Navegando por Autor "RIBOLDI JUNIOR, Oswaldo"
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Item Uma análise da violência contra as mulheres universitárias na região metropolitana de São Paulo(Universidade Metodista de São Paulo, 2021-03-10) RIBOLDI JUNIOR, Oswaldo; SILVA, Rosa Maria Frugoli daA violência é um assunto amplamente discutido na sociedade, visto que se trata de um fenômeno presente no mundo todo e que traz consequências para todos os envolvidos. Levando em conta especificamente a problemática da violência contra as mulheres enquanto problema de saúde pública, o presente estudo busca conhecer o fenômeno da violência contra mulheres universitárias na região metropolitana de São Paulo, bem como identificar os impactos na saúde decorrentes da situação de violência. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de cunho documental, seguindo, mais especificamente, o método da Análise Temática (AT). Para tal, foram utilizadas quatro entrevistas, extraídas do banco de dados do grupo de pesquisa NEPAG-Saúde. Essas consistem em relatos de quatro universitárias que sofreram abusos de seus parceiros. O material foi analisado e dividido, seguindo a AT, em três grupos de significado principais: Violência, Ação e Consequência. A partir dessa análise, as categorias evidenciadas apontaram os seguintes indicativos: as violências experienciadas são de diversas ordens, mediante ações ativas e passivas por parte da vítima, do agressor, dos filhos (quando presentes) e da família de ambas as partes, além de consequências negativas em diversos âmbitos da vida das mulheres vítimas dessa violência, enquanto, para o agressor, estão ausentes. Da correlação entre as categorias de análises e o referencial teórico proposto na investigação, os resultados mostraram que há: I) uma objetificação da mulher, a fim de manter a dinâmica de poder; II) irresponsabilização do agressor e culpabilização da vítima; III) consequências na saúde que não se restringem à mulher, além da necessidade de pensar e repensar as possibilidades de enfrentamento e cuidados diante da situação de violência. Portanto, embora a problemática da violência contra as mulheres tenha ganhado notoriedade nas últimas décadas, ainda é preciso refletir e agir, a fim de garantir direitos básicos, pois, mesmo em se tratando de mulheres universitárias, que têm acesso a informações e críticas sobre relações não satisfatórias em relacionamentos íntimos, também experimentam situações de violência na vida íntima, e isso traz consequências diretas à saúde física e mental.