Uma análise cristã do filme O Caçador e a Rainha do Gelo

Abstract

O presente trabalho busca investigar e analisar as possibilidades das linguagens religiosas do cristianismo e sua influência nas artes, especificamente o cinema. Trata-se da análise interna do filme O caçador e a rainha do gelo (2016) a partir do método de Manuela Maria Fernandes Penafria. Dessa forma, a proposta é que existem elementos presentes no filme que podem dialogar com o cristianismo. Para isso, utilizamos o método de correlação de Paul Tillich que permite a interação entre áreas diferentes, abrindo caminhos de diálogo bem como verificando a aplicação deste método. No primeiro capítulo, procuramos apresentar aspectos introdutórios como por exemplo conceitos de religião, cultura, cinema e a importância da comunicação através das artes, no caso desse trabalho. Também apresentamos as razões e fundamentos que levaram à escolha do filme, bem como trazemos uma proposta de estrutura que pode auxiliar na compreensão das divisões do tema. Ainda é importante destacar que se trata de um filme de proposta não religiosa, fator que não impede a pesquisa já que muitas áreas podem ser relacionadas à outras, complementando e ajudando no desenvolvimento de outras pesquisas. No segundo capítulo há uma investigação específica do filme analisando imagens, símbolos, diálogos, lugares e outros fatores que podem ser destacados na narrativa fílmica, sempre lembrando do contexto, da época, dos princípios de cada personagem. Uma das ênfases na análise do filme é o tema do amor, sentimento muito amplo atualmente. O enredo fílmico trabalha princípios morais do amor, como por exemplo o amor de casal, de família, amigos etc. Um dos pontos que divide posições no filme é a afirmação do amor e a negação dele, gerando conflitos, guerras e morte. No terceiro capítulo apresentamos a aplicação do método de Tillich, colocando diversos elementos do filme e do cristianismo, isso de uma forma aproximada respeitando os respectivos contextos. Por fim, pretendemos demonstrar que em meio à tantas abordagens possíveis, linguagens religiosas do cristianismo também podem dialogar com o filme.

This paper seeks to investigate and analyze the possibilities of religious languages of Christianity and their influence on the arts, specifically cinema. It is an internal analysis of the film The Huntsman: Winter's War (2016) using the method of Manuela Maria Fernandes Penafria. Thus, the proposal is that there are elements present in the film that can dialogue with Christianity. To this end, we use Paul Tillich's visualization method, which allows interaction between different areas, opening paths for dialogue as well as verifying the application of this method. In the first chapter, we seek to present introductory aspects such as concepts of religion, culture, cinema, and the importance of communication through the arts, in the case of this work. We also present the reasons and foundations that led to the choice of the film, as well as bring a proposed structure that can help in understanding the divisions of the theme. It is also important to highlight that this is a film with a non-religious proposal, a factor that does not impede the research since many areas can be related to others, complementing, and helping in the development of other research. The second chapter presents a specific investigation of the film, analyzing images, symbols, dialogues, places, and other factors that can be highlighted in the film narrative, always remembering the context, the time, and the principles of each character. One of the emphases in the analysis of the film is the theme of love, an extremely broad feeling in today's world. The film's plot works with moral principles of love, such as love between couples, family, friends, etc. One of the points that divide positions in the film is the affirmation of love and its denial, generating conflicts, wars, and death. The third chapter presents the application of Tillich's method, placing various elements of the film and Christianity, in an approximate way, respecting their respective contexts. Finally, we demonstrate that, amidst so many possible approaches, religious languages of Christianity can also dialogue with the film.