MARTINS, Maria do Carmo FernandesROCHA, Marlene Pereira da2025-03-042025-03-042023-10-30https://repositorio.metodista.br/handle/123456789/95O envelhecimento populacional é um fenômeno crescente e contínuo no Brasil, o que causa aumento das demandas sociais e econômicas. O país enfrenta a transição demográfica marcada por baixas taxas de mortalidade, fecundidade e aumento da expectativa de vida, ocorrendo um crescimento rápido do grupo etário mais velho e idoso. No entanto, a sociedade ainda identifica de maneira estereotipada as pessoas na velhice, discriminando-as unicamente pela idade. No contexto organizacional, observa-se o ageísmo, nas atitudes de preconceito e discriminação. As práticas ageístas estão presentes de maneira significativa na sociedade. Qualquer pessoa pode ser atingida por esse evento ao longo de sua vida, desde que viva o suficiente para envelhecer. Além disso, a idade tem sido um fator limitante para a manutenção e inserção dos trabalhadores no mercado de trabalho. A literatura mostra que os estereótipos fundamentados em idade influenciam comportamentos, exposição de riscos e vulnerabilidades. Estima-se que o ageísmo atinge de forma negativa a vida das pessoas. Assim, o objetivo deste estudo foi investigar como o ageísmo é vivenciado por trabalhadores com alto nível de escolaridade e o impacto em suas vidas. Além de revisão da literatura e coleta de dados sociodemográficos, na etapa quantitativa foi realizada com 133 (cento e trinta e três) participantes utilizando a Escala de Ageísmo no Contexto Organizacional – EACO para classificar os participantes para a etapa qualitativa. Nesta fase, os indicadores de validade da EACO foram analisados por meio de análise fatorial confirmatória. Os resultados apontaram bons indicadores de ajuste. A etapa qualitativa constituiu de 20 (vinte) entrevistas semiestruturadas, por videoconferência, com indivíduos mais velhos: 45 (quarenta e cinco) anos e acima e idosos maiores de 65 (sessenta e cinco anos). A amostra foi não probabilística e a técnica de amostragem foi feita por conveniência, do tipo bola-de-neve. A análise de dados foi realizada pela técnica de análise de conteúdo. Os resultados apontam que os respondentes que obtiveram percentil igual ou abaixo de 25 (vinte e cinco), tendem a perceber o ageísmo em maior extensão enquanto os respondentes de percentil igual ou acima de 75 (setenta e cinco), indica mais o ageísmo positivo manifestando menor repercussão dos efeitos. Verificou-se ainda que os conteúdos mais evidentes entre entrevistados que perceberam o ageísmo no trabalho se relacionam a questão da discriminação dentro das organizações privada e pública, explícita no relacionamento intergeracional, no momento de admissão e capacitação. O ageísmo é inegável e prejudicial, considerando seus efeitos negativos e segregadores, a necessidade de combater e enfrentar esse fenômeno são essenciais, através de maior investimento na desnaturalização da vivência do ageísmo.Population aging is a growing and continuous phenomenon in Brazil, which causes increased social and economic demands. The country faces a demographic transition marked by low mortality rates, fertility, and increased life expectancy, with a rapid growth of the older and older age group. However, society still stereotypically identifies people in old age, discriminating against them solely by age. In the organizational context, ageism is observed, in the attitudes of prejudice and discrimination. Ageist practices are present in a significant way in society. Anyone can be hit by this event throughout their life, as long as they live long enough to grow old. In addition, age has been a limiting factor for the maintenance and insertion of workers in the labor market. The literature shows that age-based stereotypes influence behaviors, risk exposure, and vulnerabilities. It is estimated that ageism negatively affects people's lives. Thus, the aim of this study was to investigate how ageism is experienced by workers with a high level of education and the impact on their lives. In addition to literature review and sociodemographic data collection, the quantitative stage was performed with 133 participants using confirmatory factor analysis based on the Ageism in the Organizational Context Scale - EACO. The qualitative stage consisted of 20 semi-structured interviews, by videoconference, with older individuals (45 years and above) and elderly individuals (≥ 65 years). The sample was non-probabilistic and the sampling technique was done by convenience, of the snowball type. Data analysis was performed using the content analysis technique. The results indicate that the respondents who obtained percentile equal to or below 25, tend to perceive ageism to a greater extent, while respondents with percentile equal to or above 75, indicates more positive ageism, manifesting less repercussion of the effects. It was also found that the most evident contents among interviewees who perceived ageism at work are related to the issue of discrimination within private and public organizations, explicit in the intergenerational relationship, at the time of admission and training. Ageism is undeniable and harmful, considering its negative and segregating effects, the need to combat and face this phenomenon is essential, through greater investment in the denaturalization of the experience of ageism.ptEnvelhecimentoAgeísmoPreconceitoIdosoDiscriminaçãoAgingAgeismPrejudiceElderlyDiscriminationCiências HumanasAgeísmo: um estudo da percepção das experiências de pessoas mais velhas e idosas no contexto organizacionalAgeism: a study of the perception of the experiences of older and older people in the organizational contextTese