Navegando por Autor "FREITAS, Silvia Perrone de Lima"
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Item Proposições para o enfrentamento da crise dos cursos de formação docente: o Programa Institucional das Licenciaturas da UMESP(Universidade Metodista de São Paulo, 2018-06-19) FREITAS, Silvia Perrone de Lima; SOUZA, Roger Marchesini de Quadros; FURLIN, MarceloO objeto desta pesquisa de cunho qualitativo tem como centralidade a crise enfrentada pelos cursos de licenciatura, gerada pelo baixo interesse da juventude pela profissão docente. O problema que norteia a investigação está relacionado à compreensão geral do fenômeno, em especial, a gênese da crise e o entendimento do por que tantos cursos ligados à área da educação estão sendo fechados. O objetivo central desta pesquisa é contribuir para uma reflexão sobre as licenciaturas e profissão docente, estudando os caminhos de enfrentamento escolhidos pela Universidade Metodista de São Paulo, em especial, pelo Programa Institucional das Licenciaturas (PIL). A base teórica para este estudo encontra-se em Alves (2013) e Sennett (2004), quando discutem a nova morfologia social do trabalho gerada pelo capitalismo global e seu impacto na profissão docente. Também como aporte teórico, Gatti, Barreto e André (2011) contribuem com o debate ao analisarem as políticas de formação docente e ações de valorização do professor para a melhoria da qualidade da Educação Básica. Outros estudos que auxiliam as reflexões da temática são os realizados pela Fundação Carlos Chagas (2009) e suas pesquisas sobre a baixa atratividade da carreira docente. A investigação contou com estudo de caso descritivo referente ao PIL por meio de análise documental, revisão bibliográfica e entrevistas semiabertas com cinco sujeitos envolvidos diretamente com o programa. O estudo possibilitou a confirmação da hipótese de que a crise das licenciaturas nasce de uma crise maior gerada pelo sistema capitalista, que se revela por exacerbada relação de competitividade e por relações flexíveis e voláteis entre tempo e espaço, as quais exigem trabalhadores mais ágeis e que atendam aos paradigmas emergentes de uma sociedade impaciente. Nossa época está nesta perspectiva, marcada por uma nova morfologia social do trabalho, que é gerada por uma estrutura de poder e controle que afeta as relações sociais e laborais, não excluindo a profissão docente.