Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde
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Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde por Autor "DOUVLETIS, Estela"
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Item Implicações da síndrome de Burnout nas relações familiares de profissionais de educação infantil em tempos de pandemia da COVID-19(Universidade Metodista de São Paulo, 2023-08-28) DOUVLETIS, Estela; GOMES, Miria BenincasaEm um mundo em constante mudança e exigências crescentes, as professoras enfrentam desafios únicos ao conciliar suas responsabilidades profissionais com a criação dos filhos e os afazeres domésticos. O objetivo deste estudo foi identificar e analisar as implicações da Síndrome de Burnout (SB) nas relações familiares em profissionais de educação infantil em tempos de pandemia da COVID-19. Trata-se de uma pesquisa descritivo-exploratória de abordagem mista e estruturada em duas etapas. Na primeira etapa, utilizou-se um formulário para a coleta de dados quantitativa, no qual aplicou-se três questionários, sendo eles o Questionário Sócio-demográfico, o Questionário Jbeili, e o Questionário de Avaliação das Relações Familiares Básicas – QARFB e foram acessadas 20 professoras. A etapa quantitativa teve o intuito de rastrear as participantes da segunda etapa, qualitativa. Para a segunda etapa, foram selecionadas 4 professoras e formados 2 grupos: primeiro grupo composto por duas professoras que apresentaram baixo índice de burnout no Jbeili e o segundo grupo por duas professoras que apresentaram alto índice de burnout no Jbeili. Através das entrevistas semiestruturadas foram respondidos os objetivos específicos. Com base nos resultados, é evidente que a resiliência e o uso de estratégias eficazes de enfrentamento (coping) desempenham um papel significativo na diminuição da vulnerabilidade ao burnout. Além disso, a união da família contribui como uma rede de apoio, emocional e prático para minimizar os efeitos negativos do estresse diante das adversidades. Os resultados também destacam a importância da administração do tempo e da definição de limites como estratégias para o fortalecimento e o enfrentamento dos desafios de modo a preservar as relações familiares. Essa pesquisa indica que nem o tempo de docência, nem a renda apresentam diferenças em relação ao burnout, mas a carga horária semanal trabalhada demonstrou ser um fator de risco devido à alta média de horas trabalhadas por semana. Espera-se que os achados venham subsidiar novos estudos sobre o tema e contribuir para a implementação de políticas públicas que protejam a saúde dos profissionais da educação. Almeja-se também fomentar junto aos estabelecimentos de educação o planejamento de medidas estratégicas de cuidado individuais e organizacionais que favoreça a prevenção da Síndrome de Burnout.