a ser observada no que tange à proteção integral à criança ou adolescente estabelecida como direito fundamental.Item Implantação de um modelo de pré-natal coletivo na assistência às gestantes no setor privado(Universidade Metodista de São Paulo, 2018-08-28) FONTES, Rosana Seleri; BENINCASA, MiriaA assistência pré-natal se caracteriza como importante ferramenta para identificar fatores de risco, realizar intervenções oportunas para reduzir a morbimortalidade materna, fetal, neonatal e infantil. Além disso, tem finalidade psicológica e social, representando uma forma de resgate da percepção corporal, do autocuidado, da participação efetiva da mulher no pré-natal e no parto, e da cultura do parto normal, que se perdeu na sociedade atual. Para que todos os obje-tivos sejam alcançados, é necessário que a composição da equipe assistencial seja multidisci-plinar. Ainda não se consegue comprovar cientificamente a efetividade dos programas de pré-natal atuais e muitos são modelos propostos. Dentre eles, o pré-natal coletivo, descrito no iní-cio da década de 90 por uma obstetriz, e pioneiro nos EUA, com mais de 500 grupos atual-mente no país. Através de um estudo descritivo, desenvolveu-se esta pesquisa para implantar e descrever um programa de Pré-natal Coletivo Multiprofissional, realizado no sistema privado de saúde, na região do Vale do Paraíba-SP, baseado nas propostas do Centering Healthcare Institute (EUA), mostrando os resultados obtidos em conjunto com um atendimento holístico e humanizado à saúde da gestante. Foram atendidas 160 gestantes, em acompanhamento pré-natal e assistência ao parto, realizando-se 52 reuniões de pré-natal coletivo, no período de Agosto de 2016 a Dezembro de 2017. As mulheres frequentaram de 2 a 7 reuniões cada uma, com duração de 2h, onde participaram médico obstetra, médico pediatra, obstetrizes, psicólo-gas, nutricionista e fisioterapeuta. Os resultados evidenciaram baixas taxas de prematuridade (5,6%), adequado ganho de peso na gravidez (10,5kg), altos índices de partos normais (72,5%), altas taxas de períneo íntegro ou lesões perineais leves no parto (74,1%), menor tem-po médio de duração do trabalho de parto (8,45 horas), leves complicações neonatais (1,9% de internações em UTI), altos índices de Apgar no primeiro minuto de vida (96,8%). Dentre os recém-nascidos, 11,5% apresentaram baixo peso para idade gestacional. As gestantes do grupo foram mais propensas em contatar doulas para acompanhar o trabalho de parto (75,6%). As participantes e os profissionais envolvidos relataram muita satisfação com o modelo, segundo relatos incluídos no estudo.Item Influência da via de parto no desenvolvimento infantil: comparação por meio da Escala Bayley III(Universidade Metodista de São Paulo, 2017-06-05) CAVAGGIONI, Ana Paula Magosso; BENINCASA, MiriaA realidade obstétrica no país vem sofrendo alterações significativas nos últimos dois anos. Desde 1970 tem sido crescente o número de cesarianas no país e no mundo. Em 2014, o número de partos cirúrgicos no Brasil chegou a 52%, apesar de índices superiores a 15% de partos cirúrgicos não indicarem proteção à mãe e ao bebê, segundo a Organização Mundial de Saúde. A literatura aponta que crianças nascidas por cesárea eletiva sem trabalho de parto enfrentam maior risco de problemas em seu desenvolvimento orgânico, mas poucos estudos abordam as consequências nos aspectos psicológicos. O objetivo deste estudo foi comparar o desenvolvimento psicológico entre bebês nascidos de cesárea eletiva e de parto normal, uma vez que há poucos dados disponíveis na literatura. Considerando os critérios de exclusão, foi utilizada amostra composta por 263 crianças com idades entre 6 e 42 meses. Os instrumentos utilizados foram: questionário sociodemográfico respondido pela mãe da criança e a Bayley Scales of Infant Development – 3rd Edition. Foi realizada a padronização da escala e a normatização dos dados amostrais através do cálculo de percentil, para uso neste estudo. Estes dados foram coletados individualmente e analisados estatisticamente através do SPSS - Statistical Package for the Social Sciences Version 21. Os resultados apontaram a via de parto e a idade gestacional ao nascer como fatores de risco ao desenvolvimento psicológico da criança. Nas correlações realizadas entre os nascidos por parto vaginal ou cesárea eletiva, foi verificada diferença estatisticamente significativa (p<0,05). Dentre estes últimos, 12% apresentaram desempenho inferior em relação ao processamento sensorial, e 10 a 19% nas habilidades do comportamento adaptativo. Nas correlações com a idade gestacional ao nascer, também se observou diferença estatisticamente significativa (p<0,05): 12% dos nascidos a termo precoce apresentaram resultados inferiores no desenvolvimento da linguagem expressiva e 9% na motricidade fina. Estes resultados indicam que, além dos prejuízos no desenvolvimento físico, amplamente descrito pela literatura nacional e internacional, há indícios de comprometimento psicológico. Observaram-se indícios de compatibilidade e divergências entre as amostras norte-americana e local.