Navegando por Autor "DONEDA, Perla Cabral Duarte"
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Item As mulheres na ótica da Igreja Católica sob o pontificado de João Paulo II e seus desdobramentos nos papados subsequentes(Universidade Metodista de São Paulo, 2019-02-25) DONEDA, Perla Cabral Duarte; SOUZA, Sandra Duarte deNo presente trabalho analisamos os documentos pontifícios sobre as mulheres, emitidos no pontificado de João Paulo II (1978-2005). O primeiro e mais importante documento pontifício é a Carta Apostólica Mulieris Dignitatem, datada de 1988, que identifica as mulheres com Maria, exaltando a maternidade, a família e a educação dos filhos e filhas como atributos femininos que constituem sua vocação e dignidade. Esse modelo quer ser, na visão da Igreja Católica, a definição do papel da mulher em sociedade, sugerindo que seu lugar primeiro estabeleça-se no espaço privado. Foram analisados ainda, outros documentos de João Paulo II que faziam referência às mulheres, como sua Carta Às Mulheres (1995); a Carta Apostólica Ordinatio Sacerdotalis (1994); a Carta aos Bispos da Igreja Católica sobre a Colaboração do homem e da mulher à Igreja e no Mundo (2004). Já nos pontificados de Bento XVI e de Francisco, que não se debruçaram na produção de documentos específicos sobre as mulheres, fizemos o levantamento de referências a elas em documentos genéricos e pronunciamentos públicos, visando observar as continuidades ou rupturas com as orientações das cartas de João Paulo II. Tal iniciativa apresenta e analisa a compreensão predominante dos Papas católicos acerca das mulheres. O método para tal fim foi o de pesquisa bibliográfica e pesquisa documental.Item Em busca de Maria no Brasil colonial: uma abordagem de gênero à “mariologia” de José de Anchieta e os desafios do tempo presente(Universidade Metodista de São Paulo, 2024-04-05) DONEDA, Perla Cabral Duarte; WIRTH, Lauri EmílioO presente trabalho analisa a atuação da catequese jesuítica no Brasil do século XVI, com foco principal nas representações de Maria, mãe de Jesus, construídas nesse contexto. Procura interpretar as narrativas sobre Maria, valendo-se das teorias de gênero, para entender as construções sociais dessas representações. O Poema à Virgem, de José de Anchieta é o texto principal dessa análise, porém algumas das suas cartas, o seu catecismo e os teatros também foram analisados. O objetivo principal é demonstrar qual foi a mariologia desenvolvida por Anchieta e, consequentemente, observar os possíveis desdobramentos dessa mariologia no controle dos corpos dos povos originários, principalmente sob a imagem de Maria Tupansy em relação com as mulheres tupinambá. Nesse sentido a hipótese que levanto é que a catequese Anchietana, como base da organização social e religiosa, inicia a disparidade de gênero. Portanto, a tese que aqui defendo é a de que a imagem da Virgem, da Mãe de Deus, funcionou como parte do discurso de controle social, buscando garantir a moralidade, os papéis de gênero, a divisão do trabalho entre os sexos nos aldeamentos do Brasil colônia, no século XVI, contribuindo, assim, para o sucesso do sistema colonial. A teórica que ajuda a fundamentar essa suspeita é Elisabeth Shüssler-Fiorenza, sob o argumento da suspeita, de se fazer uma hermenêutica crítica de libertação ao sistema religioso patriarcal. O modelo de mulher cristã, na figura de Maria é subsídio de linguagem, às relações de gênero. O método utilizado é o de análise bibliográfica dos textos de Anchieta, bem como de obras contemporâneas conexas ao tema central da tese.