E Mamom se fez carne: a idolatria do dinheiro nos escritos de Ellen G. White

Abstract

A vida foi de tal modo submetida ao dinheiro, que, um mundo onde o dinheiro não exista, parece inconcebível. Criado para ser um meio facilitador, o dinheiro tornou-se um fim, e, finalmente, foi absolutizado, deificado. Esta deificação do dinheiro é discutida por autores atuais, que, foram capazes de analisar este assunto a partir de sua raiz, nos sistemas míticos impulsionadores da idolatria do dinheiro, chegando até aos seus frutos, na morte dos pobres, desigualdade social, perda da dignidade e outros mais. A idolatria do dinheiro, se dá na presença de suas irmãs gêmeas, a idolatria do mercado e a idolatria do capital. O século 19 serviu como uma grande estufa, na qual, a idolatria do dinheiro ganhou força após a metabolização fornecida pelo capitalismo industrial norte-americano. Durante este período floresceram não apenas os negócios e o capital, mas também, aqueles que se sentiam impelidos a, admoestar sobre os perigos temporais e eternos, da idolatria do dinheiro. Neste contexto, Ellen Gould White desponta como uma voz profética, anunciando que os adoradores de Mamom deveriam abandonar sua prática idólatra. Sua obra, fruto de seu ministério, aborda muitas vezes o tema da idolatria do dinheiro. Em sua prática pastoral, o amor ao dinheiro, “raiz de todos os males”, é denunciado, e, o amante do dinheiro, chamado a conversão.Life was so submitted to money that, a world where money does not exist, seems inconceivable. Created to be a facilitating means, money became an end, and, finally, it was absolutized, deified. This deification of money is discussed by current authors, who were able to analyze this issue from its root, in the mythical systems that drive the idolatry of money, reaching its fruits, in the death of the poor, social inequality, loss of dignity and more. The idolatry of money occurs in the presence of his twin sister, the idolatry of the market. The 19th century served as a large greenhouse, in which, the idolatry of money gained strength after the metabolism provided by American industrial capitalism. During this period not only did business and capital flourish, but also those who felt compelled to warn about the temporal and eternal dangers of the idolatry of money. In this context, Ellen Gould White emerges as a prophetic voice, announcing that Mammon worshipers should abandon their idolatrous practice. Her writings, fruit of his ministry, often addresses the theme of the idolatry of money. In her pastoral practice, the love of money, “the root of all evils”, is denounced, and the lover of money is called to conversion.