Fotojornalismo sob tensão: desafios da cobertura de crises humanitárias: análise semiótica da série especial da Folha de S.Paulo 'Um Mundo de Muros'

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Data

2020-09-04

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Universidade Metodista de São Paulo

Resumo

A ONU vem chamando atenção desde 2017 para a gravidade da atual crise humanitária, considerada a mais grave e mais complexa desde a sua criação, em 1945. O jornalismo e, portanto, o fotojornalismo, tem um papel fundamental para tirar as crises humanitárias da opacidade. Tão importante quanto reportar as crises humanitárias e as consequentes violações dos direitos humanos é o modus operandi pelo qual o fotojornalismo é realizado. A exposição constante a imagens com forte apelo imagético, ou seja, que operam a partir da estética do horror e da estetização da miséria podem provocar a fadiga da compaixão, conforme aponta Susan Moeller. Diante disso, o fotojornalismo necessita encontrar um caminho de atuação distinto dos paradigmas tradicionais. Está neste ponto a justificava para a presente pesquisa. É urgente encontrar uma via de atuação fotojornalística que seja capaz de tirar as crises humanitárias da opacidade, formar uma opinião lúcida e, ao mesmo tempo, preservar a dignidade da pessoa humana. Considera-se que uma via possível seja o fotojornalismo humanitário, por se tratar de tanto de uma área de especialização como uma prática em si mesmo. Do ponto de vista metodológico, o presente estudo utiliza a análise documental, pesquisa bibliográfica e análise semiótica. No campo do fotojornalismo, recorre-se a autores como Jorge Pedro Sousa, André Rouillé, Boris Kossoy. Na sociologia são consultados Ulrick Beck, Anthony Giddens, Zigmunt Bauman. No campo da semiótica, busca-se Charles Sanders Peirce e Lúcia Santaella. Por fim, sob a luz do fotojornalismo humanitário, é realizada a análise semiótica da série especial da Folha de S. Paulo ‘Um mundo de muros – barreiras que nos dividem’.
The UN has been calling attention since 2017 to the gravity of the current humanitarian crisis, considered the most serious and most complex since its creation in 1945. Journalism and, therefore, photojournalism, has a fundamental role in removing humanitarian crises from opacity. . As important as reporting on humanitarian crises and the resulting human rights violations is the modus operandi by which photojournalism is carried out. Constant exposure to images with strong imagery appeal, that is, that operate from the aesthetics of horror and the aestheticization of misery, can provoke the fatigue of compassion, as Susan Moeller points out. Given this, photojournalism needs to find a different way of acting from traditional paradigms. This is the point justified for this research. It is urgent to find a path of photojournalistic action that is capable of removing humanitarian crises from opacity, forming a clear opinion and, at the same time, preserving the dignity of the human person. One possible route is considered to be humanitarian photojournalism, as it is both an area of specialization and a practice in itself. From a methodological point of view, the present study uses documentary analysis, bibliographic research and semiotic analysis. In the field of photojournalism, authors like Jorge Pedro Sousa, André Rouillé, Boris Kossoy are used. In sociology, Ulrick Beck, Anthony Giddens, Zigmunt Bauman are consulted. In the field of semiotics, Charles Sanders Peirce and Lúcia Santaella are sought. Finally, in the light of humanitarian photojournalism, a semiotic analysis of Folha de S. Paulo's special series ‘A world of walls - barriers that divide us’ is carried out.

Descrição

Palavras-chave

Fotojornalismo, Fotojornalismo humanitário, Semiótica, Jornalismo, Photojournalism, Humanitarian photojournalism, Semiotics, Journalism

Citação

SILVA , Wagner Ribeiro da. Fotojornalismo sob tensão: desafios da cobertura de crises humanitárias: análise semiótica da série especial da Folha de S.Paulo 'Um Mundo de Muros'. 2020. 199 folhas. Dissertação (Comunicação Social) - Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo, 2020.