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    Visagismo crítico e representação social: dos estereótipos ao fortalecimento das identidades culturais individuais e coletivas
    (Universidade Metodista de São Paulo, 2025-08-29) LIMA, Lilian Moreira de; SILVA, Cilene Victor da
    Nesta pesquisa de mestrado, o visagismo é abordado como linguagem comunicacional, uma vez que a aparência constitui uma das formas de expressão da identidade. O estudo propõe o deslocamento do visagismo de uma prática restrita à harmonia estética para uma abordagem mais ampla, dando origem ao termo “visagismo crítico”. O objetivo principal é investigar como a comunicação visual pode contribuir para que o visagismo fortaleça as identidades culturais individuais e coletivas, superando a produção e a reprodução de estereótipos historicamente construídos pela sociedade e pela mídia. Parte-se da hipótese de que o visagismo, quando compreendido como prática comunicacional guiada pela singularidade de cada sujeito, é capaz de desafiar padrões hegemônicos. O referencial teórico contempla os campos do visagismo, da comunicação visual, da identidade cultural e da representação social. A metodologia é qualitativa, de caráter exploratório e descritivo, voltada à compreensão das dimensões simbólicas, estéticas e comunicacionais do visagismo. Para isso, foram adotados quatro procedimentos metodológicos interligados, survey, revisão sistemática da literatura, análise de conteúdo e entrevista em profundidade. A pesquisa do tipo survey, com 260 participantes, com amostragem em bola de neve e aplicação do questionário via Google Forms, visou o mapeamento de percepções e entendimentos sobre o visagismo. A revisão da literatura abrangeu as áreas do referencial teórico, com ênfase nas conexões entre visagismo, comunicação visual, identidade cultural, representação social e estética. A análise de conteúdo focou em 480 comentários publicados, entre janeiro e fevereiro de 2025, em dois perfis de Instagram dedicados ao tema, @gueoliveira e @juarezleiteoficial. O último procedimento metodológico, entrevista em profundidade, contemplou dois grupos centrais, um formado por profissionais e docentes de visagismo e outro composto por pessoas que conheciam ou fizeram uso da técnica. Ao todo, participaram nove pessoas, após aprovação da pesquisa pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Metodista de São Paulo (CAAE: 82127324.0.0000.5508, Parecer nº 7173594, de 21/10/2024). Entre os resultados, destacam-se as contribuições para o avanço do conhecimento na área e o desenvolvimento de práticas mais inclusivas e sensíveis à diversidade cultural, evidenciando o visagismo como meio de comunicação entre indivíduos, grupos e comunidades. A pesquisa observou a existência de tensões entre discursos inclusivos e a reprodução de estereótipos nas redes sociais, demonstrando que o visagismo crítico, quando orientado pela singularidade de cada sujeito, configura-se como prática estética de acolhimento, resistência simbólica e reconfiguração identitária.