Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde
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Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde por Autor "DAMINI, Eduardo Marchese"
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Item A construção da identidade adolescente e o uso de redes sociais(Universidade Metodista de São Paulo, 2021-03-25) DAMINI, Eduardo Marchese; AVOGLIA, Hilda Rosa CapelãoA adolescência é decisiva para o desenvolvimento, sendo caracterizada por uma transição para a vida adulta. As mudanças físicas que marcam a puberdade também implicam em transformações na maneira como esse indivíduo percebe a si mesmo e seu papel na sociedade, desencadeando a necessidade de uma reorganização interna, atribuindo novos significados ao processo de desenvolvimento psicológico e ao próprio corpo, envolvendo diretamente a vida afetiva emocional e a convivência social. A pesquisa teve como objetivo analisar as implicações do uso de redes sociais na Internet na construção da identidade do adolescente. Trata-se de uma pesquisa descritiva qualitativa com uso do método clínico. Participaram cinco adolescentes com idades entre 12 e 17 anos, residentes na Região do ABC/SP. A coleta de dados foi feita individualmente nas modalidades presencial e online. Cada participante respondeu a uma entrevista semi diretiva, ao procedimento clínico do Desenho Estória com Tema (DE-T) e produziu ou escolheu livremente uma fotografia que o representasse, criando uma história sobre essa fotografia. Tais materiais coletados foram analisados qualitativamente em uma perspectiva psicanalítica, de modo a elaborar uma síntese para cada participante, integrando a análise da entrevista e do DE-T, articulados com a imagem e a história produzida na fotografia. A seguir, elaborou-se uma análise conclusiva articulando-se a totalidade dos casos. Os resultados indicaram que o uso de redes sociais pelos adolescentes foi representado como uma possibilidade de se desenvolverem cognitivamente e ampliarem seu círculo social. Além disso, pela postagem de fotos e textos buscam, sem sucesso, escapar da angústia e sofrimento inerentes a essa etapa da vida, incrementando tais sentimentos com frustrações, em relação ao pouco impacto de suas publicações e a relevância de seus perfis, ao mostrarem o que é supostamente o melhor de si, ou seja, como desejam ser vistos e aceitos pelo outro. Desse modo, a construção da identidade dos adolescentes participantes parece atravessada pelas facilidades e ilusões da tecnologia, que dilatam o limiar do que é possível entre o virtual e o real, da mesma forma que se diluem as barreiras entre o concreto e as fantasias em suas vidas.