O impacto do capital psicológico e do comportamento de redesenho no trabalho sobre o engajamento no trabalho

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Data

2018-12-14

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Universidade Metodista de São Paulo

Resumo

Engajamento é definido como construto motivacional caracterizado por um estado mental afetivo-cognitivo positivo de intenso prazer, realização, bem-estar e conexão profunda com o trabalho sendo formado por três dimensões: vigor, dedicação e absorção. A relevância sobre o tema está se intensificando nas organizações especialmente em função da sua relação com desempenho, saúde, qualidade de vida, bem-estar e satisfação dos trabalhadores. Tendo em vista a escassez de estudos sobre o tema no Brasil, esta pesquisa tem como objetivo principal investigar o impacto do capital psicológico (autoeficácia, otimismo, resiliência e esperança) e do comportamento de redesenho no trabalho (recursos estruturais, sociais e demandas desafiadoras) sobre o engajamento de trabalhadores, sob a perspectiva do modelo teórico de demandas e recursos no trabalho (JD-R). A presente investigação consiste num estudo empírico, quantitativo, exploratório e de corte transversal. O delineamento foi do tipo survey e de modelagem estrutural. Foram utilizados os seguintes instrumentos: Escala de Engajamento no Trabalho (UWES-9), Escala de Capital Psicológico (PCQ-24), Escala de Comportamentos de Redesenho no Trabalho (CRT) e questionário de dados sociodemográficos. A coleta de dados online contou com a participação voluntária de 749 trabalhadores, sendo 489 do sexo feminino (65,3%) e 260 do sexo masculino (34,7%). A faixa etária mais predominante foi entre 26 e 35 anos (34,8%34,8%, média de 32 anos, DP= 10), estado civil solteiro (48,5%), com elevado nível educacional (49,5% de pós-graduados). A maioria dos respondentes, no momento da pesquisa, residia na região sudeste (68,4%), estava trabalhando (94,5%), com carteira assinada (48,7%), em empresas privadas (57,4%), de grande porte (54%), no setor de serviços (37,5%), sem cargo de liderança (63,7%) e com tempo de empresa de 1 a 5 anos (43,8%). Os dados foram submetidos a análises estatísticas descritivas, correlacionais e de equações estruturais. Os resultados apontaram que o modelo revelou bons índices de ajustamento (χ2 =2469,55, χ2/df=2,77, CFI=0,91, GFI=0,90, TLI=0,90, RMSR=0,50, RMSEA=0,04, com intervalo de confiança de 95%=0,04 a 0,05) e explicou 66% da variância observada no engajamento no trabalho (R²=0,66). O coeficiente de regressão de capital psicológico para engajamento no trabalho foi de β=0,90, enquanto o de comportamento de redesenho no trabalho apresentou índice de β=-0,11. Conclui-se que o único preditor de engajamento no trabalho foi o capital psicológico (autoeficácia, otimismo, esperança e resiliência). Os dados indicam que, neste estudo, os recursos pessoais tiveram impacto positivo sobre o engajamento no trabalho, quando comparados aos recursos estruturais, sociais e demandas desafiadoras no trabalho.
Engagement is defined as a motivational construct characterized by a positive affective-cognitive mental state of intense pleasure, fulfillment, well-being, and deep connection to work being formed by three dimensions: vigor, dedication, and absorption. The relevance of this theme is intensifying in organizations, especially regarding its relationship with performance, health, quality of life, well-being and worker satisfaction. Considering the scarcity of studies on this subject in Brazil, this research has as main objective investigate the impact of psychological capital (self-efficacy, optimism, resilience and hope) and job crafting (structural, social resources and challenging demands) on the engagement of workers, from the perspective of the theoretical model of demands and resources at work (JD-R). The present investigation consists of an empirical, quantitative, exploratory and cross - sectional study. Its design was of the survey type and of structural modeling. The following instruments were used: Work Engagement Scale (UWES-9); Psychological Capital Scale (PCQ-24), Job crafting Scale (CRT) and sociodemographic questionnaire. The online data collection had a voluntary participation of 749 workers, of whom 489 were female (65.3%) and 260 were male (34.7%). The predominant age group was between 26 and 35 years (34.8%), single civil status (48.5%), with a high educational level (49.5% of postgraduates). Most of the respondents at the time of the survey resided in the southeast region (68.4%), were working (94.5%), with a formal contract (48.7%), in private companies (57.4%), in the service sector (37.5%), with no leadership position (63.7%) and with a length of service in the company of 1 to 5 years (43.8%). Data was submitted to descriptive, correlational and structural model analysis. The results pointed out that the model showed good indexes of fit and adequacy of the model (χ2 = 2469,55, χ2 / df = 2.77, CFI = 0.91, GFI = 0.90, TLI = 0.90, RMSR = 0.50, RMSEA = 0.04, with 95% confidence interval = 0.04 to 0.05) and explained 66% of the variance observed in work engagement (R² = 0.66). The regression coefficient of psychological capital for engagement at work was β = 0.90, while that of job crafting had an index of β = -0.11. Therefore, it is concluded that the only predictor of work engagement, as verified in this study, was psychological capital (self-efficacy, optimism, hope and resilience). Data indicates that in this study personal resources had a positive impact on engagement at work, when compared to structural and social resources and challenging demands at work. Employees who have adequated personal resources, who are confident in maintaining and investing the necessary efforts to succeed in challenging tasks, who are optimistic about present and future events, who are hopeful towards goals and, if necessary, redirect ways to achieve them, who are resilient when facing adversities and are able to keep mental and emotional steadiness are more engaged at work.

Descrição

Palavras-chave

Engajamento no Trabalho, Capital Psicológico, Comportamento de Redesenho no Trabalho, Modelo de Demandas e Recursos no Trabalho (JD-R), Work Engagement, Psychological Capital, Job Crafting, Job Demands-Resources Model (JD-R)

Citação

CID, Daren Tashima. O impacto do capital psicológico e do comportamento de redesenho no trabalho sobre o engajamento no trabalho, 2018. 208 folhas. Tese (Psicologia da Saúde) - Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo, 2018.