A representação das mulheres no jornalismo científico: uma análise da Pesquisa FAPESP e da Superinteressante

dc.contributor.advisorSILVA, Cilene Victor da
dc.contributor.authorCARRERA, Marília Reinato
dc.date.accessioned2025-03-31T23:31:24Z
dc.date.available2025-03-31T23:31:24Z
dc.date.issued2021-09-23
dc.description.abstractEste estudo apresenta uma análise de conteúdo da revista Pesquisa FAPESP e da Superinteressante, com o objetivo de entender em que medida o Jornalismo Científico reflete a desigualdade e reforça o estereótipo de gênero na ciência, considerando a influência dos meios de comunicação na percepção de gênero desde os primeiros anos de vida e o papel da comunicação pública da ciência para a formulação de políticas públicas, incluindo iniciativas para promoção da igualdade de gênero na área de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I). Em linha com os procedimentos metodológicos propostos por Laurence Bardin (2011), a análise de conteúdo de doze matérias de capa, sendo seis da revista Pesquisa FAPESP e seis da revista Superinteressante, publicadas entre julho e dezembro de 2019, mostrou que, em ambas as publicações, o número de mulheres como fonte científica direta foi menor que o número de homens. Na Pesquisa FAPESP, as mulheres estavam concentradas, principalmente, nas Ciências Humanas e os homens nas Ciências Exatas e da Terra, em sua maioria. Na Superinteressante, as mulheres estavam concentradas, principalmente, nas Ciências Biológicas, e os homens nas Ciências Humanas. Os achados corroboraram com o argumento da desigualdade de gênero na ciência ao longo da história, uma vez que, apesar das diferenças entre a Pesquisa FAPESP e a Superinteressante, a interpretação mais detalhada dos resultados, de ambas as publicações, mostrou a associação das mulheres às ciências moles (“soft sciences”, em inglês) e a associação dos homens às ciências duras (“hard sciences”, em inglês), que, particularmente, corresponde às carreiras científicas de maior prestígio na sociedade. Em relação às Ciências Exatas e da Terra, por exemplo, as proporções de mulheres como fonte científica direta e a homens foram de 9% e 22%, respectivamente, na Pesquisa FAPESP, e de 0% e 4%, respectivamente na Superinteressante. Os achados também corroboraram o levantamento de informações a partir dos dados do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que mostrou que, embora o número total de homens e o número total de mulheres na ciência estivessem próximos, cientistas do gênero masculino estavam concentrados, principalmente, nas chamadas ciências duras e recebiam uma porcentagem maior dos investimentos, enquanto que cientistas do gênero feminino estavam concentradas, em sua maioria, nas chamadas ciências moles e recebiam uma porcentagem menor dos investimentos na última década.
dc.description.abstractThis study presents a content analysis of Pesquisa FAPESP and Superinteressante, to understand how Scientific Journalism reflects the gender inequality and reinforces gender stereotype in science, considering the influence of the media on gender perception since the early years of life, and the role of science public communication in the formulation of public policies, including initiatives to promote gender equality in the area of Science, Technology and Innovation (CT&I, in the abbreviation in Portuguese). In line with the methodological procedures proposed by Laurence Bardin (2011), the content analysis of twelve cover stories, six from Pesquisa FAPESP and six from Superinteressante, published from July to December 2019, showed that, in both publications, the number of women was lower than the number of men as a direct scientific source. In Pesquisa FAPESP, women were mainly concentrated in the Humanities and men, in the Exact and Earth Sciences, mostly. In Superinteressante, women were mainly concentrated in the Biological Sciences, and men, in the Humanities. The findings corroborated the argument of gender inequality in science throughout history, since, despite the differences between Pesquisa FAPESP and Superinteressante, a more detailed interpretation of the results of both publications showed the association of women to soft sciences and men to hard sciences, which corresponds to the most prestigious scientific careers in society. Concerning Exact and Earth Sciences, for example, the proportions of women and men as a direct scientific source were 9% and 22%, respectively, in Pesquisa FAPESP, and 0% and 4%, respectively, in Superinteressante. The findings also corroborated the data collection from the National Council for Scientific and Technological Development (CNPq), which showed that, even though the total number of men and women in science were close, male scientists were mainly concentrated in the hard sciences and received a higher percentage of investments, while female scientists were mostly concentrated in the soft sciences and received a smaller percentage of investments in the last decade.
dc.identifier.citationCARRERA, Marília Reinato. A representação das mulheres no jornalismo científico: uma análise da Pesquisa FAPESP e da Superinteressante. 2020. 314 folhas. Dissertação (Comunicação Social) - Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do campo, 2021 .
dc.identifier.urihttps://repositorio.metodista.br/handle/123456789/205
dc.language.isopt
dc.publisherUniversidade Metodista de São Paulo
dc.subjectMídia e representação da mulher
dc.subjectCiência e gênero
dc.subjectMídia e estereótipo
dc.subjectJornalismo Científico
dc.subjectAnálise de conteúdo
dc.subjectMedia and women's representation
dc.subjectScience and gender
dc.subjectMedia and stereotype
dc.subjectScientific Journalism
dc.subjectContent analysis
dc.subject.otherCiências Sociais Aplicadas
dc.titleA representação das mulheres no jornalismo científico: uma análise da Pesquisa FAPESP e da Superinteressante
dc.title.alternativeThe representation of women in science journalism: an analysis of Pesquisa FAPESP and Superinteressante
dc.typeDissertação

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