Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde por Assunto "Aprendizagem"
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Item Crianças inteligentes com dificuldades de aprendizagem à luz da investigação psicanalítica: um estudo sobre a inibição intelectual(Universidade Metodista de São Paulo, 2019-03-26) TSE, Carolina de Fátima; AVOGLIA, Hilda Rosa CapelãoAs dificuldades no processo de aprendizagem são discutidas a partir de uma multiplicidade de perspectivas, evidenciando a complexidade das variáveis que envolvem essa temática. Em alguns casos, quando avaliadas, nota-se que as crianças dispõem de bom nível intelectual, apesar de apresentarem dificuldades de aprendizagem. Nesse contexto, o objetivo desse estudo foi relacionar o desempenho acadêmico com o nível de inteligência em alunos de uma unidade pública de ensino e analisar a psicodinâmica de duas crianças que apresentaram baixo desempenho escolar e bom nível de inteligência. Para tanto, a estratégia metodológica comungou delineamento quantitativo e qualitativo, divididos em duas etapas, sendo que, na Etapa 1, utilizou-se o Teste do Desempenho Escolar (TDE) e o Teste Não-verbal de Inteligência (R2) em uma amostra de 180 crianças do primeiro ao quinto ano de uma escola pública de ensino fundamental. Dessa totalidade, verificou-se que 173 crianças alcançaram scores na média ou acima dela para o nível de inteligência e 153 crianças obtiveram resultados inferiores para o desempenho escolar. Isso aponta que apesar de 96,1% da amostra apresentar capacidade intelectual; 85,4% ainda apresentam dificuldade no desempenho acadêmico. A partir desses resultados, procedeu-se a Etapa2, sendo selecionadas, por conveniência, duas crianças, com scores de nível médio de inteligência e baixo desempenho escolar. Tais crianças foram submetidas ao teste projetivo House-Tree- Person (HTP) e uma entrevista ludodiagnóstica, além de entrevista com os pais e com a professora. Os resultados foram analisados em uma perspectiva psicanalítica de escola inglesa, postulada por Melanie Klein. Desse modo, considerou-se que as primeiras relações dessas crianças foram marcadas vivências pouco gratificantes e relações pouco continente. Tais aspectos se mostraram na base da inibição intelectual vivenciada por essas crianças, marcadas pelo empobrecimento da capacidade simbólica, dificuldades no estabelecimento de relações seguras, sentimentos de insegurança e inadequação.