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Navegando Dissertações por Assunto "Adoecimento docente"
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Item Corporeidade adoecida: os efeitos psicossomáticos na realidade das professoras da educação básica do município de São Paulo – 2012 a 2017(Universidade Metodista de São Paulo, 2019-03-26) FONSECA, Valéria Leme; D'AUREA-TARDELI, DeniseO tema fundamental da presente dissertação centra-se numa questão que é objeto de preocupação e está sempre em foco nos debates públicos, nos meios midiáticos e nos estudos acadêmicos: a relação entre trabalho e saúde, ou antes, trabalho e adoecimento. De fato, ainda que possua especificidades patentes, a profissão docente não está alheia a esta realidade, sobretudo, porque podemos constatar, em grande medida, que esta relação tem atingido um contingente expressivo de profissionais da educação, inclusive na cidade de São Paulo. Bem por isso, para restringirmos nosso foco, optamos por contemplar a situação das docentes da rede pública municipal de São Paulo, grupo dos mais fragilizados diante dos males laborais, tal como os levantamentos bibliográficos e estatísticos nos levam a crer, pois de acordo com estudos realizados pelo Sindicato dos Especialistas de Educação do Ensino Público Municipal de São Paulo (SINESP), no período de 2012 a 2017, uma parcela significativa de professoras da rede pública Municipal de São Paulo tem a rotina de trabalho prejudicada por afastamento médico, decorrentes de doenças como estresse, gastrite, alergias e depressão, patologias de origem potencialmente emocionais e que desvelam as dimensões do adoecimento como reflexo da crise institucional e humana da educação pública. Com esta finalidade, buscamos estabelecer uma correlação entre as condições adversas denunciadas e a ocorrência de doenças emocionais como respostas psicossomáticas às referidas frustrações e angústias, que se confirmam como desequilíbrio corpóreo, culminando com um quadro patológico, que pode, inclusive, impedir a continuidade profissional e mesmo a precocidade da finitude da vida. Contemplando as identificadas manifestações corpóreas e emocionais com a precarização da condição docente submetida à desumanização pelo viés do gênero e da própria categoria de trabalhadoras, conseguimos o respaldo necessário para as nossas conclusões a partir da análise de conteúdo de teses e dissertações que trataram deste tema, nos últimos cinco anos (2012 a 2017), da análise bibliográfica adequada e da análise estatística a partir das veiculações promovidas pelo sindicato da categoria. Os referenciais teóricos, condizentes com as análises possíveis desta temática, reportam-se a Marx (2002; 2004), Keleman (1992), Sontag (2004), Butler (2004; 2010; 2017), Damásio (2013; 2015; 2017), Corbin, Courtine e Vigarello (2012), dentre outros autores de igual relevância.