Programa de Pós-Graduação em Educação
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Educação por Assunto "Aprendizagem"
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Item A fenomenologia da aquisição da língua estrangeira(Universidade Metodista de São Paulo, 2017-09-25) FONSECA, Fábio Luiz Socreppa da; JOSGRILBERG, Rui de SouzaAs possibilidades de contato com diversas culturas a partir do engajamento com as tecnologias da comunicação, da experiência de entretenimento, das exigências mercadológicas do trabalho ou do enriquecimento cultural, conduz um sem número de pessoas a buscar o aprendizado de línguas estrangeiras. O caminho para aprendê-las perpassa costumeiramente pela busca de programas de intercâmbio ou por cursos especializados no ensino de línguas (seja no próprio país, ou em outro cuja população seja falante desse idioma), opções que exigem grande investimento pessoal e financeiro ao objetivo traçado. Essa demanda cultural e mercadológica conduziu, no último século, o desenvolvimento de diferentes métodos para se ensinar línguas estrangeiras. Essas metodologias entendem a experiência da fala como um elemento da empiria ou fruto da consciência, o que distancia a experiência cotidiana do que é se comunicar. A presente pesquisa de cunho bibliográfico orienta-se por referenciais fenomenológicos, em especial, Maurice Merleau-Ponty e David Le Breton, além de outros autores centrados na discussão da corporeidade e da linguagem encarnada, e objetiva compreender a aquisição da língua estrangeira na organização do corpo próprio e do mundo vivido. O corpo próprio é o centro de nossa existência e é por meio das vivências corpóreas que se apreendem todas as aquisições de conhecimento. O movimento para entender essa aquisição retoma a experiência da fala da língua materna e de seu papel estruturante na formação da pessoa e na sua percepção do mundo. A incorporação da língua estrangeira é ancorada em sua apropriação pelo corpo próprio, por sua possibilidade de contato com outras culturas e com os falantes desses outros horizontes linguísticos e, por fim, pela ampliação da compreensão de si próprio vivida no processo do sujeito perceber a própria língua e cultura. Com o presente texto se pretende abrir novas possibilidades de compreensão e discussão que envolvem a experiência da fala de uma língua estrangeira.Item Aprendizagem significativa como abordagem de ensino para professores de adolescentes(Universidade Metodista de São Paulo, 2023-03-28) LEAL, Flávia Daniela Bosi; D'AUREA-TARDELI, DeniseO objetivo geral deste estudo é investigar como os professores consideram a aprendizagem significativa ao estabelecer estratégias de ensino para seus alunos adolescentes. Buscamos responder à seguinte questão: Os professores conhecem a Teoria da Aprendizagem Significativa de Ausubel e a consideram no estabelecimento de suas estratégias de ensino para estudantes adolescentes? Partimos da hipótese de que os professores pesquisados podem não possuir o repertório necessário para promover uma aprendizagem significativa em sala de aula, uma vez que sua formação acadêmica, nas mais diversas áreas de licenciatura, nem sempre inclui essa abordagem durante sua formação inicial ou em cursos complementares. São três os objetivos específicos: i) apresentar a Teoria da Aprendizagem Significativa de Ausubel como uma possibilidade de abordagem no ensino escolar; ii) compreender as características da aprendizagem na adolescência que favorecem o desenvolvimento da aprendizagem significativa; e iii) explorar o potencial do professor no desenvolvimento da aprendizagem significativa em sala de aula. Para isso, utilizamos um corpus composto pelos dados obtidos por meio de uma pesquisa de campo realizada por questionário on-line com 62 professores que lecionam há mais de 5 anos para estudantes do 5° ano do Ensino Fundamental – Anos Iniciais até a 3ª série do Ensino Médio, considerando que esses estágios escolares, geralmente, compreendem às idades entre 10 e 20 anos, que definimos neste trabalho como adolescência, tendo como referência a classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS). O arcabouço teórico que fundamenta este trabalho é a Teoria da Aprendizagem Significativa, proposta por David Ausubel em sua obra “The psychology of meaningful verbal learning” (1963), e suas contribuições posteriores ao longo de sua carreira (Ausubel, 1968; 2000), inclusive, com as contribuições de Joseph Novak (1981; Novak; Gowin, 1996), colaborador de Ausubel e coautor da segunda edição da obra básica sobre aprendizagem significativa (Ausubel; Novak; Hanesian, 1980) e, mais recentemente, defendida pelo professor Marco Antônio Moreira. Também consideramos os estudos sobre o desenvolvimento do adolescente de Jean Piaget (1973; 1976) e autores que discutem questões relacionadas à atuação dos professores, como Becker (1993), Pimenta (1999) e Pimenta e Ghedin (2012). Utilizamos uma abordagem metodológica quanti-qualitativa, por meio da análise de dados com escala Likert. Esta pesquisa ampliou nossa perspectiva sobre o tema e apontou novas formas de pensar e compreender a atuação do professor na busca pelo desenvolvimento de uma aprendizagem significativa em sala de aula. Refletimos sobre os conhecimentos teóricos adquiridos ao longo de suas trajetórias como subsídios para uma prática de ensino capaz de promover uma aprendizagem significativa junto aos alunos adolescentes. Além disso, identificamos possíveis caminhos para implementar a Teoria da Aprendizagem Significativa em sala de aula, destacando a importância de identificar os pontos da teoria que podem ser convertidos em posturas e ações pelos envolvidos no processo de ensino e aprendizagem.Item Formação docente: contribuições das competências socioafetivas para o processo de ensino e aprendizagem(Universidade Metodista de São Paulo, 2021-11-22) PRALON, Eliane Queiroz Cunha; D'AUREA-TARDELI, DeniseSegundo a Base Nacional Comum Curricular – BNCC, documento governamental aprovado em 22 de dezembro de 2017, o CNE apresenta a Resolução CNE/CP nº 2, de 22 de dezembro de 2017 que institui e orienta a implantação da Base Nacional Comum Curricular, e destaca a afetividade nas relações e a convivência como peças importantes para a aprendizagem. Na presente pesquisa, fazemos uma análise da importância das competências socioafetivas ainda no período de formação inicial, tendo como objeto de estudo um polo do curso de Pedagogia de um centro universitário, localizado na zona leste da cidade de São Paulo, com a finalidade de respondermos à seguinte questão: os discentes ainda em período de formação conseguem perceber a relevância dos estudos sobre as competências socioafetivas a ponto de identificá-las nas práticas docentes? Nesta pesquisa, apresentamos a hipótese de que as competências socioafetivas trabalhadas ainda no período de formação podem ser reconhecidas pelos discentes, favorecendo uma identificação de sua ausência ou presença, facilitando sua futura prática na função de professor. Neste estudo, apresentamos três objetivos: (i) investigar, por meio da Base Nacional Comum Curricular, informações norteadoras das competências socioafetivas, trazendo consistência para a nossa pesquisa; (ii) identificar em documentos da referida instituição a relevância para a aprendizagem, por intermédio das competências socioafetivas entre discentes e docentes em seu período de formação; e (iii) analisar dados investigados na perspectiva do discente, constatando se ele compreende o grau de importância em trabalhar essas habilidades para o desenvolvimento de suas práticas futuras. O corpus do nosso trabalho será a Base Nacional Comum Curricular no âmbito das competências socioemocionais. O que justifica a nossa pesquisa são os dados apresentados pelo Pisa 2018 com o relato de que um ambiente pouco receptivo afeta consideravelmente o desempenho cognitivo dos estudantes. Nosso arcabouço teórico traz autores problematizadores das questões relacionadas à formação, como Nóvoa (1992), Pimenta (2002), e autores que pensam as questões afetivas dentro do processo da aprendizagem, como Moreno e Sastre (2003), e Goleman (1995). O método utilizado é o hipotético dedutivo explicativo e experimental. Os resultados alcançados confirmam a nossa hipótese e, a partir dela, evidenciam que o uso da competência socioafetiva com os alunos que participaram da pesquisa: (i) identificaram a ausência de algumas competências, e presença de outras; (ii) ao longo do curso, houve um estímulo promovido pela instituição solicitado no PPC; e (iii) houve o desenvolvimento de tais habilidades não existentes durante o processo. Dessa forma, evidenciamos que as competências socioafetivas constituem uma ferramenta de suma importância no período de formação do discente para o exercício de uma docência em sua integralidade.Item Indígenas com deficiência na escola: um estudo sobre a inclusão nas aldeias de Umariaçu I e II, no município de Tabatinga - Amazonas(Universidade Metodista de São Paulo, 2020-08-18) OLIVEIRA, Francisca Francielis Azevedo Mafra de; D'AUREA-TARDELI, DenisePropôs-se, nesta pesquisa, investigar como se dá a inclusão de indígenas com deficiências nas escolas das aldeias de Umariaçu I e II, no município de Tabatinga – Amazonas. Compreende- se a pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. A pergunta que gerou esta pesquisa consiste justamente em saber como ocorre o processo de inclusão e escolarização de indígenas com deficiência. Os objetivos desta pesquisa foram: (i) Investigar os fatores que dificultam o ensino na perspectiva inclusiva e a aquisição da aprendizagem dos alunos com deficiências nas escolas das aldeias; (ii) Descrever como ocorre a inclusão e a escolarização da pessoa indígena com deficiência; (iii) Discutir os desafios para a implementação do Atendimento Educacional Especializado nas escolas das referidas aldeias. A escolha por essa temática partiu da observação empírica da incidência de deficiências nas aldeias da comunidade indígena, bem como das queixas constantes de professores, em relação à falta de qualificação profissional para atender a essa clientela de alunos, além de experiências pessoais como professora, que evidenciam a inevitabilidade de confrontar as práticas discriminatórias de exclusão e criar alternativas para superá-las. Procurou-se também fazer uma reflexão acerca da educação indígena e a educação escolar indígena, enfatizando que tanto uma quanto outra constituem dois modos de educar diferentes. O arcabouço teórico que sustentou esta pesquisa compreende os trabalhos realizados na área de educação inclusiva fundamentados em: Sassaki, Mantoan, Mazzotta e por autores que tratam da educação e cultura indígena como: Grupioni, Feitosa, Cremonezze, Soares, Oliveira Filho, dentre outros. Trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa, de cunho investigativo, mas, em alguns momentos, recorre-se à abordagem quantitativa. Utilizou-se como método o estudo de caso do processo de inclusão de indígenas com deficiências matriculados nas escolas das aldeias. O procedimento de coleta de dados constituiu-se no contato direto, realizado in loco, o que possibilitou fazer um diagnóstico situacional da realidade local. Também foi utilizado o recurso da entrevista individual com questionários direcionados aos gestores, coordenadores e professores, além de análise documental diretamente das secretarias das escolas. Dos dados obtidos com este estudo pode- se destacar que, entre tantas dificuldades existentes no contexto escolar, há falta de preparo dos professores, bem como falta de infraestrutura nas escolas. Os professores, em sua maioria, não se sentem preparados para lidar com a diversidade e com as especificidades de cada aluno e as escolas não fizeram uma reestruturação física para que estivessem em condições de receber esta clientela de alunos. Em relação às políticas públicas existentes e implementadas, as hipóteses de que as mesmas não têm sido adotadas de maneira adequada para garantir o acesso e a permanência de indígenas com deficiência na escola, estão confirmadas, apesar de ser insuficiente o que se espera para se garantir uma verdadeira inclusão escolar. Apenas as leis não dão conta do processo de inclusão, é preciso que haja, para além delas, condições e recursos humanos, pedagógicos e físicos para que as leis propostas sejam aplicadas com resultados realmente significativos. Dessa forma, espera-se que esta pesquisa possa contribuir com dados relevantes e significativos para que o ato de incluir se transforme em uma prática mais constante nas escolas indígenas.Item Selfie de professores de idiomas: percepções de experiências vividas na aprendizagem de língua inglesa(Universidade Metodista de São Paulo, 2018-08-29) GONÇALVES, Cássia Regina Rocha; COELHO, Patrícia Margarida FariasVivemos atualmente o maior desenvolvimento tecnológico na sociedade contemporânea, nomeada atualmente por cultura e ou sociedade digital (CASTELLS, 2008). Essas transformações mudaram nossa percepção de tempo e espaço, diluíram fronteiras e aproximaram os povos. Dentro desta perspectiva, o aprendizado de inglês, como língua franca global, deixa de ser um diferencial para a empregabilidade, e passa a ser parte da formação do cidadão do século XXI (ORTIZ, 2012), trazendo à academia a temática do ensino bilíngue (MEGALE, 2018). Dada a relevância de aprendizagem da língua inglesa, vimos a necessidade de refletir sobre a formação de seus professores, a qual no Brasil dá-se por meio da licenciatura dupla e de cursos específicos. Todavia, compreendemos que além do conhecimento teórico, a experiência do professor, tanto na docência quanto na discência contribuem para a formação de seu repertório didático. Desta forma, empreendemos em um estudo (auto) biográfico, cujo objetivo é trazer à luz a percepção de professores acerca de seu próprio processo de aprendizagem, abarcando, por exemplo, a autonomia na aprendizagem. Com o aporte teórico de Ferraroti (2014), Bertaux (2010), Demartini (1988) e Queiróz (1988) coletamos as narrativas de cinco professores fluentes, os quais aprenderam o novo idioma após a aquisição da língua materna (VYGOTSKY, 2006). As análises, a partir do arcabouço teórico composto por Ellis (2015), Vygotsky (2006), Echeverrìa (2016), Josgrilberg (2017), Fiorin (2006), Le Breton (2016), Revuz (2012), entre outros, são compartilhadas como selfies, uma vez que cada narrador ao contar sua história, volta o foco de sua câmera para os elementos mais significativos de seu processo de aprendizagem, de acordo com sua percepção. Algumas temáticas se destacam a partir dos relatos dos participantes, dentre elas: (i) a motivação para a aprendizagem, (ii) a autonomia de cada narrador perante o processo e os recursos empregados na aprendizagem e (iii) o papel desempenhado pelo professor neste processo. Cada selfie compartilhada constitui-se como material humano significativo para a reflexão de outros professores acerca de suas escolhas pedagógicas no contexto da educação do século XXI.