Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde por Autor "AVOGLIA, Hilda Rosa Capelão"
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Item A relação entre ideação suicida, depressão e suporte social em estudantes universitários indígenas(Universidade Metodista de São Paulo, 2024-08-26) GUIMARÃES, Michelle Firmino; AVOGLIA, Hilda Rosa Capelão; BENINCASA, MiriaVariáveis como ideação suicida, depressão e suporte social oferecem indicativos de saúde mental e doença em jovens estudantes em fase de formação profissional. O interesse pela pesquisa acontece, principalmente, devido aos casos de suicídio e depressão entre os alunos indígenas da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), que ocorreram entre 2016 e 2019, totalizando 03 suicídios. O presente estudo também dá continuidade à pesquisa desenvolvida no Mestrado em Psicologia da Saúde sobre depressão e ansiedade em estudantes universitários. O presente estudo apresenta como objetivos: a) Investigar e analisar a relação entre ideação suicida, depressão e suporte social; b) Caracterizar o perfil sociodemográfico da amostra; c) Correlacionar os dados sociodemográficos (faixa etária, sexo, etnia, estado civil e curso) com ideação suicida, depressão e suporte social. d) Correlacionar as variáveis ideação suicida, depressão e suporte social. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, exploratória, transversal e correlacional sendo que, para coleta de dados, foram utilizados os seguintes instrumentos: Questionário de Dados Sociodemográficos, Questionário de Ideação Suicida, Inventário de Depressão de Beck e Escala de Satisfação e Suporte Social. Participaram da pesquisa a totalidade de discentes indígenas da UFAM, ou seja, um universo amostral de 156 universitários indígenas regularmente matriculados, com média etária entre 21 e 30 anos (66,5%); quanto ao sexo, o resultado ficou equilibrado, com 53,2% de homens e 46,8% de mulheres; 78% solteiros; 68,6% da etnia ticuna; a maioria frequenta o curso de Pedagogia (30,8%) e se coloca como heterossexual (91%), vivendo com suas famílias (44%). Nos resultados do Inventário de Depressão de Beck-BDI, obteve-se que 44,8% dos participantes não apresentam sinais de depressão e 20% da amostra apresenta Depressão Leve e Moderada. No que se refere à relação entre os resultados do BDI com dados sociodemográficos, identificou-se diferença significativa na faixa etária 21 a 30 anos. No geral da variável ideação suicida, a frequência de respostas Frequentemente, Quase Sempre ou Sempre foram baixas; nos itens relacionados aos anseios, atitudes, condutas ou planos de se matar: ID02 pensamentos de suicídio; ID03 na maneira como suicidar; ID04 quando fazer o ato; ID06 na morte; ID07 escrever um bilhete; ID09 falar para as pessoas; ID18 se tivesse uma oportunidade faria; e ID24 única maneira das pessoas repararem; tiveram menos de 5% dos participantes, ou seja, poucos participantes tiveram pensamentos suicidas. Na correlação Inventário de Depressão de Beck- BDI versus Ideação Suicida: notou-se uma correlação positiva entre as duas variáveis, com o coeficiente de Pearson significativo de 0,51 (p-value < 0,0001) indicando uma correlação moderada entre os dois instrumentos. Os resultados indicam que quanto maior a depressão, maior a ideação suicida. No entanto, observaram-se correlações negativas (aumento da depressão, diminuição no suporte social) na relação entre depressão versus dimensões do suporte social.Item Eficácia adaptativa e dinâmica psíquica em enlutados por acidentes de trânsito atendidos em psicoterapia breve operacionalizada (PBO)(Universidade Metodista de São Paulo, 2019-03-25) SERRALHEIRO, Regiane Ribeiro de Aquino; AVOGLIA, Hilda Rosa Capelão; HELENO, Maria Geralda VianaOs acidentes de trânsito têm levado à morte cerca de 43 mil pessoas ao ano e mais de 500 mil feridos. Além dos custos de atendimento às vítimas fatais e não fatais, há os custos sociais e o impacto psicológico nas vítimas e seus familiares e pouco tem sido feito para auxiliar os enlutados. O presente estudo teve como objetivo avaliar e relacionar a evolução da eficácia adaptativa e a dinâmica psíquica de enlutados por acidentes de trânsito atendidos em psicoterapia breve operacionalizada (PBO), por meio de estudo qualitativo de método combinado (clínico e quase-experimental). Os participantes foram submetidos às entrevistas analisadas pelo Sistema Diagnóstico Adaptativo Operacionalizado - SISDAO e ao Teste das Relações Objetais de Phillipson – TRO, em seguida, foram atendidos em PBO por 12 sessões, sendo reavaliados ao término pelos mesmos instrumentos. A amostra foi composta por 6 casos, predominantemente do sexo feminino e com nível universitário (83%), com idade média de 40 anos, e dois (33%) eram condutores dos veículos. Em relação aos falecidos, dois (22%) eram filhos e dois (33%) genitores, com idade média de 40,5 anos, (66%) sexo masculino e (66%) passageiros de veículos de passeio. Na avaliação inicial do TRO, observou-se predominância da posição esquizo-paranóide com alternância da gliscocárica, uso de mecanismos de defesas mais primitivos e pobre contato com realidade. O luto foi considerado situação-problema para a PBO e, por meio de interpretações teorizadas, buscou-se auxiliar no entendimento das soluções dadas, como a intensa culpa persecutória e as fantasias onipotentes de que poderiam ter evitado os acidentes. Na avaliação final, verificou-se redução da intensidade da crise, aumento da confiança no mundo interno e externo, melhor contato com a realidade e evolução na eficácia adaptiva. Tanto o TRO quanto o SISDAO se mostraram sensíveis para observar mudanças na dinâmica psíquica. Por fim, pode-se afirmar que os pacientes se beneficiaram da PBO e este tipo de intervenção psicológica pôde auxiliar pacientes com esta demanda. Recomenda-se que mais estudos possam ser realizados, ampliando a amostra e espera-se que contribua para o debate de políticas públicas de promoção de saúde, prevenção de acidentes e, na ocorrência destes, que os enlutados que necessitem, sejam ser acolhidos em seu sofrimento, a fim de que retomem suas vidas e respondam de modo mais eficaz às demandas do cotidiano.Item Livre expressão lúdica grupal como estratégia de enfrentamento em crianças negligenciadas(Universidade Metodista de São Paulo, 2020-10-26) SOUZA, Francisca Yana Bizerra Alves de; AVOGLIA, Hilda Rosa CapelãoA literatura especializada indica que a negligência é a forma mais recorrente entre os maus-tratos contra crianças e adolescentes. Estudos apontam que as crianças negligenciadas podem acumular problemas múltiplos em seu desenvolvimento e em suas capacidades adaptativas, sendo a violência vivenciada de forma única, dependendo de uma multiplicidade de fatores de natureza pessoal. O processo criativo pode ser visto como uma das possibilidades para se vencer uma situação traumática, já que este é definido como a capacidade de criar alternativas vitais. Considerando o brincar como exemplo da maior criatividade e desenvolvimento integral do ser, é possível dizer que a livre expressão lúdica pode contribuir na percepção que a criança tem acerca de si mesma e da sua vivência de negligência, aumentando a autoestima e promovendo seu desenvolvimento emocional e afetivo. Trata-se de um estudo exploratório descritivo de caráter qualitativo, cujo objetivo foi avaliar e relacionar aspectos psicodinâmicos de crianças vítimas de negligência antes e depois do processo de intervenção baseado em oficinas grupais de livre expressão lúdica. A amostra foi composta por sete crianças, de ambos os sexos, encaminhadas a uma unidade de acolhimento institucional por determinação judicial ou orientação do Conselho Tutelar, exclusivamente por terem sido esgotadas as possibilidades de manutenção em seio familiar. A amostra foi selecionada de forma não-probabilística casual, de acordo com a conveniência. Foram utilizados como instrumentos o Desenho da Figura Humana (DFH) e o Desenho da Pessoa na Chuva (DPC), ambos aplicados individualmente antes e após a realização das oficinas grupais que utilizaram como referencial conceitual a técnica de Grupo Operativo de Pichon- Rivière. Foram realizados oito encontros em grupo analisados usando os parâmetros oferecidos pelo Esquema Conceitual Referencial e Operativo (ECRO). Os dados obtidos pelos instrumentos aplicados na etapa inicial e final foram compreendidos em conjunto com o processo desencadeado pelas oficinas realizadas em grupo, sendo analisados a partir de contribuições da psicanálise de grupos e da própria psicanálise para a análise dos resultados dos instrumentos aplicados. A proposta da oficina grupal de livre expressão se mostrou mobilizadora, permitiu a emergência e elaboração de aspectos mal integrados relacionados à vida dentro e fora do abrigo, sendo relevante sua aplicação em contextos institucionais como foi realizado nesse estudo. A realização de atividades de livre expressão em grupo pode-se constituir em uma ferramenta promotora de saúde desse segmento da população, evitando o seu adoecimento e o comprometimento de aspectos importantes do desenvolvimento infantil e, portanto, minimizando o sofrimento dessas crianças.Item Relações entre prazer e sofrimento, desesperança e ideação suicida no trabalho de profissionais de enfermagem(Universidade Metodista de São Paulo, 2022-03-14) ALMEIDA, Marco Aurélio Ramos de; AVOGLIA, Hilda Rosa CapelãoA presente pesquisa teve como objetivo: identificar e analisar as relações entre prazer e sofrimento, desesperança e ideação suicida em trabalhadores de enfermagem. O estudo contou com a participação de 297 profissionais de enfermagem de diferentes áreas de atuação em um hospital de São Paulo (in loco), e também, em âmbito nacional por meio de formulários online. Hipotetizou-se que o sofrimento vivenciado por estes trabalhadores tivesse influência sobre o adoecimento psíquico e que possibilitasse inclusive, na motivação para a idealização do suicídio. Estudos sobre prazer, sofrimento, bem-estar, adoecimento mental, suicídio e a Psicodinâmica do Trabalho, forneceram fundamentos teóricos para o desenvolvimento das análises. A coleta de dados ocorreu entre abril e agosto de 2021, utilizando como instrumentos: um Questionário Sociodemográfico, a Escalas de Indicadores de Prazer e Sofrimento no Trabalho (EIPST), Escala de Desesperança (BHS) e Escala de Ideação Suicida (BSI) de Beck. Buscou-se participantes que atuassem em qualquer categoria profissional de Enfermagem, desde que trabalhassem em ambiente hospitalar, prestando cuidados diretos ou indiretos aos pacientes. Para análise dos dados obtidos utilizou-se o coeficiente de correlação de Pearson e o coeficiente de correlação de Spearman. Na avaliação das diferenças entre os percentuais dos grupos, foi utilizado o teste exato de Fisher e, para a análise multivariada das classificações dos instrumentos, a Análise de Regressão Logística Ordinal. As análises estatísticas foram realizadas considerando o nível de significância de 0.05 que equivale a uma confiança de 95% para a análise. Entre os resultados, identificou- se como indicadores de prazer no trabalho, o orgulho em proporcionar ajuda ao paciente (86.5%) e a solidariedade entre os integrantes da equipe de trabalho (47.6%). Os indicadores de sofrimento encontrados se referiram ao cansaço (58.8%), à sobrecarga (55.7%), à tensão emocional (52.1%), às pressões exercidas no ambiente de trabalho (40.2%), ao medo da punição ao se cometer erros (39.6%) e à desvalorização profissional (32.7%). Também foi possível identificar o somatório dos níveis de desesperança leve, moderada e grave em (25.2%) dos participantes, percentuais de ideação suicida (23.2%) e de tentativas de suicídio (8.1%) entre estes trabalhadores. As análises de correlação permitiram identificar que à medida que o trabalhador expressa maiores níveis de liberdade e realização, diminuem os níveis de desesperança e de ideação suicida. Inversamente, maiores níveis de desgaste e desvalorização contribuíram para índices mais elevados de desesperança e do pensamento autodestrutivo. Conclui-se que o sofrimento no trabalho dos profissionais de Enfermagem possui relação estreita com o adoecimento e a intenção suicida destes trabalhadores.Item Vulnerabilidade psíquica: um estudo sobre indicadores de risco em uma amostra de escolares(Universidade Metodista de São Paulo, 2020-07-29) BARONE, Irene Cantero; AVOGLIA, Hilda Rosa CapelãoEstudos sobre o desenvolvimento infantil contribuem para o aperfeiçoamento do olhar científico e prático sobre o crescimento das crianças com qualidade e perspectivas futuras favoráveis à saúde mental. Como objetivo buscou-se relacionar as variáveis sintomatologia depressiva, indícios de violência doméstica e desempenho escolar de crianças em curso do Ensino Fundamental I, do 2º ao 5º ano, com idades entre 7 e 11 anos. A escola pública foi o lócus da coleta de dados, durante os meses de abril a agosto de 2019. Como procedimentos para coleta seguiu-se com a aplicação do Inventário de Depressão Infantil – CDI; Inventário de Frases no Diagnóstico de Violência Doméstica Contra Criança e Adolescentes – IFVD e o Teste de Desempenho Escolar - TDE. A análise dos resultados decorreu do uso da estatística descritiva, pela qual apuraram-se os percentuais de indícios de depressão e de violência doméstica, 13,4% e 22,8%, respectivamente. Em relação ao desempenho escolar, 52% da amostra alcançou o nível de classificação inferior. Pela Modelagem de Equações Estruturais – MEE-PLS, uma técnica estatística multivariada, chegou-se a um modelo final, como resultado da estimação dos modelos. Utilizou-se o Software Smartpls 3 Professional. A relação entre as variáveis demonstrou que tanto a sintomatologia depressiva, como a exposição à violência influencia no desempenho escolar. A técnica MEE - PLS encontrou relação entre as variáveis do TDE nos seus subitens, separadamente, no conjunto dos resultados das atividades de Escrita e Leitura e na atividade de Aritmética. O modelo explica 23% da predição do comportamento em Aritmética e 29% para as atividades de Leitura e Escrita. Tanto a sintomatologia de depressão, como de indícios de violência doméstica têm efeito nas atividades de Escrita e Leitura e da Aritmética, sendo que a violência doméstica influencia mais no resultado das duas atividades. Assim, é possível verificar que a presença de indícios de violência doméstica se constitui na variável mais significativa como fator de risco e vulnerabilidade para escolares nessa faixa de idade. De maneira geral, os resultados mostraram-se importantes para o propósito deste estudo em problematizar riscos e condição de vulnerabilidade que podem obstaculizar o desenvolvimento infantil.