Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião por Assunto ""Gender Ideology""
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Item Menino já nasce menino, menina já nasce menina”: fobia religiosa de gênero e suas implicações no debate sobre o Plano Nacional de Educação brasileiro no período 2012-2014(Universidade Metodista de São Paulo, 2017-09-18) COELHO, Fernanda Marina Feitosa; SOUZA, Sandra Duarte deA presente dissertação trata da fobia de gênero advinda do discurso político-religioso da “ideologia de gênero” que cria obstáculos aos direitos sexuais e reprodutivos das chamadas minorias (tanto de mulheres quanto de pessoas LGBT), mais especificamente no caso do Plano Nacional de Educação (PLC no 103/2012) aprovado na Lei no 13.005 em 25 de junho de 2014 destituído da diretriz de gênero. Verifica-se, assim, as dinâmicas existentes entre o discurso religioso e a exclusão da diretriz de gênero do PNE 2014-2024. O objetivo principal da pesquisa é o de caracterizar e explanar a produção sociorreligiosa de pânicos morais (COHEN, 2002) relacionados a gênero por meio da formação do saber da “ideologia de gênero” e concatenar discursos de políticos da Frente Parlamentar Evangélica e de lideranças político-religiosas que evocaram este saber também construído pela religião e se utilizam de argumentos que influenciaram a consolidação do referido Plano sancionado em 2014 sem a diretriz de gênero, inicialmente incluída dentre suas metas. Por meio de pesquisa bibliográfica e documental, apresenta-se o tema de gênero como central aos direitos humanos e ao próprio desenvolvimento humano e, portanto, a necessidade de uma educação de gênero para o aprofundamento da consciência ampliada de respeito aos indivíduos. Analisa-se a atuação política da bancada evangélica nas tramitações do PNE como parte de uma retomada do conservadorismo que procura instrumentalizar o Estado como guardião de uma moral predominantemente cristã, patriarcal e heterossexista. Relaciona-se, assim, a participação e influência religiosa neste processo, caracterizando-a como fóbica no que diz respeito ao veto da diretriz de gênero, por meio da análise de conteúdo das falas que possam denotar a produção sociorreligiosa de fobia de gênero difundidos para corroborar com a moral religiosa no período.