Anticorpos monoclonais no tratamento para esclerose múltipla: uma breve revisão

Abstract

A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença autoimune incapacitante que afeta o sistema nervoso central pela destruição da bainha de mielina presente nos neurônios. Essa destruição parece ser mediada por linfócitos B e T CD4+ ativados. A etiologia desta resposta imune ainda não é clara, mas pensa-se que um fator ambiental interage com uma suscetibilidade genética. Como uma doença heterogênea, a EM apresentou múltiplos desafios quanto a sua terapêutica. O Interferon Beta-1b (IFN-β) é um dos primeiros tratamentos da EM, uma citocina capaz de regular as respostas imunes. Como esse agente não apresentou grande eficácia para alguns pacientes, houve a necessidade de maior seletividade para mediar os efeitos da resposta autoimune, e anticorpos monoclonais (AcMo) começaram a ser estudados. Esta revisão de literatura tem como objetivo discutir os principais tratamentos disponíveis para esclerose múltipla utilizando AcMo, comparando-os em eficácia e segurança. É notável que os anticorpos monoclonais sejam a terapia mais eficiente disponível para a EM, mas há preocupações de segurança a serem enfrentadas no manejo desses agentes, como visto no uso do Natalizumab e Aletuzumab. Por outro lado, os anticorpos anti-CD20 tiveram os melhores resultados e parecem ser mais seguros devido à sua melhor seletividade. No entanto, a terapia com anticorpos monoclonais ainda está em fase de pesquisa, sendo necessário esclarecer melhor seu risco-benefício.Multiple Sclerosis (MS) is a disabling autoimune desease that affects the central nervous system by the destruction of the myelin shelf present in neurons. This destruction seems to be meadiated by activated B and T CD4+ lyphocytes. The etiology of this imune response is still unclear, but is thought that an environmental factor interacts with a genetic susceptibility. As a heterogeneous disease, MS showed multiple challenges when it comes to treatments. Interferon Beta-1b (IFN-β) is one of the first treatments of MS, a cytokine capable of regulate imune responses. By the time this agent did not showed great efficacy for some patients, there was the necessity of more selectiveness to mediate the effects of the autoimmune response, and monoclonal antibodies (mAbs) started to be study. This literature review aim to discuss the mainling treatments available for MS using mAbs, comparing them in efficacy and safety. It is notable that monaclonal antibodies is the most efficient therapy available for MS, but there is safety conserns to face in the managment of those agents, as seen in the use of Natalizumab and Aletuzumab. In the other hand, the anti-CD20 antibodies had the best results and appears to be more safe due to their better selectiveness. However, the therapy with mAbs is still under research, and need to be more clarify their risk-benefit.