Navegando por Autor "SOUZA, Francisca Yana Bizerra Alves de"
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Item Bem-estar subjetivo, autoeficácia e consumo de álcool em universitários(Universidade Metodista de São Paulo, 2015-03-23) SOUZA, Francisca Yana Bizerra Alves de; REZENDE, Manuel MorgadoO período de transição para a universidade constitui-se um desafio para os estudantes devido à quantidade e à diversidade de mudanças originadas por um novo contexto pessoal e social que exige o desenvolvimento de recursos adaptativos. A vulnerabilidade trazida por essa fase pode motivar o uso de álcool e outras drogas, sendo um padrão recorrente encontrado em universitários. O bem-estar subjetivo (BES) e a autoeficácia (AE) são exemplos de fatores de proteção capazes de influenciar os comportamentos e atitudes dos jovens diante de situações como o consumo de bebidas alcoólicas. Sendo assim, o objetivo geral deste estudo foi analisar a capacidade explicativa do bem-estar subjetivo e da autoeficácia sobre o consumo de álcool em universitários. A amostra pesquisada foi constituída por 405 estudantes universitários de cursos da área da saúde da região metropolitana de São Paulo, com uma idade média de 21,69 (DP= 5,49), sendo a maioria do sexo feminino (81,5%), cursando o primeiro ou o segundo semestre, tanto do período matutino quanto do noturno. A análise dos dados foi realizada utilizando-se o programa SPSS, versão 20.0 para Windows para a realização de cálculos descritivos e exploratórios: média, desvio-padrão, correlações, análise de regressão múltipla, análises de variância (ANOVA) e teste t de Student. Os resultados do estudo revelaram que os universitários apresentaram um baixo nível de bem-estar subjetivo, autoeficácia acima da média e baixo consumo de álcool, sendo classificados na sua maioria como abstinentes. Foram observados indícios de que o bem-estar subjetivo e a autoeficácia predizem, ainda que de forma limitada, o consumo de álcool, destacando-se com maior capacidade preditiva os afetos negativos, a autoeficácia em ações pró-ativas e a autoeficácia em interação social. Além disso, a análise de correlação (r de Pearson) revelou que BES e AE guardam relação entre si, apresentando índices positivos e significativos. Também foram verificadas correlações significativas e negativas entre o consumo de álcool, a autoeficácia total e seus fatores, assim como correlações significativas e positivas entre o consumo de álcool e afetos negativos. Adicionalmente, é possível concluir que, no grupo estudado, dentre os jovens que consumiram álcool, estudantes do sexo masculino demonstraram um consumo maior da bebida do que as mulheres.Item Livre expressão lúdica grupal como estratégia de enfrentamento em crianças negligenciadas(Universidade Metodista de São Paulo, 2020-10-26) SOUZA, Francisca Yana Bizerra Alves de; AVOGLIA, Hilda Rosa CapelãoA literatura especializada indica que a negligência é a forma mais recorrente entre os maus-tratos contra crianças e adolescentes. Estudos apontam que as crianças negligenciadas podem acumular problemas múltiplos em seu desenvolvimento e em suas capacidades adaptativas, sendo a violência vivenciada de forma única, dependendo de uma multiplicidade de fatores de natureza pessoal. O processo criativo pode ser visto como uma das possibilidades para se vencer uma situação traumática, já que este é definido como a capacidade de criar alternativas vitais. Considerando o brincar como exemplo da maior criatividade e desenvolvimento integral do ser, é possível dizer que a livre expressão lúdica pode contribuir na percepção que a criança tem acerca de si mesma e da sua vivência de negligência, aumentando a autoestima e promovendo seu desenvolvimento emocional e afetivo. Trata-se de um estudo exploratório descritivo de caráter qualitativo, cujo objetivo foi avaliar e relacionar aspectos psicodinâmicos de crianças vítimas de negligência antes e depois do processo de intervenção baseado em oficinas grupais de livre expressão lúdica. A amostra foi composta por sete crianças, de ambos os sexos, encaminhadas a uma unidade de acolhimento institucional por determinação judicial ou orientação do Conselho Tutelar, exclusivamente por terem sido esgotadas as possibilidades de manutenção em seio familiar. A amostra foi selecionada de forma não-probabilística casual, de acordo com a conveniência. Foram utilizados como instrumentos o Desenho da Figura Humana (DFH) e o Desenho da Pessoa na Chuva (DPC), ambos aplicados individualmente antes e após a realização das oficinas grupais que utilizaram como referencial conceitual a técnica de Grupo Operativo de Pichon- Rivière. Foram realizados oito encontros em grupo analisados usando os parâmetros oferecidos pelo Esquema Conceitual Referencial e Operativo (ECRO). Os dados obtidos pelos instrumentos aplicados na etapa inicial e final foram compreendidos em conjunto com o processo desencadeado pelas oficinas realizadas em grupo, sendo analisados a partir de contribuições da psicanálise de grupos e da própria psicanálise para a análise dos resultados dos instrumentos aplicados. A proposta da oficina grupal de livre expressão se mostrou mobilizadora, permitiu a emergência e elaboração de aspectos mal integrados relacionados à vida dentro e fora do abrigo, sendo relevante sua aplicação em contextos institucionais como foi realizado nesse estudo. A realização de atividades de livre expressão em grupo pode-se constituir em uma ferramenta promotora de saúde desse segmento da população, evitando o seu adoecimento e o comprometimento de aspectos importantes do desenvolvimento infantil e, portanto, minimizando o sofrimento dessas crianças.