Navegando por Autor "SANTOS, Eder William dos"
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Item Crer e legislar: religiosidade e atuação política da deputada federal evangélica Benedita da Silva(Universidade Metodista de São Paulo, 2024-03-25) SANTOS, Eder William dos; SOUZA, Sandra Duarte de; CARNEIRO, Marcelo da SilvaEsta pesquisa trata da relação entre religiosidade e atuação política da deputada federal evangélica, Benedita da Silva, no período de 1987 a 2022. A análise foi feita desde o uso do termo interseccionalidade como uma perspectiva teórico-metodológica para os estudos de religião, especialmente para os Programas de Pós-Graduação em Ciências da Religião no Brasil. Perpassando pela investigação da sub-representação de gênero, raça e classe no Congresso Nacional brasileiro. Bem como pela pesquisa referente aos atravessamentos interseccionais em Benedita. Além de analisar a atuação política durante cinco mandatos como deputada. O objetivo principal da pesquisa é o de caracterizar e analisar a atuação da deputada federal evangélica, Benedita da Silva, durante os seus cinco mandatos, no que diz respeito às questões de gênero, raça e classe que envolvem tal atuação, e entender como a parlamentar negocia com sua religiosidade em seu fazer político. Nossa hipótese sobre a atuação política da Deputada Benedita da Silva demonstrou que durante os seus cinco mandatos foi de uma relativa autonomia em relação a sua confissão religiosa e, de igual modo, perante a sua instituição evangélica onde é membra. Por meio da combinação de diferentes metodologias aplicadas em cada capítulo, quais sejam, revisão bibliográfica, análise documental do portal da Câmara dos Deputados para o levantamento de proposições transformadas em normas jurídicas, acesso ao sítio e redes sociais da deputada, e pesquisa de campo com a realização de uma entrevista presencial com a parlamentar, apresentamos gênero, raça e classe como centralidade da categoria interseccional. Concluímos que a participação política da deputada no Parlamento, não anula a sua religiosidade, e a sua religiosidade provavelmente não interfere em sua atuação na vida política formal.Item O PSC e a noção de “família tradicional” como identidade partidária e religiosa: análise do processo eleitoral de 2014(Universidade Metodista de São Paulo, 2016-03-02) SANTOS, Eder William dos; SOUZA, Sandra Duarte deA presente dissertação analisa como o Partido Social Cristão (PSC), ao longo do tempo, se apropriou da identidade religiosa de seus atores políticos que na sua maioria são membros da Frente Parlamentar Evangélica, os quais defendem no espaço público a “família tradicional”, em detrimento da pluralidade de arranjos familiares na contemporaneidade. Para explicitar o objeto - “família tradicional” e PSC -, foi necessário retroceder no tempo e investigar na historiografia os primórdios da inserção dos evangélicos na política brasileira. Em vista disso, analisamos a participação dos evangélicos nos respectivos períodos do Brasil: Colônia, Império e República. A dificuldade da entrada de evangélicos na política partidária, dentre outros fatores, se deve àinfluência do catolicismo no Estado. Assim sendo, averiguamos em todas as Constituições (1824, 1891, 1934, 1937, 1946, 1967, 1969 e 1988) o que a mesma diz no que tange a proibição e a liberdade religiosa no país. Logo, verificamos entre as Eras Vargas e República Populista, que ocorreu com intensidade a transição do apoliticismo para o politicismo entre os evangélicos brasileiros, porém, eles não recebiam o apoio formal de suas igrejas. Em seguida, a participação dos evangélicos na arena política durante a ditadura militar foi investigada com destaque para o posicionamento de vanguarda da IECLB, através do Manifesto de Curitiba e, também com a presença de parlamentares evangélicos no Congresso Nacional. A politização pentecostal é ressaltada em nosso trabalho, através do pioneirismo de Manoel de Mello e, depois na Redemocratização quando as instituições evangélicas se organizaram para eleger seus candidatos à Assembleia Nacional Constituinte. E, com o fim do regime militar, o PSC surge como partido “nanico”, contudo, deixa o anonimato e ganha visibilidade midiática quando o pastor e deputado, Marco Feliciano, assume a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, em 2013. Esse é o pano de fundo histórico que projetou o PSC e seus atores no pleito de 2014 com o mote “família tradicional”.