Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião
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Item Dos conflitos com ’Ārām ao deus de Ḫa-la-ab: a formação do campo religioso e a elaboração do Yhwh no Yiśrā’ēl Norte na Idade do Ferro II(Universidade Metodista de São Paulo, 2018-12-13) SANTOS, João Batista Ribeiro; KAEFER, José AdemarEsta pesquisa tem por objetivo reconstruir, por meio das fontes inscritas e artefactuais, os acontecimentos que estão no plano de fundo da formação do campo religioso do Yiśrā’ēl Norte. O complexo religioso e as funções da religião fazem parte dos processos de interações culturais no antigo Oriente-Próximo, que influem decisivamente nos modos de ser dos israelitas na primeira metade do século IX. A época formativa das identidades do Yiśrā’ēl Norte (c. 1020–722/721) pode ser datada nesse século, especificamente no período da dinastia omrida (‘Omrî, 884–873), que inaugura no sul do Levante as grandes construções de cidades e palácios. Nessa região, os conflitos tornam-se mais graves quando Šulmānu-aš a r i d u ocupa, com suas guarnições, territórios siro-eufratênios. Internamente, Yēhû’ opera um golpe de Estado (841), em seguida submete-se ao rei assírio renunciando ao protagonismo israelita que, cerca de quatro anos depois com o retorno das guarnições assírias, será ocupado pelo aramita Ḥăzāh’ēl. O golpe é uma ação político-militar contra as interações culturais e as conexões materiais iniciadas pelo rei ‘Omrî; com a tomada de poder por Yēhû’, venceu o projeto divinatório de submissão ao império e a Ša-imērīšu. Regionalmente, Ḥăzāh’ēl em Ša-imērīšu e Meša‘ em Mô’āb demonstraram que no programa deles constava a apropriação de cidades israelitas, porquanto as guerras contra o antigo aliado. As perdas do Yiśrā’ēl Norte coincidiram com o seu isolamento político, mas os ganhos com as interações culturais do período omrida permaneceram e materializam com testemunhos históricos o campo religioso e a divindade. É nesse período que o deus Yhwh, conhecido no norte do Levante e na Anatólia desde o segundo milênio, passa por mutação entre os israelitas para naturalizar-se com as armas e as guerras do deus ħalabino Haddu, fonte da hibridização com o deus Ba‘al em Ú-ga-ri-it. Com essa corporificação iconográfica de Yhwh, o fator divino da fertilização de gênero masculino, que já havia anexado o fator da fertilização do solo, do gado e das mulheres, transformou-se num suporte traditivo. Passa a valer fortemente o patronato real inextricável do dom da proteção: Yhwh ganha uma montanha e passa a ser guerreiro, um outro de Haddu.