Programa de Pós-Graduação em Educação
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Educação por Autor "D'AUREA-TARDELI, Denise"
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Item A contribuição do coordenador pedagógico no desenvolvimento das práticas pedagógicas dos docentes da educação profissional de nível técnico(Universidade Metodista de São Paulo, 2019-03-12) BALSAMO, Simone; D'AUREA-TARDELI, DeniseA pesquisa tem por finalidade investigar as reflexões e a influência da coordenação pedagógica no que tange a prática docente da educação profissional de nível técnico, visando as contribuições para a melhoria do processo ensino aprendizagem. Parte da premissa e da observação que a maioria dos docentes deste nível de ensino não possui a formação pedagógica necessária, o que dificulta a sua compreensão das técnicas didático-pedagógicas e das metodologias do dia a dia aplicadas na instituição e, portanto, sua atuação oferece fragilidades em seu desempenho no processo de ensino-aprendizagem. Os docentes relatam dificuldades em fazerem-se entender, bem como para romperem com o paradigma de transmissores ou reprodutores de conteúdo, em vista da concepção contemporânea desejável por todas as instituições de ensino alinhadas aos novos tempos, as quais esperam que os docentes incorporem uma prática interacionista, mediadora e inovadora, que encontrem novos caminhos para a sua prática, por meio da intervenção da coordenação pedagógica, de modo a atingir a melhoria continua do processo de ensino-aprendizagem. Com o objetivo de abordar esta temática de forma aprofundada, foi desenvolvida uma pesquisa de natureza qualitativa, conforme as concepções metodológicas de Gil, Severino, Demartini, Cruz Neto, Minayo, Franco e Britto-Jr. e Feres-Jr., que ampararam este trabalho, desde a construção dos instrumentos protocolares de pesquisa à análise do conteúdo das entrevistas. Os relatos dos entrevistados permitiram o diálogo entre o pesquisador e os sujeitos para a abordagem da temática. Como embasamento teórico, foram estudados os autores: Domingues e Vasconcelos, que discorrem sobre a função e o papel do coordenador pedagógico, e na discussão da concepção da prática docente, os autores: Cunha; Franco; Marques; Altet, Paquay e Perrenoud e Tardif. Na pesquisa foram realizadas 14 entrevistas com os docentes dos cursos técnicos e coordenadores pedagógicos para conhecer sua vivência em ambientes da escola, de forma a perceber suas necessidades e dificuldades em seu cotidiano escolar, no que se refere à prática pedagógica. Enfim, esse estudo permitiu compreender a necessidade da contribuição da coordenação pedagógica nas práticas pedagógicas dos docentes da educação profissional de nível técnico.Item Aprendizagem significativa como abordagem de ensino para professores de adolescentes(Universidade Metodista de São Paulo, 2023-03-28) LEAL, Flávia Daniela Bosi; D'AUREA-TARDELI, DeniseO objetivo geral deste estudo é investigar como os professores consideram a aprendizagem significativa ao estabelecer estratégias de ensino para seus alunos adolescentes. Buscamos responder à seguinte questão: Os professores conhecem a Teoria da Aprendizagem Significativa de Ausubel e a consideram no estabelecimento de suas estratégias de ensino para estudantes adolescentes? Partimos da hipótese de que os professores pesquisados podem não possuir o repertório necessário para promover uma aprendizagem significativa em sala de aula, uma vez que sua formação acadêmica, nas mais diversas áreas de licenciatura, nem sempre inclui essa abordagem durante sua formação inicial ou em cursos complementares. São três os objetivos específicos: i) apresentar a Teoria da Aprendizagem Significativa de Ausubel como uma possibilidade de abordagem no ensino escolar; ii) compreender as características da aprendizagem na adolescência que favorecem o desenvolvimento da aprendizagem significativa; e iii) explorar o potencial do professor no desenvolvimento da aprendizagem significativa em sala de aula. Para isso, utilizamos um corpus composto pelos dados obtidos por meio de uma pesquisa de campo realizada por questionário on-line com 62 professores que lecionam há mais de 5 anos para estudantes do 5° ano do Ensino Fundamental – Anos Iniciais até a 3ª série do Ensino Médio, considerando que esses estágios escolares, geralmente, compreendem às idades entre 10 e 20 anos, que definimos neste trabalho como adolescência, tendo como referência a classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS). O arcabouço teórico que fundamenta este trabalho é a Teoria da Aprendizagem Significativa, proposta por David Ausubel em sua obra “The psychology of meaningful verbal learning” (1963), e suas contribuições posteriores ao longo de sua carreira (Ausubel, 1968; 2000), inclusive, com as contribuições de Joseph Novak (1981; Novak; Gowin, 1996), colaborador de Ausubel e coautor da segunda edição da obra básica sobre aprendizagem significativa (Ausubel; Novak; Hanesian, 1980) e, mais recentemente, defendida pelo professor Marco Antônio Moreira. Também consideramos os estudos sobre o desenvolvimento do adolescente de Jean Piaget (1973; 1976) e autores que discutem questões relacionadas à atuação dos professores, como Becker (1993), Pimenta (1999) e Pimenta e Ghedin (2012). Utilizamos uma abordagem metodológica quanti-qualitativa, por meio da análise de dados com escala Likert. Esta pesquisa ampliou nossa perspectiva sobre o tema e apontou novas formas de pensar e compreender a atuação do professor na busca pelo desenvolvimento de uma aprendizagem significativa em sala de aula. Refletimos sobre os conhecimentos teóricos adquiridos ao longo de suas trajetórias como subsídios para uma prática de ensino capaz de promover uma aprendizagem significativa junto aos alunos adolescentes. Além disso, identificamos possíveis caminhos para implementar a Teoria da Aprendizagem Significativa em sala de aula, destacando a importância de identificar os pontos da teoria que podem ser convertidos em posturas e ações pelos envolvidos no processo de ensino e aprendizagem.Item Corporeidade adoecida: os efeitos psicossomáticos na realidade das professoras da educação básica do município de São Paulo – 2012 a 2017(Universidade Metodista de São Paulo, 2019-03-26) FONSECA, Valéria Leme; D'AUREA-TARDELI, DeniseO tema fundamental da presente dissertação centra-se numa questão que é objeto de preocupação e está sempre em foco nos debates públicos, nos meios midiáticos e nos estudos acadêmicos: a relação entre trabalho e saúde, ou antes, trabalho e adoecimento. De fato, ainda que possua especificidades patentes, a profissão docente não está alheia a esta realidade, sobretudo, porque podemos constatar, em grande medida, que esta relação tem atingido um contingente expressivo de profissionais da educação, inclusive na cidade de São Paulo. Bem por isso, para restringirmos nosso foco, optamos por contemplar a situação das docentes da rede pública municipal de São Paulo, grupo dos mais fragilizados diante dos males laborais, tal como os levantamentos bibliográficos e estatísticos nos levam a crer, pois de acordo com estudos realizados pelo Sindicato dos Especialistas de Educação do Ensino Público Municipal de São Paulo (SINESP), no período de 2012 a 2017, uma parcela significativa de professoras da rede pública Municipal de São Paulo tem a rotina de trabalho prejudicada por afastamento médico, decorrentes de doenças como estresse, gastrite, alergias e depressão, patologias de origem potencialmente emocionais e que desvelam as dimensões do adoecimento como reflexo da crise institucional e humana da educação pública. Com esta finalidade, buscamos estabelecer uma correlação entre as condições adversas denunciadas e a ocorrência de doenças emocionais como respostas psicossomáticas às referidas frustrações e angústias, que se confirmam como desequilíbrio corpóreo, culminando com um quadro patológico, que pode, inclusive, impedir a continuidade profissional e mesmo a precocidade da finitude da vida. Contemplando as identificadas manifestações corpóreas e emocionais com a precarização da condição docente submetida à desumanização pelo viés do gênero e da própria categoria de trabalhadoras, conseguimos o respaldo necessário para as nossas conclusões a partir da análise de conteúdo de teses e dissertações que trataram deste tema, nos últimos cinco anos (2012 a 2017), da análise bibliográfica adequada e da análise estatística a partir das veiculações promovidas pelo sindicato da categoria. Os referenciais teóricos, condizentes com as análises possíveis desta temática, reportam-se a Marx (2002; 2004), Keleman (1992), Sontag (2004), Butler (2004; 2010; 2017), Damásio (2013; 2015; 2017), Corbin, Courtine e Vigarello (2012), dentre outros autores de igual relevância.Item Dificuldade do ensino de matemática: um estudo da formação docente para esta disciplina(Universidade Metodista de São Paulo, 2022-08-30) MARTINEZ, Ricardo Nogueira; D'AUREA-TARDELI, DeniseEsta dissertação aborda as dificuldades que existem no ensino de matemática, uma vez que ensinar essa disciplina, muitas vezes, representa um grande desafio para os professores e para a maioria dos alunos que a consideram complexa e de difícil aprendizagem. A partir de uma proposta da formação docente, discorre sobre as possíveis lacunas que impedem o professor de capacitar o aluno adequadamente para a aprendizagem desta disciplina. Assim, são questionamentos desta pesquisa: um professor que não foi habilitado e que não teve uma formação pedagógica adequada, pode executar e lecionar esta disciplina de uma forma satisfatória? Isto pode afetar ou não no desempenho deste professor e no desenvolvimento dos alunos? Como hipótese, entende-se que tanto na capacitação do docente como no aprendizado do aluno, é possível ensinar a matemática trabalhando o raciocínio lógico-matemático dos alunos por meio dos jogos. Desse modo, é possível conseguir realizar algumas mudanças de comportamentos, gerando enfim, uma aplicação excelente na aula do docente, e portanto, interesse e aprendizado para o aluno. Nesse sentido, são objetivos deste estudo: (i) investigar quais são as maiores dificuldades para o ensino e a aprendizagem da matemática; (ii) compreender e identificar em que momento da formação do professor possa ter havido questões que causaram sua má ou inadequada formação, e com isso conseguir propor uma melhoria neste ensinar do professor; (iii) propor intervenções teórico-pedagógicas, as quais serão feitas em abordagens aos professores como uma consultoria educacional, posteriormente aos resultados da pesquisa de campo. A metodologia fundamenta-se nas considerações de Gil (2008) e de Yin (2005). Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de caráter interdisciplinar, acolhendo estudos da área de matemática, conforme Boyer (1996), Parra e Saiz (1996), Vitti (1999), Garbi (1997), dentre outros autores do campo educacional. A investigação foi realizada por meio de estudos bibliográficos e de uma pesquisa de campo, que contou com a participação de quatro professores e 12 alunos. A análise permitiu inferir que um treinamento contínuo é essencial para que se melhore a didática do professor de matemática. Com isso, o professor pode aperfeiçoar seus métodos para ensinar essa disciplina, otimizar seu tempo de aula, desenvolver sua maneira de ensinar e avaliar com mais eficácia, pois por se tratar de uma disciplina que precisa de muito treinamento e também de muita prática pelos alunos, ela acaba por se tornar cansativa e/ou desgastante. Nesse sentido, com uma boa formação e especialização, o professor poderá fazer o aprendizado ficar mais fácil para o aluno compreender e, consequentemente, mais fácil também para ele ensinar.Item Educação inclusiva: a realidade verificada em uma escola de educação inclusiva de São Bernardo do Campo(Universidade Metodista de São Paulo, 2023-09-15) PEREIRA, Claudia de Matos; D'AUREA-TARDELI, DeniseEsta pesquisa tem como objetivo avaliar as ações do cotidiano de uma escola com proposta inclusiva de São Bernardo do Campo, com professores e gestores que atuam no exercício da docência, para garantir a inclusão e aprendizagem de todos os alunos e como a escola entende, recebe e aplica as políticas públicas voltadas à educação inclusiva no país. Desta forma, o problema de pesquisa que direciona esse trabalho é: como na percepção de gestores e professores, as políticas públicas estão sendo aplicadas em favor da educação inclusiva? Além disso, a hipótese é como entendemos que estes gestores e professores estão se dando conta que as políticas de educação inclusiva são ineficentes e, portanto, o curso do processo de ensino e aprendizagem ficam comprometidos, trazendo insucesso na formação dos alunos e nas práticas docentes. Para a comprovação desta hipótese, a compreensão de que apesar da legislação garantir a inclusão, existem nas escolas fatores que dificultam esta garantia. Temos três objetivos, a saber: 1- Identificar as políticas públicas existentes, entendendo o papel da gestão escolar na sua implantação; 2- Verificar a formação de professores e se em suas competências docentes são sensibilizados para o cumprimento destas políticas públicas; 3-Entender o papel da gestão de escola na busca de iniciativas inclusivas na escola e na aplicação de políticas afirmativas. O corpus deste trabalho é a legislação pertinente ao atendimento especializado selecionado, e para este estudo foi de entrevistas semiestruturadas de duas gestoras e uma professora de sala regular, dados das matrículas e o mapeamento das políticas públicas, o que justifica essa escolha é o fato de analisar as matrículas em salas regulares no município de São Bernardo do Campo e a efetivação das políticas públicas referentes a inclusão na escola estudada (políticas públicas). O arcabouço teórico que sustenta este trabalho são os estudos que priorizam as características de uma escola inclusiva com base no direito à educação proposto pelos dispositivos legais nos quais se pautam os princípios da Escola Inclusiva nas reflexões de autores como Mantoan (2003, 2006, 2017), Duarte (2004), Alves (2016, 2022, 2023) e Sassaki (1997, 2005, 2009) a partir das categorias evidenciadas no contexto da escola e da legislação sobre inclusão escolar. A metodologia utilizada é empírica e documental, sendo uma pesquisa qualitativa e exploratória, pois visa validar instrumentos e proporcionar familiaridade com o campo de estudo (GIL, 2008). O método utilizado será a averiguação mediante pesquisa bibliográfica e documental através dos dados coletados do Censo escolar (INEP), e uma abordagem qualitativa exploratória e instrumentalizada por entrevistas semiestruturadas em uma escola pública localizada em São Bernardo do Campo. Os instrumentos de coleta de dados serão entrevistas semiestruturadas aplicadas junto a uma amostra composta por duas gestoras e uma professora de sala regular. Desta forma, os resultados deste trabalho foram que mesmo que tenhamos políticas públicas voltadas para o alcance da escola inclusiva, os resultados sugerem que ainda temos falta de recursos e de formação, o que dificulta essa inclusão de fato e que é necessário identificar os principais pontos e os principais desvios, para o alcance da escola inclusiva, a reestruturação da escola, para que a inclusão ocorra de forma efetiva, e gere oportunidades que realmente possibilite o aprendizado e a evolução desses alunos, e desta forma propor as melhorias adequadas para o alcance da escola inclusiva.Item Evasão escolar de estudantes com deficiência no ensino superior: narrativas e desafios(Universidade Metodista de São Paulo, 2019-03-20) MORAES, Nayane Cardoso de Souza; D'AUREA-TARDELI, DeniseA democratização do acesso e participação dos estudantes com deficiência no ensino superior tem crescido nos últimos anos, impulsionado pelo movimento e pelas políticas educacionais de inclusão. Trata-se da perspectiva da educação inclusiva garantindo o acesso e a permanência desses estudantes na construção de uma universidade para todos. Do ponto de vista teórico, algumas referências são citadas neste estudo dentre elas: Ligia Amaral, Miguel Arroyo, Maria Teresa Eglér Mantoan, Elizabete Cristina Costa Renders, Boaventura Sousa Santos. Embora haja um aumento do número das matrículas dos estudantes com deficiência na educação superior, ao que parece, nem todos se formam. Nesta perspectiva, algumas questões estão presentes: será que todos concluem? Se não, por que não chegam ao término da graduação? Quais são as causas deste fracasso? Como se dá a evasão escolar dos estudantes com deficiência no ensino superior? A partir da abordagem qualitativa, na modalidade da pesquisa com narrativas, com referências de Franco Ferrarotti, o objetivo deste estudo é identificar e compreender o fenômeno da evasão escolar de estudantes com deficiência em uma universidade privada da região do ABC Paulista. Esta pesquisa traz a reflexão emergente da transformação do espaço universitário ao receber os estudantes com deficiência, com vistas à construção de caminhos para que suas presenças nesse espaço sejam efetivas. Os resultados alcançados evidenciam as dificuldades enfrentadas pelos estudantes ao que se refere as condições de acessibilidade e estratégias pedagógicas que influenciam suas trajetórias acadêmicas e podem gerar a evasão escolar. Cotidianamente, os estudantes com deficiência que permanecem na universidade demonstram resiliência ao transpor as barreiras socialmente construídas. Dentre outros aspectos, o estudo revela a escassez de pesquisas, bem como de dados quanto à permanência e à evasão escolar desses estudantes no ensino superior no Brasil. Consideramos, portanto, que esta pesquisa pode abrir horizontes para outros estudos que agreguem conhecimento para a inclusão de estudantes com deficiência na educação superior.Item Formação docente: contribuições das competências socioafetivas para o processo de ensino e aprendizagem(Universidade Metodista de São Paulo, 2021-11-22) PRALON, Eliane Queiroz Cunha; D'AUREA-TARDELI, DeniseSegundo a Base Nacional Comum Curricular – BNCC, documento governamental aprovado em 22 de dezembro de 2017, o CNE apresenta a Resolução CNE/CP nº 2, de 22 de dezembro de 2017 que institui e orienta a implantação da Base Nacional Comum Curricular, e destaca a afetividade nas relações e a convivência como peças importantes para a aprendizagem. Na presente pesquisa, fazemos uma análise da importância das competências socioafetivas ainda no período de formação inicial, tendo como objeto de estudo um polo do curso de Pedagogia de um centro universitário, localizado na zona leste da cidade de São Paulo, com a finalidade de respondermos à seguinte questão: os discentes ainda em período de formação conseguem perceber a relevância dos estudos sobre as competências socioafetivas a ponto de identificá-las nas práticas docentes? Nesta pesquisa, apresentamos a hipótese de que as competências socioafetivas trabalhadas ainda no período de formação podem ser reconhecidas pelos discentes, favorecendo uma identificação de sua ausência ou presença, facilitando sua futura prática na função de professor. Neste estudo, apresentamos três objetivos: (i) investigar, por meio da Base Nacional Comum Curricular, informações norteadoras das competências socioafetivas, trazendo consistência para a nossa pesquisa; (ii) identificar em documentos da referida instituição a relevância para a aprendizagem, por intermédio das competências socioafetivas entre discentes e docentes em seu período de formação; e (iii) analisar dados investigados na perspectiva do discente, constatando se ele compreende o grau de importância em trabalhar essas habilidades para o desenvolvimento de suas práticas futuras. O corpus do nosso trabalho será a Base Nacional Comum Curricular no âmbito das competências socioemocionais. O que justifica a nossa pesquisa são os dados apresentados pelo Pisa 2018 com o relato de que um ambiente pouco receptivo afeta consideravelmente o desempenho cognitivo dos estudantes. Nosso arcabouço teórico traz autores problematizadores das questões relacionadas à formação, como Nóvoa (1992), Pimenta (2002), e autores que pensam as questões afetivas dentro do processo da aprendizagem, como Moreno e Sastre (2003), e Goleman (1995). O método utilizado é o hipotético dedutivo explicativo e experimental. Os resultados alcançados confirmam a nossa hipótese e, a partir dela, evidenciam que o uso da competência socioafetiva com os alunos que participaram da pesquisa: (i) identificaram a ausência de algumas competências, e presença de outras; (ii) ao longo do curso, houve um estímulo promovido pela instituição solicitado no PPC; e (iii) houve o desenvolvimento de tais habilidades não existentes durante o processo. Dessa forma, evidenciamos que as competências socioafetivas constituem uma ferramenta de suma importância no período de formação do discente para o exercício de uma docência em sua integralidade.Item Indígenas com deficiência na escola: um estudo sobre a inclusão nas aldeias de Umariaçu I e II, no município de Tabatinga - Amazonas(Universidade Metodista de São Paulo, 2020-08-18) OLIVEIRA, Francisca Francielis Azevedo Mafra de; D'AUREA-TARDELI, DenisePropôs-se, nesta pesquisa, investigar como se dá a inclusão de indígenas com deficiências nas escolas das aldeias de Umariaçu I e II, no município de Tabatinga – Amazonas. Compreende- se a pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. A pergunta que gerou esta pesquisa consiste justamente em saber como ocorre o processo de inclusão e escolarização de indígenas com deficiência. Os objetivos desta pesquisa foram: (i) Investigar os fatores que dificultam o ensino na perspectiva inclusiva e a aquisição da aprendizagem dos alunos com deficiências nas escolas das aldeias; (ii) Descrever como ocorre a inclusão e a escolarização da pessoa indígena com deficiência; (iii) Discutir os desafios para a implementação do Atendimento Educacional Especializado nas escolas das referidas aldeias. A escolha por essa temática partiu da observação empírica da incidência de deficiências nas aldeias da comunidade indígena, bem como das queixas constantes de professores, em relação à falta de qualificação profissional para atender a essa clientela de alunos, além de experiências pessoais como professora, que evidenciam a inevitabilidade de confrontar as práticas discriminatórias de exclusão e criar alternativas para superá-las. Procurou-se também fazer uma reflexão acerca da educação indígena e a educação escolar indígena, enfatizando que tanto uma quanto outra constituem dois modos de educar diferentes. O arcabouço teórico que sustentou esta pesquisa compreende os trabalhos realizados na área de educação inclusiva fundamentados em: Sassaki, Mantoan, Mazzotta e por autores que tratam da educação e cultura indígena como: Grupioni, Feitosa, Cremonezze, Soares, Oliveira Filho, dentre outros. Trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa, de cunho investigativo, mas, em alguns momentos, recorre-se à abordagem quantitativa. Utilizou-se como método o estudo de caso do processo de inclusão de indígenas com deficiências matriculados nas escolas das aldeias. O procedimento de coleta de dados constituiu-se no contato direto, realizado in loco, o que possibilitou fazer um diagnóstico situacional da realidade local. Também foi utilizado o recurso da entrevista individual com questionários direcionados aos gestores, coordenadores e professores, além de análise documental diretamente das secretarias das escolas. Dos dados obtidos com este estudo pode- se destacar que, entre tantas dificuldades existentes no contexto escolar, há falta de preparo dos professores, bem como falta de infraestrutura nas escolas. Os professores, em sua maioria, não se sentem preparados para lidar com a diversidade e com as especificidades de cada aluno e as escolas não fizeram uma reestruturação física para que estivessem em condições de receber esta clientela de alunos. Em relação às políticas públicas existentes e implementadas, as hipóteses de que as mesmas não têm sido adotadas de maneira adequada para garantir o acesso e a permanência de indígenas com deficiência na escola, estão confirmadas, apesar de ser insuficiente o que se espera para se garantir uma verdadeira inclusão escolar. Apenas as leis não dão conta do processo de inclusão, é preciso que haja, para além delas, condições e recursos humanos, pedagógicos e físicos para que as leis propostas sejam aplicadas com resultados realmente significativos. Dessa forma, espera-se que esta pesquisa possa contribuir com dados relevantes e significativos para que o ato de incluir se transforme em uma prática mais constante nas escolas indígenas.