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Navegando Teses por Assunto "Adolescentes"
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Item A família existente no imaginário de adolescentes contemporâneos vivências e convivências complexas na instituição escolar(Universidade Metodista de São Paulo, 2021-09-14) TAVARES, Jardinete; PETRAGLIA, Izabel CristinaA presente pesquisa busca identificar, descrever, interpretar, compreender e documentar as diferentes configurações de família existentes no imaginário de adolescentes contemporâneos, percebidas e experimentadas nas vivências e convivências estabelecidas no cotidiano escolar. Estas ações se tornam possíveis a partir do conteúdo das entrevistas com alunos matriculados em cursos de ensino médio de instituições escolares localizadas no estado do Rio de Janeiro, a saber: escolas públicas, escolas privadas particulares e privadas confessionais. Esta é uma pesquisa de natureza qualitativa descritiva que tem como base a Epistemologia da Complexidade, proposta por Edgar Morin, que favorece o uso de variadas estratégias para uma melhor compreensão dos fenômenos que se autorrevelam em seu processo natural; flexível quanto às mudanças e sensível aos novos rumos que se apresentam, sem cessar, no decorrer da realização científica. Seus princípios orientadores, para a análise do obtido no contato direto com os adolescentes, são: o sistêmico ou organizacional, o circuito retroativo, o da autonomia/dependência, o da reintrodução do conhecimento no conhecimento, o dialógico, o do circuito recursivo e o hologramático, balizadores no estudo da questão evidenciada como situação problema. Utiliza, como estratégia de pesquisa, a Fenomenografia para o mapeamento e tratamento dos dados que mostram, em análise complexa das variadas concepções, as diferentes formas que os adolescentes descrevem a família existente em seu imaginário, construído em cotidiano vivido na instituição escolar no percurso de sua educação básica. Apresenta relatório analítico detalhando progressivamente os resultados obtidos, assim como descritos nas entrevistas e em perspectiva quando avalia o seu impacto nas instituições escolares. Considera a realidade histórico-social da família de forma complementar e integrativa, com fundo explicativo do liberalismo, do neoliberalismo e do presente neoconservadorismo, cenário político-social-religioso em que se encontram os adolescentes no momento da realização das entrevistas. Acrescenta síntese do ordenamento jurídico das diversas configurações familiares existentes no Brasil e a definição das leis que as amparam. Neste panorama é que os adolescentes entrevistados apresentam a família construída em seu imaginário como sendo a matrimonial, que eles chamam de tradicional. A descrição desta configuração familiar aparece em primeiro lugar nas respostas dadas e é apresentada como composta por pai, mãe e filhos. Em seus relatos os adolescentes dizem que a instituição escolar prioriza a família matrimonial e possui a expectativa de encontrá-la nas relações que estabelece em seu cotidiano não demonstrando, em sua lide, acreditar na existência de uma família diferente. Esclarecem que é possível encontrar em algumas escolas, também, uma visão indiscriminada de família, sem nomeações ou configurações específicas, onde o esperado é que exista alguém que responda pela criança ou adolescente, o intitulado responsável, sendo esta uma forma alternativa para que a escola trabalhe com as famílias quando estas saem do seu padrão. Segundo os entrevistados a instituição escolar, do momento presente, possui uma visão idealizada das relações entre pais e filhos e assim imagina laços e relacionamentos de tal forma constituídos que não são vistos na atualidade sendo, portanto, para estes adolescentes, uma família inexistente. Os resultados da presente pesquisa bem como todos os conceitos são apresentados com inter-relações complexas que situam a instituição escolar em função educacional privilegiada quando a denominam lugar de vida. Desta forma a percebem capaz de trabalhar no ensino educativo das novas gerações de modo a favorecer a existência de relações saudáveis entre os diferentes indivíduos, situações, locais, desejos, sentimentos, aprendizagens e constituições familiares com seus variados matizes, de maneira a que as experiências vividas, individual e coletivamente, sejam compreendidas como processos naturais à existência humana.Item Violência psicológica em relacionamentos íntimos: estudo com casais jovens(Universidade Metodista de São Paulo, 2020-04-07) SANTOS, Jurandir dos; REZENDE, Manuel MorgadoEste estudo objetivou descrever, analisar e investigar as manifestações de violência psicológica entre parceiros íntimos. O assunto é relevante para a ciência porque esse tema ainda é muito recente e pouco explorado no mundo todo, o que se confirma com a localização de apenas 71 artigos, publicados em 34 países, por diferentes áreas, entre os anos de 2005 até 2018. Destaca-se ainda que, desse total, nenhum artigo específico com o descritor “violência psicológica” foi localizado. Todavia, para a realização deste trabalho, optou-se pela realização de uma pesquisa quantitativa, descritiva de corte transversal e por conveniência, com 651 sujeitos, de ambos os sexos, com idade entre 14 a 23 anos, de uma instituição de educação profissional, em oito diferentes cidades, agrupadas em três macrorregiões: Grande São Paulo, Litoral e Interior do Estado de São Paulo, que afirmaram ter algum tipo de relacionamento com parceiro(a) íntimo(a), por meio do Questionário de Maus-tratos Psicológicos (QMP), através de uma escala LikeRt, com cinco pontos, com variação dos critérios: “discordo muito” a “concordo muito”. O QMP é composto de sete fatores (desvalorização, humilhação, indiferença, intimidação, imposição de condutas, culpabilização e bondade aparente) e 23 subfatores. Para cada subfator foram criados quatro itens, totalizando 92, que foram submetidos para a análise de 15 juízes. Desses, 7 responderam e, com 80% de concordância deles, deu-se a origem ao questionário da pesquisa. As hipóteses levantadas foram: se as expressões de violência psicológica classificadas pelo QMP estão presentes desde os primeiros relacionamentos íntimos e se os homens são mais propensos à prática desse tipo de violência do que o público feminino. Como resultados, pode-se destacar que a agressividade é inerente ao ser humano, mas a violência é um comportamento aprendido, que se prolifera no silêncio, é reproduzida entre gerações e atinge todas as camadas sociais, apesar de apresentar maior presença em ambientes hostis, com baixa escolaridade e vulnerabilidade social. Apesar de a revisão bibliográfica localizar trabalhos que evidenciaram a violência psicológica entre parceiros íntimos, entre jovens, idosos, pessoas do mesmo sexo e homens, as mulheres foram as vítimas mais citadas, em especial nos relacionamentos conjugais; no entanto, de acordo com a aplicação do QMP, não houve diferença significativa entre os sexos. A violência psicológica ocorre desde os primeiros relacionamentos e mostrou-se presente em todos os fatores e subfatores do QMP. Suas consequências vão desde insônia, ansiedade, medo, angústia, estresse, depressão, até casos de comportamentos suicidas. A maior preocupação, que é o tema central deste trabalho, concentra-se no relacionamento entre jovens, que geralmente se encontram imaturos, cercados de dúvidas, e em formação da sua identidade e personalidade. Portanto, o assunto deve ser levado ao debate social, tratado no núcleo familiar e em equipes multidisciplinares, além de se alertar para a emergência de novas produções sobre violência psicológica e violência entre parceiros íntimos, em especial, na área da Psicologia.