Navegando por Autor "TSAI, Patricia Guernelli Palazzo"
- Resultados por página
- Opções de Ordenação
Item O conceito de responsabilidade universal: uma análise do conceito pela tradição budista Mahāyāna Geluk no XIV Dalai Lama(Universidade Metodista de São Paulo, 2021-06-02) TSAI, Patricia Guernelli Palazzo; Jung Mo SungO presente trabalho tem por objetivo explorar o conceito de responsabilidade universal, tal como apresentado pelo XIV Dalai Lama, que por sua vez se baseia nos fundamentos teóricos budistas da tradição Mahāyāna Geluk, através dos escritos de Je Tsongkhapa. Esse conceito por sua vez só pode ser compreendido a partir de uma contextualização histórica do Buddha Śākyamuni, bem como das mudanças sociais e teóricas por ele propostas em seu tempo, que serviram de inspiração para a travessia dos Dharmas para a China e Tibete. Com isso, há a necessidade de tratar de como os textos budistas são analisados e compreendidos, de como se deu o processo de tradução e as consequências das agendas políticas e ideológicas por detrás disso, de tal maneira que ao tratar dos conceitos fundamentais para compreender o que é responsabilidade universal, seja possível entender seu alcance e suas fundações. Com a contextualização da responsabilidade universal e sua importância para caracterizar o budismo Mahāyāna se faz necessário o diálogo entre esse conceito e outros conceitos de tradição judaico-cristã, através do amor mundi de Hannah Arendt, responsabilidade de Hans Jonas, e sensibilidade solidária em sua complexidade de Jung Mo Sung, para que seja possível compreender e construir pontes de comunicação entre esses dois sistemas distintos, de tal maneira que seja possível compreender o discurso feito pelo XIV Dalai Lama junto à ONU, em defesa dos Direitos Humanos a partir da responsabilidade universal. Por essa razão, o conceito de responsabilidade universal, tal como apresentado pelo XIV Dalai Lama é um fundamento para a defesa dos Direitos Humanos a partir de uma perspectiva budista Mahāyāna.Item Responsabilidade universal e amor mundi: um diálogo entre o XIV Dalai Lama e Hannah Arendt acerca dos direitos humanos(Universidade Metodista de São Paulo, 2025-09-05) TSAI, Patricia Guernelli Palazzo; WIRTH, Lauri EmilioA presente tese busca realizar um diálogo inter-religioso-e-secular entre dois conceitos, o de responsabilidade universal, do XIV Dalai Lama, e o de amor mundi, de Hannah Arendt com o objetivo de aumentar o consenso em torno dos Direitos Humanos. Para que esse diálogo possa ser realizado, será necessário trabalhar o que se entende por diálogo e estabelecer as bases para sua realização. O que torna diferenciado este tipo de diálogo é o fato de ter como princípio uma visão decolonial e não-eurocêntrica. As bases do diálogo partem de dois fundamentos pragmáticos: discernimento e hospitalidade. Discernimento para que ambas as tradições possam visualizar maneiras de chegar ao objetivo comum, dentro da perspectiva do melhor possível (e não da verdade absoluta), sem se perder nas discussões dogmáticas de cada sistema. E a hospitalidade, que leva à abertura ao outro, necessária para a geração e sustentação da empatia. Tendo explicado o princípio e as bases do diálogo, serão analisados os contextos e conteúdo dos conceitos escolhidos – responsabilidade universal e amor mundi – que tem como pressuposto a dignidade da pessoa humana. E é justamente a noção de dignidade da pessoa humana, o objeto de repúdio e de tentativas de destruição pelo pensamento e estrutura neoliberal, que dá continuidade ao projeto colonial e eurocêntrico (que também assume uma centralização estadunidense). Por essa razão se faz fundamental o diálogo, através da combinação dos métodos isogético de Andrew Tuck e afinidade eletiva, como desenvolvido por Michael Löwy, de forma a possibilitar a análise dos conceitos vindos de mundos distintos, que são perpassados pela noção de dignidade – do “direito de ter direitos” de Arendt, e do “potencial para o completo despertar” trabalhado pelo Dalai Lama – contribuindo com a defesa e aumento do consenso sobre Direitos Humanos em nosso tempo, que possibilitam a formulação de políticas públicas, mas também a abertura para inspirar eticamente o desenvolvimento de pesquisas em outras áreas que não apenas das Ciências Humanas, através de perspectivas não eurocêntricas e inclusivas.
