Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde
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Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde por Autor "CAVAGGIONI, Ana Paula Magosso"
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Item Influência da via de parto no desenvolvimento infantil: comparação por meio da Escala Bayley III(Universidade Metodista de São Paulo, 2017-06-05) CAVAGGIONI, Ana Paula Magosso; BENINCASA, MiriaA realidade obstétrica no país vem sofrendo alterações significativas nos últimos dois anos. Desde 1970 tem sido crescente o número de cesarianas no país e no mundo. Em 2014, o número de partos cirúrgicos no Brasil chegou a 52%, apesar de índices superiores a 15% de partos cirúrgicos não indicarem proteção à mãe e ao bebê, segundo a Organização Mundial de Saúde. A literatura aponta que crianças nascidas por cesárea eletiva sem trabalho de parto enfrentam maior risco de problemas em seu desenvolvimento orgânico, mas poucos estudos abordam as consequências nos aspectos psicológicos. O objetivo deste estudo foi comparar o desenvolvimento psicológico entre bebês nascidos de cesárea eletiva e de parto normal, uma vez que há poucos dados disponíveis na literatura. Considerando os critérios de exclusão, foi utilizada amostra composta por 263 crianças com idades entre 6 e 42 meses. Os instrumentos utilizados foram: questionário sociodemográfico respondido pela mãe da criança e a Bayley Scales of Infant Development – 3rd Edition. Foi realizada a padronização da escala e a normatização dos dados amostrais através do cálculo de percentil, para uso neste estudo. Estes dados foram coletados individualmente e analisados estatisticamente através do SPSS - Statistical Package for the Social Sciences Version 21. Os resultados apontaram a via de parto e a idade gestacional ao nascer como fatores de risco ao desenvolvimento psicológico da criança. Nas correlações realizadas entre os nascidos por parto vaginal ou cesárea eletiva, foi verificada diferença estatisticamente significativa (p<0,05). Dentre estes últimos, 12% apresentaram desempenho inferior em relação ao processamento sensorial, e 10 a 19% nas habilidades do comportamento adaptativo. Nas correlações com a idade gestacional ao nascer, também se observou diferença estatisticamente significativa (p<0,05): 12% dos nascidos a termo precoce apresentaram resultados inferiores no desenvolvimento da linguagem expressiva e 9% na motricidade fina. Estes resultados indicam que, além dos prejuízos no desenvolvimento físico, amplamente descrito pela literatura nacional e internacional, há indícios de comprometimento psicológico. Observaram-se indícios de compatibilidade e divergências entre as amostras norte-americana e local.