Navegando por Autor "MENDES, Daniel Romeiro"
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Item Recursos individuais e engajamento no trabalho(Universidade Metodista de São Paulo, 2020-11-17) MENDES, Daniel Romeiro; MARTINS, Maria do Carmo FernandesEste estudo analisou o impacto causado por recursos pessoais do indivíduo em seu engajamento no trabalho, verificando se o capital psicológico moderava a relação entre as forças de caráter de felicidade e engajamento no trabalho, sob o enfoque da teoria Job Demands-Resources (JD- R). Trata-se de estudo de campo, quantitativo, transversal, tipo survey. A amostra foi composta por 151 trabalhadores empregados, com idade média de 39 anos (DP=10), 62% do sexo feminino e 38% do sexo masculino, 65% casados, 87% com escolaridade igual ou maior do que nível superior completo. São, na maioria, oriundos da região Sudeste (75%) e mais da metade deles (54%), celetistas e não ocupantes de cargos de chefia (60%). Os dados foram coletados pelas escalas Values In Action Inventory of Strengths (VIA-120), Escala de Engajamento no Trabalho (UWES-9), Escala de Capital Psicológico (PCQ-21) e por um questionário com perguntas sobre características sociodemográficas. As respostas compuseram um banco eletrônico de dados e foram analisadas por meio de análises estatísticas descritivas, correlacionais, ANOVA e por análises de regressão linear. Os resultados revelaram que capital psicológico e a força de caráter de felicidade vigor tiveram papel preditivo positivo sobre engajamento no trabalho, não sendo, portanto, o capital psicológico um moderador, mas sim seu principal preditor. Isso revela que trabalhadores mais otimistas, esperançosos, autoeficazes e resilientes, e aqueles com mais empolgação e entusiasmo no trabalho, são os mais engajados no trabalho, ou seja, empenham maior dedicação, vigor e são mais absortos em seu trabalho. Como hipotetizado, os participantes que possuem forças de caráter de felicidade como forças de assinatura são mais engajados no trabalho do que aqueles que não as possuem. Esta investigação acrescenta achados inéditos à literatura da área, pois não foram localizados estudos sobre relações entre as variáveis envolvidas conjuntamente neste estudo, quais sejam, forças de caráter, capital psicológico e engajamento no trabalho. Por outro lado, os resultados corroboraram o modelo JD-R, confirmando o papel explicativo dos recursos pessoais sobre engajamento. Destaca-se na discussão que este estudo não esgota o modelo, pois não investigou os recursos e as demandas do trabalho, detendo-se em alguns recursos individuais, já que este foi seu objetivo. Ao final, sugere-se uma agenda para ampliar os estudos na área.